terça-feira, 29 de abril de 2014

Jornal britânico sugere que Brasil cancele vários esportes para 'salvar' Olimpíada

Um artigo publicado com destaque na edição desta quinta-feira, dia 25 de abril de 2014 no jornal britânico The Guardian sugere que o Brasil deveria cancelar a realização de diversos esportes nas Olimpíadas do Rio de Janeiro de 2016 - sobretudo os de elite, como tênis, golfe, iatismo e hipismo - e realizar um evento mais barato e enxuto. 

Simon Jenkins diz que o Brasil tem sido constantemente criticado pelo Comitê Olímpico Internacional (COI) por atrasos nas obras. O Brasil teria completado apenas 10% das estruturas das Olimpíadas. Em Londres, dois anos antes do Evento, esse índice já era de 60%. 

Para ele o Brasil deveria rejeitar as críticas do COI e investir menos nas Olimpíadas. Isso seria uma forma de "salvar" os Jogos dos gastos excessivos e incompatíveis com a realidade da maioria dos países. 

"Com as eleições em outubro de 2014 e o apoio aos Jogos despencando, políticos do Brasil poderiam alegar motivos de força maior, desmascarar o blefe do COI e sediar uma versão enxuta de austeridade dos Jogos, como na Grã-Bretanha fez em 1948".
"Coragem que faltou a Londres"

Eu ainda acredito que o Rio de Janeiro tem tempo de mostrar coragem que faltou a Londres em 2005 (ano em que a capital britânica foi escolhida para sediar os Jogos de 2012). Londres gabou-se que sediaria os 'Jogos do Povo'. Mas acabou capitulando à grandiosidade do COI, construindo um novo estádio, em vez de usar o de Wembley, e elevando seu orçamento de US$ 4 bilhões para US$ 13 bilhões", escreve Jenkins. 

"O Rio de Janeiro poderia fazer justamente o oposto. Ele poderia receber o mundo com qualquer estádios e arenas que sobraram dos Jogos Pan-Americanos de 2007 e se amparar na televisão para levar os Jogos aos demais." 

"Se fizer isso daí, em vez de ser abusado por atraso e incompetência, esta  cidade magnifica teria o mundo comemorando sua ousadia e sua coragem"
"A Copa está custando  URS$ 4 bilhões ao Brasil só em estádios para 64 jogos, mais o mesmo valor em infraestrutura. Isso é assustador US$ 125 milhões por partida. Só generais em guerra e autoridades suíças de esporte conseguem contemplar gastos tão obscenos."




Jenkins diz que eventos grandes "traumatizam" cidades grandes e complexas, e acusa o COI de ser "viciado em extravagâncias".

Ele também descarta os efeitos do legado destes eventos nos países. 

Jenkins se disse inicialmente entusiasmado com o programa Morar Carioca, de investimento em infraestrutura de moradia para 200 mil pessoas em favelas no Rio de Janeiro. "esse plano seria legado verdadeiro, um dos projetos de renovação urbana mais criativos que já vi em qualquer lugar.

"No entanto, para ele, o programa da Prefeitura do Rio de Janeiro foi praticamente abandonado pelas autoridades."
Para Ler Mais:

Nota do Blog: Um dos mais competentes técnico de futebol declarou em recente programa de entrevistas: "se o Brasil ofereceu-se para ser Sede da Copa do Mundo em 2014", deveria no dia seguinte fixar os Editais organizadamente e iniciar as construções inerentes ao grandioso Evento Mundial. Restando um mínimo de prazo ninguém sabe ninguém viu. Nós já vimos esse filme infinitas vezes.... (IA)
Iracema Alves - jornalista cadeirante autônoma
Diagramador: WNews
 
  
   

quinta-feira, 24 de abril de 2014

Gerente se opôs a Fraude em Gasoduto no Amazonas, diz viúva.

Solicitamos urgentemente que nosso governador autorize o racionamento de água em nossa cidade e na grande São Paulo. Duas horas: da zero hora até às 2:00 horas da madrugada ninguém vai morrer. O governo tem várias equipes de todas as especialidades e será que ninguém pode organizar, implantar, remanejar esta situação que se tornou utópica? Não adianta e nem resolve todos os dias nos informar  que só tem X de água na represa. É ISTO. 

