quinta-feira, 25 de abril de 2013

Última Apresentação: Peça gratuita diverte público com paródia sobre o cotidiano


Com entrada gratuita, companhia Olhos de Dentro – um exercício de inclusão - faz sua última apresentação no dia 28 de abril da peça “Cidade Cheia de Graça”, que aborda o humor popular brasileiro presente em jingles consagrados

Trilha sonora é interpretada ao vivo por integrantes da orquestra jovem Camargo Guarnieri

No dia 28 de abril, a Companhia Olhos de Dentro faz sua última apresentação da peça Cidade Cheia de Graça, espetáculo que traz ao palco esquetes de piadas presentes no humor popular brasileiro, como anedotas de médico, caipira, político e pescador, intercaladas por marchinhas de comerciais famosos. O espetáculo, que durante um mês lotou o teatro Ruth Escobar, em São Paulo, emocionando e divertindo o público, acontece no domingo, às 11 horas, com entrada franca.
Sob a direção de Nina Mancin e adaptação de Carlos Meceni, a comédia é encenada pela companhia Olhos de Dentro, que integra pessoas com deficiência, como cadeirantes, deficientes visuais e pessoas com Síndrome de Down. As trilhas são interpretadas ao vivo pelos integrantes da orquestra jovem Camargo Guarnieri, dirigida pelo Maestro Daniel Martins.

Dez anos de inclusão Com dez anos de história, a Cia. de Teatro Olhos de Dentro promove aulas de teatro gratuitas voltadas para  pessoas com deficiência, como cadeirantes, crianças com Síndrome de Down e deficientes visuais. Mais de 250 alunos já passaram pela Companhia e alguns continuaram a carreira, atuando em filmes e outras peças. Além das oficinas, o projeto conta com montagens de espetáculos teatrais com a participação de todos os alunos e apresentações públicas no Teatro Ruth Escobar. A companhia já estrelou uma série de espetáculos, como Shakespeare Eterno, O Girassol, Ensaio Sobre A vida, Retalhos, Os Velhos, Linhas Cruzadas e Um Lugar Qualquer. O curso acontece no Teatro Ruth Escobar, em São Paulo.

Ficha técnica
Texto: Carlos Meceni
Direção Geral: Nina Mancin
Direção Musical: Maestro Daniel Martins
Elenco: Cia. Olhos de Dentro – Um Exercício de Inclusão
Teatro Ruth Escobar – Sala Gil Vicente (310 lugares)
Rua Dos Ingleses, 209 – Bela Vista – SP
Tel: (11) 3289-2358
Apresentações: Domingos, de 7 a 28 de abril
Horário: 11h
Duração: 50 min.
Ingresso: entrada gratuita
Estacionamento: vallet (R$ 20)
Censura: livre

sábado, 20 de abril de 2013

“Dê uma ajudinha a si mesmo, reveja seus conceitos”


Reflexivos e ao mesmo tempo bem humorados, os vídeos da campanha Dê uma ajudinha a si mesmo, reveja seus conceitos, do Instituto Mara Gabrilli (IMG), são um convite para quebrar as barreiras do preconceito e facilitar a convivência entre pessoas com e sem deficiência. A série retrata como o dia a dia das pessoas com deficiência física, visual, auditiva e intelectual poderiam ser facilitadas com um pouco mais de compreensão para lidar com situações corriqueiras. 


Com roteiro baseado em experiências vivenciadas pelas próprias pessoas com deficiência, a campanha consegue ilustrar situações em que as pessoas desejam ajudar, porém, não sabem como podem fazer isso. A partir daí, cria-se certo constrangimento pela forma como ocorre essa aproximação e a maneira como são tratados. 

Para o lançamento campanha, foi escolhido o dia Dia Internacional da Síndrome de Down, 21 de março, e semanalmente foram acrescentadas mais três peças, de 45 segundos cada uma. A primeira foi focada na temática da deficiência intelectual. 



Ainda de forma bastante descontraída, o segundo vídeo mostra a situação vivida por um deficiente auditivo ao comprar um livro. 


A situação foi bastante parecida com no terceiro, em que uma mulher, também sem muito conhecimento, se oferece para ajudar uma jovem com deficiência visual passar para outro lado da rua, sendo que a mesma não iria atravessar. 


