segunda-feira, 29 de junho de 2015

A dor em nossas vidas

Você já parou para pensar na razão da existência da dor, do sofrimento, em nossas vidas?
Talvez num daqueles momentos de extrema angústia, em que o coração parece apertar forte, você tenha pensado em Deus, na vida, e gritado intimamente: Por quê?!
Os benfeitores espirituais vêm nos esclarecer que a dor é uma lei de equilíbrio e educação.
Léon Denis, reconhecido escritor francês, em sua obra O problema do ser, do destino e da dor, esclarece que o gênio não é somente o resultado de trabalhos seculares; é também a apoteose, a coroação de sofrimento.
De Homero a Dante, a Camões, a Tasso, a Milton, todos os grandes homens, como eles, têm sofrido.
A dor lhes fez vibrar a alma, lhes inspirou a nobreza dos sentimentos, a intensidade da emoção que souberam traduzir com os acentos do gênio, e que os imortalizou.
É na dor que mais sobressaem os cânticos da alma.
Quando ela atinge as profundezas do ser, faz de lá saírem os gritos sinceros, os poderosos apelos que comovem e arrastam as multidões.
Dá-se o mesmo com todos os heróis, com todas as pessoas de grande caráter, com os corações generosos, com os espíritos mais eminentes. Sua elevação se mede pela soma dos sofrimentos que passaram.
Ante a dor e a morte, a alma do herói e do mártir se revela em sua beleza comovedora, em sua grandeza trágica que toca, às vezes, o sublime, e o inunda de uma luz inapagável.
A história do mundo não é outra coisa mais que a sagração do Espírito pela dor. Sem ela, não pode haver virtude completa, nem glória imperecível.
Se, nas horas da provação, soubéssemos observar o trabalho interno, a ação misteriosa da dor em nós, em nosso eu, em nossa consciência, compreenderíamos melhor sua obra sublime de educação e aperfeiçoamento.
A dor é um dos meios de que Deus se utiliza para nos chamar a si e, ao mesmo tempo, nos tornar mais rapidamente acessíveis à felicidade espiritual, única duradoura.
É, pois, realmente pelo amor que nos tem que Deus nos envia o sofrimento.
Fere-nos, corrige-nos como a mãe corrige o filho para educá-lo e melhorá-lo. Trabalha incessantemente para nos tornar dóceis, para purificar e embelezar nossas almas, porque elas não podem ser completamente felizes, senão na medida correspondente às suas perfeições.
A todos aqueles que perguntam:  Para que serve a dor? a Sabedoria Divina responde: para polir a pedra, esculpir o mármore, fundir o vidro, martelar o ferro.
*   *   *
A dor física é, em geral, um aviso da natureza, que procura nos preservar dos excessos. Sem ela, abusaríamos de nossos órgãos até ao ponto de os destruirmos antes do tempo.
Quando um mal perigoso se vai insinuando em nós, que aconteceria se não lhe sentíssemos logo os efeitos desagradáveis? Ele nos invadiria cada vez mais, terminando por secar em nós as fontes de vida.
É assim que, em nosso mundo, para o nosso crescimento, a dor ainda se faz necessária.

Redação do Momento Espírita, com base no
cap. XXVI, do livro 
O problema do ser,
do destino e da dor, de Léon Denis, ed. Feb.
Em 31.1.2013.

sábado, 27 de junho de 2015

CHOVE LAMA NO QUINTAL DE LULA

E agora? dos 6 bilhões roubados da Petrobras, 2 bilhões caíram na conta da Camargo Corrêa. Quando Zé Dirceu diz que Lula e Dilma estão no mesmo saco tem razão de sobra para tal afirmação. A Polícia Federal descobriu que a empreiteira doou ao Instituto Lula 3 milhões de reais e mais 1,5 milhão ao LILS - Palestras, Eventos e Publicidades de Luiz Inácio Lula da Silva. Ou seja: Lula está envolvido até o pescoço com o esquema que torrou o patrimônio da Petrobrás, a maior Empresa Brasileira. Quando os petistas defendiam a estatal da provável privatização, tinha um motivo maior para a companha: queriam se apossar do cofre da empresa e retirar de lá o último centavo, como realmente fizeram em concluio com as empreiteiras. Para quem tinha dúvidas da participação do ex-presidente Lula nas tramoias, as investigações provam o seu envolvimento. E olha que isso é apenas um aperitivo. (e que aperitivo!), o pagamento de 4,5 milhões de reais ao Instituto Lula e a sua empresa de palestra - que tem o endereço de sua residência.

Por menos do que isso, o ex-Primeiro Ministro de Portugal, José Sócrates, amigo de Lula, está no presídio, onde, pelo que se sabe, é um dos principais artilheiros do time de futebol. Ora se o juiz Sergio Moro ainda tinha dúvida de que Lula deveria ser investigado na operação Lava Jato, a Polícia Federal, em um relatório de mais de 60 páginas, aponta todos os indícios que levam ao envolvimento do ex-presidente no crime de lavagem de dinheiro. Até o momento. Descobre-se agora quem pagava as palestras de Lula - e o preço que ele cobrava como lobista de luxo - quando se descolava em aviões das empreiteiras para defender seus interesses nos países africanos beneficiados pelos empréstimos generosos do BNDES - Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e  Social. Descobre-se também agora o porquê do Lula ser ovacionado nas ruas, mundo afora: era o gerente financeiro do BNDES das empresas brasileiras no exterior.  