 Petrobrás puniu gerente que se opôs a fraude em gasoduto no Amazonas, diz viúva. Nesta reportagem de ontem dia 17/04/2014 da Folha, a repórter Raquel Landim revela outro escândalo na Petrobrás. Segundo a matéria, o engenheiro Gesio Rangel de Andrade foi "colocado na geladeira" na Petrobrás por se opor ao superfaturamento da obra do gasoduto Urucu-Manaus, na Amazônia. A afirmação é de Rosana França, viúva de Gesio, que morreu há dois anos, vítima de ataque cardíaco. A declaração foi dada em reportagem no Jornal Folha de São Paulo, na edição desta quinta-feira - dia 17/04/2014. Segundo, as pessoas da estatal tentaram constranger seu marido a aprovar aditivos para a obra. Ele não concordou e foi exonerado do cargo, permanecendo por dois anos sem qualquer função. Os gastos com o gasoduto Urucu-Manaus estouraram todas as previsões. A área técnica estimou a obra em R$ 1,2 bilhão, mas o contrato foi fechado por R$ 2,4 bilhão, após pressão das construtoras. O gasoduto Urucu-Manaus demorou três anos para ficar pronto. e o custo chegou a R$ 4,48 bilhões. A estatal aprovou um aditivo de R$ 563 milhões para cada um dos trechos, praticamente o valor daquele contrato Com 663 quilômetros, o gasoduto transporta gás natural produzido pela Petrobrás em Urucu no município de Coari, até as termelétricas da Amazônia. O gás substitui parte do óleo diesel queimado pelas usinas, reduzindo o custo da energia. Gesio era o gerente-geral da obra do gasoduto. Segundo  Rosane, o marido alertou Graça Foster, que ocupou o cargo de diretora de gás e energia, dos problemas. A viúva não cita nomes, mas e-mails enviados aos seus superiores aos quais a reportagem teve acesso, Gesio reclamava da diretoria de Engenharia, comandada por Renato Duque, que negociava com  as empreiteiras.

Postado por Polibio Braga - jornalista de Manaus - Blog Polilio Braga on-line
Iracema Alves - jornalista cadeirante autônoma
Diagramação: WNews

segunda-feira, 21 de abril de 2014

Despedida emocionada de dois Jornalistas*

"Nada é mais temido por um covarde do que a liberdade de pensamento" Luiz Felipe Pondé.