Por fim, o último vídeo traz como protagonista uma pessoa com deficiência física tentando convencer um rapaz de que não precisava de ajuda, pois estava apenas parada ao lado de uma rampa esperando uma amiga. 



No dia 18/04, durante as atividades da Reatech 2013, foi lançado ainda o curta-metragem Dicas de Convivência, em que aborda situações semelhantes das produções já citadas. Produzido pelo Instituto Mara Gabrilli (IMG), o filme conta com patrocínio da Sanofi e apoio da Secretaria de Estado da Cultura de São Paulo, do SESC, da Livraria Cultura e da FarMais Tremembé. Também apoiam o projeto as entidades ligadas à inclusão das pessoas com deficiência: APAE São Paulo, Instituto Olga Kos, Movimento Down Brasil, Grupo Chiaverim, ABADS, ADID, Carpe Diem, APABB, ARCA do Brasil, ADERE e SORRI BRASIL e OAT. 

Fonte: IMG adaptação Equipe Livre Para Voar



segunda-feira, 15 de abril de 2013

FUNERAL EM BLUES

A advogada Marisa Riello Deppman, mãe do estudante Victor Hugo Deppman, quer transformar sua dor em combustível de uma luta para mudar a legislação (grifos meus)Estamos solidários com a luta para mudar a legislação. Doutora Marisa por favor conte conosco.

Estamos no século XXI e temos que suportar no lombo e no coração a balburdia dos perigosos presidiários ordenando as mortes dos policiais fardados ou não. Ônibus, carros, trens foram incendiados colocando a população em pânico. Até agora não temos estatísticas dos mortos, feridos, dos transportes coletivos e carros, muitos da própria corporação. Agora todos os dias temos notícias de assassinatos praticados por menores.

O Código Penal e o ECA - Estatuto da Criança e do Adolescente nos informou que a partir dos 18 anos os criminosos são detidos e ficam à disposição das autoridades judiciais. 

O ECA responde em seu Artigo 121. Leiam

Art. 121. A internação constitui medida privativa da liberdade, sujeita aos princípios de brevidade, excepcionalidade e  respeito à condição peculiar de pessoa em desenvolvimento.
§ 1º Será permitida a realização de atividades externas, a critério da equipe técnica da entidade, salvo expressa determinação judicial em contrário.
§ 2º A medida não comporta prazo determinado, devendo sua manutenção ser reavaliada, mediante decisão fundamentada, no máximo a cada seis meses.
§ 3º Em nenhuma hipótese o período máximo de internação excederá a três anos.
§ 4º Atingido o limite estabelecido no parágrafo anterior, o adolescente deverá ser liberado, colocado em regime de semiliberdade ou de liberdade assistida.

Constituição Federal de 1988 diz em seu artigo 228:

Art. 228. São penalmente inimputáveis os menores de dezoito anos, sujeitos às normas da legislação especial.

O Código Penal em seu artigo 27 sobre a Imputabilidade Penal diz:

Menores de dezoito anos
Art. 27 - Os menores de 18 (dezoito) anos são penalmente inimputáveis, ficando sujeitos às normas estabelecidas na legislação especial. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)

Quem determinou que aos 16 anos os jovens pode  votar? O Brasil precisa aprender a cumprir as Leis, segundo consta, são as melhores do mundo. 


Fonte: Jornal Folha de São Paulo, Caderno Cotidiano, página, C2 em 13/04/2013


A PERGUNTA É: Reduzir a maioridade penal, funcionaria?   



maioridade penal, também conhecida como idade da responsabilidade criminal, é a idade a partir da qual o indivíduo pode ser penalmente responsabilizado por seus atos, em determinado país ou jurisdição.


A solução mais adequada seguramente não é reduzir a maioridade penal.  Corremos sério risco de, em fazendo isso, ver em breve os traficantes recrutando menores de idade cada vez mais baixa.  E as novas gerações se prostituindo e sendo exterminadas de forma cada vez mais cruel. Se nosso sistema carcerário fosse realmente recuperador e reintegrador do infrator na vida social, o problema seria diferente.  Mas o que vemos são jovens entrando primários nos cárceres e reformatórios e dali a alguns anos com mais vários crimes nas costas.  Reduzir a maioridade penal nessa situação é empurrar jovens já em frágil equilíbrio emocional e psíquico cada vez mais para o caminho sem volta do crime e da morte. 


