DE RIBEIRÃO PRETO
O presidente da Apae de Ribeirão Preto (313 km de São Paulo), Adalberto Griffo, nega que a entidade vá fechar, mas diz que a situação é gravíssima. "Como administrar uma entidade que arrecadada metade do que gasta?"
Ele afirma que entende e compreende a declaração do promotor Sebastião Sérgio da Silveira: "Ele vê do lado de fora, analisa a frieza dos números. Mas estamos trabalhando para conseguir achar uma solução para tudo isso".
Griffo diz ainda que falta vontade política para resolver a situação, e que com R$ 150 mil a mais por mês conseguiria operar sem deficit. Segundo ele, os gastos hoje giram em torno de R$ 700 mil porque existem muitas dívidas.
"Conseguiríamos trabalhar com tranquilidade se recebêssemos R$ 500 mil por mês [com as dívidas sanadas]. Falta bom senso [das autoridades para repassar o valor]."
PAIS SE ORGANIZAM
A empresária Shara Liliane de Souza, 33, coordenadora da comissão de pais, afirma que a Apae hoje faz "milagre". "Muitos funcionários estão passando por dificuldades e mesmo assim continuam atendendo. Não é fácil."
Ela diz não saber o que fazer se a entidade realmente fechar. Seu filho, de nove anos, tem deficit intelectual e não teria, conta, condições de ser atendido em escola pública.
"Você acha que na escola pública vai ter psicólogo, nutricionista, fisioterapeuta, fonoaudiólogo, neurologista, psicanalista e terapeuta ocupacional?", questiona.
Shara afirma que a comissão de pais quer apresentar uma chapa para concorrer às eleições da Apae em agosto e que a intenção é "unir forças" para tentar arrecadar recursos e salvar a entidade.
Fonte: Folha de São Paulo
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