No dia 31 de março de 2014 a jornalista Rachel Sheherazade, em tom de despedida, postou em sua página no Facebook a seguinte frase:"Gente boa, tenho certeza que meus dias estão contados. Mas enfim, vou para o Youtube se isso acontecer", fazendo referência a seu colega de profissão Paulo Eduardo Martins, comentarista do Jornal da Massa, na rede Massa de televisão, afiliada do SBT no Paraná, que foi demitido do jornal da Massa no último dia 28 de março de 2014 depois de diversas e duras críticas ao PT e ao governo. A exemplo de Paulo Eduardo Martins, Rachel Sheherazade é afinca crítica do governo do PT em suas opiniões no telejornal "SBT Brasil" e tem cativado milhares de brasileiros com suas críticas condizentes à realidade nacional, que a maioria dos jornalistas se omitem ou são forçados a manter sua opiniões encobertas pelas emissoras. No último dia 28 de março, os jornalistas  Ogier Buchi e Paulo Eduardo Martins, que até então, com enorme sucesso e notoriedade nacional atuavam como comentaristas do Jornal da Massa, que vai ao ar diariamente na Rede Massa, afiliada do SBT no Paraná, fizeram sua última aparição no jornal.
A diretoria se reuniu e decidiu que o jornal, (mesmo com graças aos críticos Paulo Eduardo Martins e Ogier Buchi que, "sem papas na língua" não poupavam críticas ao governo em especial  ao governo federal ao PT), sofreria uma mudança radical em seu formato e o espaço de opinião seria extinto, sendo demitidos imediatamente  os dois comentaristas do Jornal da Massa. Em sua página oficial no Facebook, Paulo Eduardo Martins publicou um comentário sobre sua saída do jornal da Massa, veja: "Amigos, hoje dia 28 de março de 2014 fiz minha última participação no Jornal da Massa. Por uma decisão legitima da direção da rede Massa - Oficial o telejornal não mais contará com comentaristas. Agradeço aos que acompanharam e partilharam o programa, aos colegas de bancada Denian Couto, Ogier Buchi, Ruth Bolognese e também a todos da emissora por terem sustentado o formato que nos proporcionou fazer o debate e enfrentar as amarras culturais que envolvem a imprensa brasileira. Sigo como colunista do telejornal SBT Paraná. A vida segue." No Estadão a informação é de que ele teria sido afastado do noticiário por pressão do Governo Federal, que ameaçou retirar os patrocínios de estatais do programa. Por fim, Paulo Eduardo Martins declara que não foi demitido do canal, já que ele continua com uma coluna no noturno "SBT Paraná"
"Não fui demitido. Fui afastado do Jornal da Massa, que é o telejornal matutino. Ficou claro que um comentarista deve estar intelectualmente e emocionalmente preparado para realmente dizer e sustentar o que pensa, sem se assustar com bandos organizados e  barulhentos que não compreendem a liberdade de expressão e ainda que é preciso ter coragem e entender que a realidade dói e que a dor sempre causa reação". O primeiro jornalista a sofrer cerceamento no direito de bem informar, em consequência dos seus verdadeiros, contundentes e procedentes comentários contra os desmandos do governo PT, foi o Boris Casoy. De acordo com noticiário da época, ele foi demitido a pedido do próprio Lula. Entretanto aos olhos dos menos atentos, a coisa vem se agravando de maneira avassaladora e perigosa, senão vejamos: "O Programa do Jô tirou do ar (sem dar qualquer satisfação ao público) o quadro "As meninas do Jô" Lilian Witte Fibe, Ana Maria Tahan, Cristiana Lobo, Lúcia Hipólito e, por vezes, outras mais traziam a público e debatiam todas as falcatruas perpetradas por essa corja de corruptos que se apossou do país. As entrevistas sobre temas políticos não têm sido mais levadas a efeito atualmente. Virou um programa de amenidades e sem qualquer brilhantismo.
O jornalista Arnaldo Jabor, considerado desafeto pelo governo atual, vem sofrendo, de forma velada e sistemática, todo tipo de retaliação. Já foi processado, amordaçado e por aí vai. Sua participação diária às 07h10 na Rádio CBN tem se limitado a assuntos sem a relevância que tinha, haja visto que está impedido de falar sobre assuntos que envolvam a política nacional e o atual governo. Diogo Mainard, além de processado, vem sofrendo ameaças de morte por parte do jornal do MR-8 (que faz parte da base aliada ao Lula) e de integrantes dos chamados "Movimentos Sociais". O Jornal O Estado de São Paulo está sob forte censura governamental há pelo menos três anos. Pelo que se vê, Fidel Castro esta fazendo escola na América do Sul. O primeiro a colocar em prática estes ensinamentos, aniquilando o direito de imprensa foi Hugo Chaves e, pelo andar da carruagem, a nossa presidente Dilma Rousseff (fantoche do Lula) está pelo mesmo caminho... Diante da Constituição Federativa do Brasil perguntamos:
Onde está o Estado Democrático de Direito?;
Onde está o Livre Direito de Manifestação Ordeira e Passiva?;
Onde está a Liberdade de Expressão na mais pura fidelidade e ética?;
Onde está o mais importante Direito à Vida dos Brasileiros?;

Lembrando que além do voto consciente existe a Lei federal da Ficha Limpa; lei complementar nº 135 de 4 de junho de 2010.

Sugerimos, caso achem pertinente, repassar este texto para que possa, assim como outros servir como base de reflexão para as próximas eleições. Agradecemos

 * Fonte: Jornal Folha de São Paulo A9 publicado no dia 11/04/2014 via internet
  Agradecimentos; Maria Emília.
  Iracema Alves - jornalista cadeirante autônoma
  Diagramação WNews

quarta-feira, 16 de abril de 2014

Fórum difunde avanços sobre inclusão de pessoas com deficiências

Os avanços que possibilitam a inclusão de pessoas com deficiência na sociedade como um todo, especialmente, no mundo do Trabalho, foram os assuntos do Fórum Lei de Cotas e Trabalho Decente, que reuniu especialistas, militantes e autoridades, durante a Reatech, (feira especializada em tecnologias inclusivas que aconteceu de 10 a 13 de abril em São Paulo Capital, no Centro de Exposições Imigrantes, localizado na Rodovia dos Imigrantes, km 1,5.