                Funeral Blues - homenagem à família, amigos, professores de Victor Hugo 
              
"Que parem os relógios, cale o telefone, que os aviões gemendo no céu em esforço escreva: Victor partiu! Que os pássaros e os pombos guardem luto com um laço azul no pescoço; que os guardas usem luvas finas de cor breu. Ele era meu norte, sul, leste e oeste, enquanto viveu. Era meus dias úteis, meus fins de semana, meu dia a dia, minha noite, minha fala e meu cantar! Quem julga o amor eterno, como fiz, se engana. É hora de apagar as estrelas, hoje elas são molestas; é hora de guardar a lua, desmontar o sol, despejar o mar, jogar fora as flores, pois nada há de certo doravante!"


W.H.Aulden; traduzido por mim em Buenos Aires na recepção de um cinema em 1995
Iracema Alves  jornalista e cadeirante.

CRIANDO UM MONSTRO

O que pode criar um monstro? O que leva um rapaz de 22 anos a estragar a própria vida e a vida de outras duas jovens por… Nada?

Será que é índole? Talvez, a mídia? A influência da televisão? A situação social da violência? Traumas? Raiva contida? Deficiência social ou mental? Permissividade da sociedade? O que faz alguém achar que pode comprar armas de fogo, entrar na casa de uma família, fazer reféns, assustar e desalojar vizinhos, ocupar a polícia por mais de 100 horas e atirar em duas pessoas inocentes?

O rapaz deu a resposta: “ela não quis falar comigo”. A garota disse não, não quero mais falar com você. E o garoto, dizendo que ama, não aceitou um não. Seu desejo era mais importante.

Não quero ser mais um desses psicólogos de araque que infestam os programas vespertinos de televisão, que explicam tudo de maneira muito simplista e falam descontextualizadamente sobre a vida dos outros sem serem chamados. Mas ontem, enquanto não conseguia dormir pensando nesse absurdo todo, pensei que o não da menina Eloá foi o único. Faltaram muitos outros nãos nessa história toda.

Faltou um pai e uma mãe dizerem que a filha de 12 anos NÃO podia namorar um rapaz de 19. Faltou uma outra mãe dizer que NÃO iria sucumbir ao medo e ir lá tirar o filho do tal apartamento a puxões de orelha. Faltou outros pais dizerem que NÃO iriam atender ao pedido de um policial maluco de deixar a filha voltar para o cativeiro de onde, com sorte, já tinha escapado com vida.

Faltou a polícia dizer NÃO ao próprio planejamento errôneo de mandar a garota de volta pra lá. Faltou o governo dizer NÃO ao sensacionalismo da imprensa em torno do caso, que permitiu que o tal sequestrador conversasse e chorasse compulsivamente em todos os programas de TV que o procuraram.

Simples assim. NÃO. Pelo jeito, a única que disse não nessa história foi punida com uma bala na cabeça.

O mundo está carente de nãos. Vejo que cada vez mais os pais e professores morrem de medo de dizer não às crianças. Mulheres ainda têm medo de dizer não aos maridos ( e alguns maridos, temem dizer não às esposas ). Pessoas têm medo de dizer não aos amigos. Noras que não conseguem dizer não às sogras, chefes que não dizem não aos subordinados, gente que não consegue dizer não aos próprios desejos. E assim são criados alguns monstros. Talvez alguns não cheguem a sequestrar pessoas. Mas têm pequenos surtos quando escutam um não, seja do guarda de trânsito, do chefe, do professor, da namorada, do gerente do banco. Essas pessoas acabam crendo que abusar é normal. E é legal.

Os pais dizem, “não posso traumatizar meu filho”. E não é raro eu ver alguns tomando tapas de bebês com 1 ou 2 anos. Outros gastam o que não têm em brinquedos todos os dias e festas de aniversário faraônicas para suas crias.

Sem falar nos adolescentes. Hoje em dia, é difícil ouvir alguém dizer não, você não pode bater no seu amiguinho. Não, você não vai assistir a uma novela feita para adultos. Não, você não vai fumar maconha enquanto for contra a lei. Não, você não vai passar a madrugada na rua. Não, você não vai dirigir sem carteira de habilitação. Não, você não vai beber uma cervejinha enquanto não fizer 18 anos. Não, essas pessoas não são companhias pra você. Não, hoje você não vai ganhar brinquedo ou comer salgadinho e chocolate. Não, aqui não é lugar para você ficar. Não, você não vai faltar na escola sem estar doente. Não, essa conversa não é pra você se meter. Não, com isto você não vai brincar. Não, hoje você está de castigo e não vai brincar no parque.