O Fórum foi aberto com uma rodada de informes, mediado por Marta Gil, sobre avanços da inclusão de pessoas com deficiência que acontece nos Estados Brasileiros e com uma sessão de homenagens a militantes que faleceram recentemente: Bia Pinto Monteiro: Jornalista carioca; João Batista Cintra Ribas: Coordenador do Programa diversidade e inclusão desenvolvida pela Serasa Experian; Roseli Bianco: Participou intensamente do CVI Campinas, foi vice-presidente por duas gestões; Sandra Maria de Sá Brito Maciel: Fundadora e Diretora Vice-Presidente da ADEVA – Associação de Deficientes Visuais e Amigos, da cidade de São Paulo.

Cerca de 600 pessoas conferiram palestras como a do especialista *Romeu Sassaki, que tratou das Recomendações da OIT (Organização Internacional do Trabalho) para inclusão. Sassaki usou como base dois documentos principais: “Deficiência no local de trabalho: práticas empresariais” e “Recomendações para inclusão de pessoas com deficiências na Agenda pós-2015




Os documentos vão além da preocupação quantitativa em relação à presença da pessoa com deficiência no mercado de trabalho, indicando práticas para treinamento e retenção e não discriminação a serem adotadas pelas empresas. “É um caminho para onde nossa Lei de Cotas precisa caminhar. Temos de caminhar para a exclusão zero”, defendeu.

Qualidade - A inclusão plena também tem sido o objetivo do Ministério do Trabalho, que pouco a pouco, busca aperfeiçoar a fiscalização da lei com o olhar sobre a qualidade da inclusão.

No entanto, esse passo adiante ainda é dificultado pela carência de auditores e também pela postura de boa parte dos empresários. “As empresas, enquanto estão sob fiscalização, mantêm a pessoa com deficiência, mas, depois [que a fiscalização termina], os demite”, afirma Fernanda Maria Pessoa di Cavalcante, coordenadora Nacional de Inserção de Pessoas com Deficiências no Mercado de Trabalho.

Por isso, o Ministério tem trabalhado num programa para combater a prática. Afinal, a lei determina que a pessoa com deficiência demitida seja substituída por outra.

A ideia é ampliar o cumprimento da lei e tornar geral experiências como as Inciativas da Fecomercio, com o seu Café Sensorial, que se estende por todo o Estado de São Paulo e a da região de Osasco. Com o trabalho do Sindicato das empresas metalúrgicas e da Gerência Regional do Trabalho, o índice de cumprimento da Lei de Cotas dos 12 municípios da região alcança 86,7%. No Brasil, o índice é de apenas 22,4%. “Isso mostra que precisamos sensibilizar as empresas porque os trabalhadores com deficiências não precisam de esmola, precisam de oportunidade”, alertou João Batista, secretário estadual de inclusão de pessoas com deficiência da Força Sindical e diretor do Sindicato.

Cabeça de juiz - Outro caminho para garantir o respeito aos direitos das pessoas com deficiências é entrando com ação na Justiça. Foi o assunto da palestra do Procurador do Ministério Público do Trabalho, Ramon Bezerra dos Santos, que entende que também os juízes precisam passar por essa conscientização.

Mas não é o momento do julgamento o mais adequado. “O melhor lugar para mudar posição dos juízes e desembargadores não é o julgamento é um encontro como esse, para conversar e mostrar do que as pessoas com deficiências são capazes”, explicou durante sua palestra a respeito do trâmite de ações reivindicatórias de direitos das pessoas com deficiências na Justiça.

A tendência é que essa mudança também seja favorecida com a entrada em vigor da Lei Brasileira de Inclusão, cuja relatoria é feita pela deputada Federal Mara Gabrilli. A Lei – antes chamada Estatuto da Pessoa com Deficiência – tende a reunir um conjunto de direitos das pessoas com deficiências nos mais diferentes setores: Educação, Trabalho, Mobilidade, Saúde, entre outros. “É muito difícil fazer inclusão, se a gente não olhar o todo. É a política que tem de ser mais global, tem de levar em consideração todos os setores”, defendeu a deputada, que reiterou: “O meu olhar para o projeto de lei não foi de retrocesso”.

O texto será encaminhado ao plenário da Câmara dos Deputados e, se aprovado sem alterações, seguirá para o Senado. Para isso, depende da pressão popular. “É muito importante a participação da sociedade”, afirmou a deputada Federal Mara Gabrilli

* A jornalista Iracema Alves sugeriu ao Dr. Romeu Sassaki introduzir em sua palestra “Empreendedor Simples do SEBRAE” o que pode ser executado via internet sem burocracia.

Fonte: Carlos Aparício Clemente: Coordenador do Espaço Cidadania

Espaço da Cidadania Rua Erasmo Braga, 310 – Presidente Altino – Osasco – SP – CEP: 06213-008
Tel.: 011 – 3685 0915 - e-mail: ecidadania@ecidadania.org.br

sábado, 12 de abril de 2014

Academia Brasileira de Ciências*

Desde o começo de 2014, a mídia deu destaque ao escalonamento da violência no Distrito Federal. Para espanto de todos, perdem-se mais vidas no DF do que em uma metrópole como São Paulo. Em resposta, nosso governador prometeu punir "qualquer atitude que coloque em risco a população". 

Mas como evitar comportamentos delituosos, sobretudo de jovens adolescentes?  Evitar que uma criança se torne bandido, um assassino?

Essa é talvez a pergunta que requer a resposta mais elaborada e o trabalho mais árduo de uma sociedade e de seus governantes. Estando vivo um pensador como Darcy Ribeiro logo nos diria que é preciso, acima de tudo, atenuar a distância entre as classes sociais. Distância que só aumenta no decorrer dos anos. Mas como fazer isso? 

Um olhar mais amplo nos evidencia que a democratização da educação é uma das chaves de um futuro mais pacifico e virtuoso. Países como a Finlândia, com investimento maciço no sistema educacional formal e informal das nossas crianças para que, daqui a 20 anos, tenhamos uma sociedade sem violência. Isto é, para que a maioria das crianças chegue à idade adulta podendo contribuir para a felicidade das famílias e o crescimento equitativo e saudável do nosso país.
Se fosse um de nós, o governador do DF, teria, em sua fala na televisão, dado ênfase aos projetos educacionais do GDF. Bom exemplo seria a notícia da publicação,  no Diário Oficial do Distrito federal, de decreto assinado pelo próprio governador, criando, no âmbito da Secretaria de Cultura, o Espaço Cultural Palavida

O projeto do Museu, idealizado por um conjunto de pensadores da Universidade de Brasília, teve o apoio do ex-reitor José Geraldo de Souza Junior e do atual reitor, Ivan Camargo. Ainda em estágio embrionário, o projeto foi ancorado no Núcleo de Estudos do Futuro da UnB (n-Futuros/CEAM) e, como exemplo de boa parceria, constituídos dois grupos de trabalho, um da UnB e outro como representante de várias Secretarias do governo do Distrito Federal. Os dois grupos, em comunhão de ideias, propuseram a construção de um espaço multicultural votado para a aprendizagem sobre os povos que habitam a terra: saberes, estórias e histórias, arte, religião, língua, culinária. Na concepção original, o espaço volta-se para a construção do saber em família. Acreditando que brincando também se aprende e se educa, os pensadores dos Museus propõem que, além de atividades e conteúdos voltados para jovens e adultos, o Palavida contenha espaço para as crianças, para que elas possam conhecer aspectos da infância de diversas culturas.  
A ideia é criar, dentro do Museu, lugar dedicado ao imaginário infantil, em que nossas crianças possam descobrir, brincando, a totalidade do globo terrestre, entendendo que nós, seres humanos, embora às vezes  tão díspares no contexto econômico, na cultura e nas atitudes, carregamos dentro de nós valores universais ligados à preservação da vida. A criança que for hoje sensibilizada para esses valores jamais se tornará delinquente ou assassina no futuro. A Palavida deverá contar com a parceria das Embaixadas sediadas em Brasília na escolha e no fornecimento dos conteúdos e do material que possam mostrar a riqueza cultural de cada país. Esperamos que, ao estabelecermos o primeiro módulo, a visitação seja facultada a crianças, jovens e adultos do DF e de outras cidades, sendo previsível que atraia turistas de outras regiões e mesmo do exterior, em razão de ser Instituição sem similar no Continente.
Enfim, é o projeto que contempla toda a comunidade local, para que cada individuo, da periferia ou não, encontre seu lugar no futuro, respeitando e valorizando o lugar do outro. Esse espaço cravado no cerrado será o lugar de onde nós plasmaremos no outro. Ao observarmos o outro. descobriremos nós mesmos e entenderemos qual nosso papel na história da Civilização. Qual o caminho para a solidificação da paz, a valorização da vida e da natureza. É projeto para a educação informal da criança, jovens e adultos. É isso! A institucionalidade do espaço Cultural Palavida vai na direção certa: educar agora para não (ter de) punir no futuro.