Crianças e adolescentes que crescem sem ouvir bons, justos e firmes NÃOS crescem sem saber que o mundo não é só deles. E aí, no primeiro não que a vida dá (e a vida dá muitos) surtam. Usam drogas. Compram armas.

Transam sem camisinha. Batem em professores. Furam o pneu do carro do chefe. Chutam mendigos e prostitutas na rua. E daí por diante.

Não estou defendendo a volta da educação rígida e sem diálogo, pelo contrário. Acredito piamente que crianças e adolescentes tratados com um amor real, sem culpa, tranquilo e livre, conseguem perfeitamente entender uma sanção do pai ou da mãe, um tapa, um castigo, um não. Intuem que o amor dos adultos pelas crianças não é só prazer – é também responsabilidade. E quem ouve uns nãos de vez em quando também aprende a dizê-los quando é preciso. Acaba aprendendo que é importante dizer não a algumas pessoas que tentam abusar de nós de diversas maneiras, com respeito e firmeza, mesmo que sejam pessoas que nos amem. O não protege, ensina e prepara.

Por mais que seja difícil, eu tento dizer não aos seres humanos que cruzam o meu caminho quando acredito que é hora – e tento respeitar também os nãos que recebo. Nem sempre consigo, mas tento. Acredito que é aí que está a verdadeira prova de amor. E é também aí que está a solução para a violência cada vez mais desmedida e absurda dos nossos dias.

NOTA DE ESCLARECIMENTO sobre O Não de Eloá

Iracema Alves  jornalista e cadeirante.
Apoio Wiglinews

quarta-feira, 10 de abril de 2013

“O caminho adiante: uma agenda de desenvolvimento que leve em consideração as pessoas com deficiência até 2015 e além”




Consulta Regional sobre Deficiência e Desenvolvimento: “O caminho adiante: uma agenda de desenvolvimento que leve em consideração as pessoas com deficiência até 2015 e além” acontece em São Paulo
Na próxima quinta-feira, 11 de Abril de 2013, às 9h30, teremos a solenidade de Abertura da Consulta Regional sobre Deficiência e Desenvolvimento: “O caminho adiante: uma agenda de desenvolvimento que leve em consideração as pessoas com deficiência até 2015 e além”. 

A iniciativa é resultado de parceria entre o Ministério da Saúde e do Governo do Estado de São Paulo, que sediará a reunião com o apoio da Organização Mundial da Saúde (OMS), do Banco Mundial, da Organização Pan Americana de Saúde (OPAS) e da Rede Latino Americana de Organizações Não-Governamentais de Pessoas com Deficiência e suas Famílias (RIADIS). 


O evento não é todo aberto, mas a solenidade de abertura do evento poderá contar com a presença do público interessado desde que o mesmo seja vinculado ao Governo ou representante de Organização que atua com pessoas com deficiência.

Na ocasião também haverá o lançamento das Diretrizes de Reabilitação Baseada na Comunidade em Língua Portuguesa, conhecida mundialmente como CBR. 

Confira outras informações e programação completa em:

Programação 




Contato

Participantes:

  • Telefone: (11) 5212.3765 ou 5212.3784
  • Email: eventos.sedpcd@sp.gov.br

  • Local do evento
    • SHERATON SÃO PAULO WTC HOTEL
    • SHERATON SÃO PAULO WTC HOTEL

    • Av. das Nações Unidas, 12.559 · São Paulo - Brooklin Novo
    • Reservas: +55 (11) 3055.8000

 Dra. Linamara Rizzo Battistella 
Secretaria de Estado dos Direitos da Pessoa com Deficiência

PARTICIPEM!