              Por Aldo Paviani, Cilene Rodrigues e Dr. Isaac Roitman (Via Internet)
Iracema Alves - jornalista cadeirante por mim digitado, em 12/04/2014 às 14:30 horas
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segunda-feira, 7 de abril de 2014

Lula se reúne com Dilma

Por Vera Rosa e Tânia Monteiro*
Brasília - em encontro de três horas, a presidente Dilma Rousseff e o ex-presidente Lula da Silva conversaram nesta sexta-feira, dia 4/04/2014, a sós sobre crise política e a tentativa da oposição de instalar uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito). Lula avalia que o Palácio do Planalto deve fazer de tudo para segurar a CPI, considerada uma "arma" perigosa na direção de Dilma. A reunião entre o ex-presidente e seu padrinho político ocorreu em um elegante Hotel da zona sul de São Paulo. Foi a primeira depois que veio à tona a compra da refinaria Pasadena, nos EUA, pela Petrobrás. O negócio é investigado pelo Ministério Público Federal e pelo Tribunal de Contas da União por suspeita de superfaturamento. Na avaliação de Lula, Dilma está na defensiva e precisa reagir, intensificando viagens para mostrar que o governo está fazendo. (Na semana passada, a presidente Dilma entregou aproximadamente duzentas "Minha Casa, Minha vida," numa pequena cidade do Estado de São Paulo) (grifos meus).
Para ele a campanha começa a esquentar agora, porque além do senador Aécio Neves (PSDB - MG), Dilma terá em seu encalço o presidente do PSB, Eduardo Campos, que deixou o governo de Pernambuco nesta sexta-feira. Aécio e Campos serão adversários da presidente na disputa pelo Planalto e acertaram uma ofensiva conjunta para montar uma CPI da Petrobrás. A estratégia do governo para inviabilizar a apuração do superfaturamento nos negócios da estatal consiste em apresentar novos pedidos de CPI. Após vários movimentos de idas e vindas do Planalto, a ideia agora e bater na tecla da necessidade de ampliar o foco das investigações - atingindo, por exemplo, o cartel do Metrô em São Paulo e denúncias de irregularidades no Porto de Suape, em Pernambuco; para desgastar Aécio e Campos. Na prática o governo conta com a proximidade da Copa do Mundo e o calendário da campanha eleitoral para enterrar de vez a CPI.
Lula acredita que Dilma acabou puxando a crise para o Planalto quando disse que só votou favoravelmente à compra de Pasadena porque recebeu laudos incompletos sobre o negócio. (Por que não houve reuniões e ou diálogos sobre solicitar dados completos?) (grifos meus). Na época Dilma era ministra da Casa Civil e presidia o Conselho de Administração da estatal. Lula não gostou de ver sua sucessora praticamente apontando o dedo para José Sérgio Gabrielli, ex-presidente da Petrobrás e indicado por ele para o cargo. A conversa desta sexta-feira entre Dilma e Lula não constava da agenda presidencial. O compromisso só foi incluído ali à noite, quase cinco horas após ter ocorrido.

As portas fechadas, o ex-presidente mostrou a Dilma o roteiro que pretende percorrer nesse início de campanha. Disse esperar que a cúpula do PT resolva os problemas para montagem de palanques estaduais com o PMDB e prometeu ir logo para Pernambuco, Estado onde ele e Campos nasceram. Dilma quer o governador da Bahia, Jaques Wagner (PT), também participando do núcleo de sua campanha à reeleição que é coordenada pelo presidente do PT, Rui Falcão, para ajudá-la na região Nordeste.
*Jornal O Estado de S. Paulo em 5/4/2014 - via Internet.

Iracema Alves - jornalista cadeirante - por mim digitado em 7/4/2014 às 11:55 horas
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quarta-feira, 2 de abril de 2014