Equipe Livre para Voar


sábado, 6 de abril de 2013

Coisas que a VIDA nos ensina depois dos 40 - Arthur da Távola


Amor não se implora, não se pede não se espera...Amor se vive ou não. Ciúmes é um sentimento inútil. Não torna ninguém, fiel a você. Animais são anjos disfarçados, mandados à terra por Deus para mostrar ao homem o que é fidelidade. Crianças aprendem com aquilo que você faz, não com o que você diz. As pessoas que falam dos outros pra você, vão falar de você para os outros. Perdoar e esquecer nos torna mais jovens. Água é um santo remédio. Deus inventou o choro para o homem não explodir. Ausência de regras é uma regra que depende do bom senso. Não existe comida ruim, existe comida mal temperada. A criatividade caminha junto com a falta de grana. Ser autêntico é a melhor e única forma de agradar. Amigos de verdade nunca te abandonam. O carinho é a melhor arma contra o ódio. As diferenças tornam a vida mais bonita e colorida. Há poesia em toda criação divina. Deus é o maior poeta de todos os tempos. A música é a sobremesa da vida. Acreditar, não faz de ninguém um tolo. Tolo é quem mente. Filhos são presentes raros. De tudo, o que fica é o seu nome e as lembranças a cerca de suas ações (grifos meus). Obrigado, desculpas, por favor, são palavras mágicas, chaves que abrem portas para uma vida melhor. O amor...Ah o amor...O amor quebra barreiras, une facções, destrói preconceitos, cura doenças.. Não há vida decente sem amor! E é certo, quem ama, é muito amado, e vive a vida mais alegremente....somando  primaveras!
Texto de Arthur da Távola.
Copiado e digitado de sua obra, na íntegra.
Iracema Alves / jornalista e cadeirante
Colaboração de Wiglinews
Dia 06 e abril do ano 2013; às 15:41 horas 

terça-feira, 2 de abril de 2013

Accessibility View


Google e cadeirantes farão mapa de calçadas com acessibilidade em São Paulo

Com o nome de Accessibility View, o projeto vai distribuir câmeras especiais para captar a cidade e sugerir as rotas mais seguras para a locomoção de deficientes.

Em parceria com a Associação de Assistência à Criança Deficiente (AACD), cadeirantes vão usar câmeras especiais, nos mesmos moldes do Google Street View, e percorrer todos os locais onde uma cadeira de rodas pode transitar (ou não).

O projeto Accessibility View, ideia do diretor de criação da AgênciaClick Isobar, Eduardo Battiston, venceu o Creative Sandbox, concurso do Google que reúne tecnologias inovadoras e ideias criativas para melhorar a vida das pessoas nas cidades.


Accessibility View é um aplicativo em desenvolvimento que vai usar Google Maps e Street View para ajudar portadores de deficiência a encontrarem uma rota que suporte cadeiras de rodas na cidade de São Paulo.

Criador do Accessibility View busca parceria para implantar projeto



O publicitário brasileiro Eduardo Juca Battiston, Diretor de Criação da AgênciaClick Isobar, está em busca de parceiros para implantar o projeto Accessibility View, que visa mapear a acessibilidade nas cidades com a ajuda de cidadãos com deficiência - cadeirantes, especialmente -  e disponibilizar as informações para serem acessadas em plataformas móveis, como celulares e tablets, e também pela internet.
O projeto venceu o Creative Sandbox | Brief, realizado pelo Google em 2012, conhecido por oferecer serviços de localização na rede de computadores por meio do Google Maps. O anúncio foi feito em dezembro.

Em entrevista à organização do concurso, realizada anteriormente ao anúncio de que havia vencido o concurso, Battiston explicou os detalhes de seu projeto. A entrevista reproduzida abaixo pelo site ACCB Inclusão foi publicada originalmente pelo site Update or Die. Confira:

Fale um pouco de você! (formação, interesses, motivações para criar o projeto).
Sou um paulistano de 36 anos, formado em Administração com ênfase em Marketing. Estou há 13 anos no mercado publicitário e atualmente sou Diretor de Criação Executivo da AgênciaClick Isobar. Quando parei para pensar no briefing – de como a criatividade e a tecnologia podem mudar a vida das pessoas – entendi que era mais relevante mudar drasticamente a vida de um grupo de pessoas do que mudar um pouquinho a vida de todos.
Como surgiu a ideia de desenvolver um projeto com esse foco social?
A verdade é que sempre fui muito sensível ao problema da acessibilidade, principalmente depois de conhecer a realidade das crianças da AACD. Em 2009 tive o prazer trabalhar num projeto muito bacana: o Unique Types, no qual convidamos designers do mundo inteiro para criar tipografias inspiradas nas crianças atendidas pela associação. Essa foi uma experiência tão gratificante que – logo que vi o briefing – enxerguei a oportunidade de fazer algo verdadeiramente útil para as pessoas com necessidades especiais.
De que maneira você vê que a implementação do Accessibility View contribuiria para a qualidade de vida dos cadeirantes e das pessoas com necessidades especiais de locomoção?
O objetivo do projeto é ajudar as pessoas com necessidades especiais a se locomoverem com maior facilidade, levando em conta os diversos obstáculos as cidades apresentam. A ferramenta vai indicar a melhor rota para o trajeto informado. Além disso, através de um aplicativo mobile, qualquer pessoa – portador de necessidades especiais ou não – vai poder colaborar, geolocalizando os pontos críticos de acessibilidade (rampas defeituosas, buracos em calçadas, ausência de rampa, etc.) em tempo real. Assim, essas pessoas vão poder usufruir melhor de tudo que a cidade oferece: lazer, educação, cultura e, também, uma integração mais fácil ao mercado de trabalho.
Você acha possível que a sua ideia incentive o surgimento de outras soluções que unam tecnologia e criatividade para melhorar a vida das pessoas?
Acho que seria pretencioso da minha parte, mas espero que sim. Quando você gosta de um ideia, começa a procurar o que tem de interessante para inspirar suas próprias ideias. Adoraria ver ideias inspiradas no Accessibility View, mas acima de tudo, gostaria de viabilizar o projeto economicamente para tirar a ideia do papel. E estou trabalhando muito para isso: não tem coisa mais triste do que uma boa ideia que fica só na prancheta.
Por que você acha que a sua ideia deveria ser a vencedora no concurso Creative Sandbox?
Acredito que a ideia foi selecionada entre as finalistas pelo potencial que ela tem de mudar a vida das pessoas. Talvez não faça grande diferença para quem não é cadeirante, mas seguramente vai ajudar muito as pessoas com necessidades especiais. Agora, se ela deveria ser a vencedora ou não, eu deixo pros jurados decidirem porque tem muita ideia bacana no páreo.
Fique à vontade para fazer seus comentários.
Queria agradecer ao Google Brasil pela oportunidade. Sem ela não teria pintado essa ideia na minha vida. E ela só reforça pra mim o lado mais bonito dessa nossa profissão: uma ideia pode mudar não só a sua vida, mas também a de muitas outras pessoas. Agora estou buscando parcerias públicas e privadas para, independente do resultado do Google Sandbox, fazer o Accessibility View acontecer de verdade.

Conheça o projeto, assistindo ao vídeo abaixo:


A partir do segundo semestre de 2013, qualquer pessoa que tiver um smartphone e acesso à internet poderá ajudar o Google a fazer um mapa mundial de acessibilidade. Pelo menos, é isso que promete o Access View, aplicativo brasileiro que tem previsão de lançamento em agosto. 

O Access View terá comunicação direta com o Google Street View  O usuário chegará ao ponto escolhido, acionará o aplicativo e verá na tela do smartphone o local onde está. A partir disso, terá a opção de consultar duas listas:
  1. Uma com os principais problemas de acessibilidade e 
  2. outra com bons exemplos. 
Desta forma, rampas, passarelas, calçadas, degraus, faixas para pedestres, elevadores, corrimões, pisos e inclinações poderão ser avaliados em tempo real. “Os bons exemplos receberão um pin de cor verde. E os problemas, uma marcação de cor vermelha”, explica Eduardo Battiston.

accessibility-view-mapeia-a-acessibilidade-na-cidade - manchete digital











Um detalhe inovador e que deve fazer sucesso é a possibilidade de marcar estabelecimentos acessíveis ou não. “Você marca a rua, a calçada, a rampa e percebe que está em frente a um prédio comercial, por exemplo. Se este edifício tiver os itens de acessibilidade necessários, ganha o pin verde. Se falta algo, o usuário pode marcar com o pin vermelho. A informação ficará armazenada e, antes de pensar em ir ao local, a pessoa com deficiência já saberá o que vai encontrar”, diz o criador do Access View.

Vamos acompanhar e torcer para que se torne realidade
Equipe Livre Para Voar