Votar! *

 Por Raquel de Queiroz
O Amigo da Onça - Péricles

Não sei se vocês têm meditado como deve o funcionamento do complexo maquinismo político que chama governo democrático, ou governo do povo. Em política a gente se desabitua de tomar as palavras no seu sentido imediato. No entanto, talvez não exista mais do que esta expressão, nenhuma nas línguas vivas,: que deva ser tomada no seu sentido mais literal: governo do povo. Porque numa democracia, o ato de votar representa o ato de Fazer o Governo. Pelo voto se serve a um amigo, não se combate um inimigo, não presta ato de obediência a um chefe, não se satisfaz uma simpatia. Pelo voto a gente escolhe de maneira definitiva e irrecorrível, o indivíduo ou grupo de indivíduos que nos vão governar por determinado prazo de tempo. Escolhem pelo voto aqueles que vão modificar as leis velhas e fazer leis novas - e quão profundamente nos interessa essa manufatura de leis! A lei pode nos dar e nos tirar tudo, até o ar que se respira e a luz que nos ilumina, até os sete palmos de terra da derradeira moradia. 
Escolhemos igualmente pelo voto aqueles que nos vão cobrar impostos, e, pior ainda, aqueles que irão estipular a quantidade desses impostos. Vejam como é grave a escolha desses "cobradores". Uma vez lá em cima podem nos arrastar à penúria, nos chupar a última gota de sangue do corpo, nos arrancar o último vintém do bolso. E, por falar em dinheiro, pelo voto escolhem-se não só aqueles que vão receber, guardar e gerir a "fazenda pública", mas também escolhem aqueles que vão "fabricar" o dinheiro. está é uma das missões mais delicadas que os votantes confiam aos seus escolhidos.  Pois se a função emissora cai em mãos desonestas, é o mesmo que ficar o país entregue a uma quadrilha de falsários. Eles desandam a emitir sua conta sem limite; o dinheiro se multiplica tanto que vira papel sujo. O que ontem valia mil, hoje não vale mais zero (grifos meus). Não preciso explicar muito este capítulo, já que nós inda nadamos em plena inflação e sabemos à custa de nossa fome o que é ter moedeiros falsos no poder. Escolhem-se nas eleições aqueles que têm direito de demitir e nomear funcionários, e presidir a existência de todo o organismo burocrático.
E, circunstância mais grave e digna de todo o povo que exercem o poder executivo, o comando de todas as forças armadas: o exército, a marinha, a aviação, as polícias. É assim amigos: "quando vocês forem levianamente levar seu voto para Sr. Fulaninho que lhe fez um favor, ou para o Sr. Sicrano que tem tanta vontade de ser governante, coitadinho, ou para Beltrano que é tão amável , parou o automóvel, lhe deu uma carona e depois solicitou o seu sufrágio  - lembrem-se de que não vão proporcionar a esses sujeitos um simples emprego bem remunerado. Vão lhes entregar um poder enorme e temeroso.Vão fazê-los reis, vão lhes dar soldados para eles comandarem - e soldados são homens cuja principal virtude é a cega obediência às ordens dos chefes que lhes dá o povo. Votando, fazemos dos votados nossos representantes legítimos, passando-lhes procuração para agirem em nosso lugar, como se nós próprios fossem. Entregamos a esses homens tanques, metralhadoras, canhões, granadas, aviões, submarinos, navios de guerra e a flor da nossa mocidade por um juramento de fidelidade. E tudo isso pode virar contra nós e nos destruir como o monstro Frankenstein se virou contra seu amo e criador. 
Votem, irmãos, votem mas pensem bem antes. Votar não é assunto indiferente, é questão pessoal, e quanto!!! Escolham com calma, pense e meçam os candidatos com muito mais paciência e desconfiança, como se estivessem escolhendo uma noiva. Por que afinal mulher é ruim, briga-se com ela, devolve-se ao pai, pede-se o desquite. E governo, quando ruim, ele é quem briga conosco, ele é o que nos põe na rua.

Agora um conselho final, o que pode parecer um mau conselho, mas no fundo é muito honesto. Meu amigo e leitor, se você estiver comprometido a votar em alguém, se sofrer pressão de algum poderoso para sufragar este ou aquele candidato, não se preocupe. Não se prenda infantilmente a uma promessa arrancada à sua pobreza, às sua dependência ou á sua timidez. Lembre-se de que o voto é secreto. Se o obrigarem a prometer, prometa. se tem medo de dizer não, diga sim. O crime não é seu, mas de quem tenta violar a sua livre escolha. Se do outro lado de fora da seção eleitoral você  depende e tem medo, não esqueça: dentro da cabine indevassável você é um homem livre (grifos meus). Falte com a palavra dada à força e escute apenas sua consciência. "Palavras o vento leva, mas a consciência não muda nunca, acompanha a gente até ao inferno".
Fonte: Revista O Cruzeiro, 11 de janeiro de 1947*
            Nossa homenagem a saudosa Raquel Queiroz
Iracema Alves - jornalista cadeirante
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