Quando ele dava as costas, o banco despejava bilhões de reais nos países visitados. Com os escândalos, os convites ao presidente foram minguando e, hoje, quase não existem . E diante de tantos malfeitos que envolvem Lula e Dilma, a dupla que dilapidou o patrimônio brasileiro, a presidente ainda aparece em rede de televisão engando os brasileiros. Apresenta um programa de infraestrutura para gastar quase 200 bilhões de reais, quando é certo que nada disso vai acontecer. Até um trem em direção ao Pacifico, para abrir caminho ao mercado chinês, está no papel. Outras peças de ficção já foram apresentadas em solenidades iguais a última e, como era de se esperar, não saíram do papel.

Pela cara amarrada dos convidados na solenidade dava para perceber o constrangimento de todos diante de tanta elucubração da equipe dos efeitos especiais do presidente. Coincidentemente, essa pirotecnia palaciana só acontece em momentos de crise a exemplo das que vêm ocorrendo: operação Lava Jato, ajuste fiscal, prisão de empreiteiros, rapinagem nas empresas estatais, compra da refinaria Pasadena, deleções premiadas, inflação alta, greves, aumento do índice de criminalidade e escândalos pipocando em todos os cantos do país. É um verdadeiro caos gerado por uma presidente que vive no mundo da Lua.

Por Jorge Oliveira - Jornalista Diário do Poder.

"Quem assistiu ao deprimente Programa do Jô. uma "missa de corpo presente", sabe que o hábil entrevistador fez papel de "escada", para que a presidente Dilma fizesse os gols. Mais um "chá de comadres" foi mais uma triste enganação ao nosso já sofrido povo. Quando custou? Quem pagou? Caixa 1 ou "sobras de campanha".  
Não perdemos por esperar: temos tempo suficiente para mudar "O rumo desse guara-lugar"

Em 2018 se depender do Povo brasileiro, Lula seque vai tocar na faixa de Presidente". Solicito a gentileza dos senhores entrarem no Google e solicitar: site na íntegra da Lei Ficha Suja nº 135/2010. Nossos agradecimentos. 

Digitado e postando em 27/06/2015 - às 14:42 horas
Iracema Alves.
Jornalista Cadeirante  
  

A VOCAÇÃO LITERÁRIA DE FREI BETTO

A petralhada está muito PT da vida com Frei Betto - aquele que sempre foi considerado um "grande amigo de Lula". A entrevista "A vocação literária de Frei Betto", feita por Manoel da Costa Pinto para a revista Cult (edição 201), e uma pedrada na alma do PT e nas incoerências da esquerda no Brasil. O ideólogo mais barulhento da Teologia da Libertação. que deixa sempre o Vaticano de orelha em pé, faz uma advertência muito pertinente sobre a perigosa despolitização da juventude brasileira. Na crítica que faz da esquerda, o frei dominicano e o escritor Carlos Alberto Libâno Christo pega pesado com o PT: "Não é fácil ser da esquerda em um mundo tão sedutor quanto o capitalismo neoliberal. Daí o problema do PT, que foi perdendo o horizonte histórico de um projeto de poder."
Frei Betto resume qual foi o erro maior de Lula-Dilma: "É um governo que fez a inclusão econômica na base do consumismo e não fez a inclusão política. As pessoas estavam consumindo, o dinheiro rolando e a inflação sob controle, mas não se criou sustentabilidade para isso. "Agora a farra acabou, está na hora de pagar a conta e chama-se Joaquim Levy (ministro da Fazenda). Frei Betto aponta a ferida:" O erro do Lula foi ter facilitado o acesso do povo a bens pessoais, e não a bens sociais - o contrário do que fez a Europa no começo do século XX,  que primeiro deu acesso a educação, moradia, transporte e saúde, para então as pessoas chegarem aos bens pessoais.
Aqui, não. Você vai a uma favela e as pessoas têm TV a cores, fogão, geladeira, micro-ondas (graças a desoneração da linha branca), celular, computador e até um carrinho no pé do morro, mas estão morando na favela, não têm saneamento, educação de qualidade. Frei Betto identifica quando o PT abandonou seu projeto inicial: "Isso desaparece na campanha de 2002, quando o PT faz a opção de assegurar  a governabilidade pelo mercado e pelo Congresso - daí as alianças e a Carta aos Brasileiros, que na verdade é a carta aos banqueiros. Ali o PT abandona a matéria-prima, que são os movimentos sociais pelos quais deveria ter assegurado a governabilidade, como fez Evo Morales na Bolívia (...)
O Pt optou pelo mercado e pelo Congresso. Agora, está refém dos dois e pagando um preço muito alto. Tanto que chamou um homem do mercado para ver se melhora a economia e entregou a parte política para o PMDB.  Frei Betto relata sua decepção: "Achei que a Carta aos Brasileiros fosse uma coisa tática, que, uma vez eleito, o PT faria reformas estruturais, tributárias, agrárias, algum tipo de reforma. Estava altamente entusiasmado. Sempre fui convidado para trabalhar em administração, mas nunca quis trabalhar nem para iniciativa privada nem para governos. Gosto desta vida  de cigana, solta". 
Quando Lula foi eleito e me convidou para o Fome Zero, achei que trabalhar com os mais pobres entre os pobres - os famintos se enquadrava em minha perspectiva pastoral e tive todo apoio de meus superiores dominicanos e até de Roma. Frei Betto prossegue: "Fiquei dois anos e, de repente, o governo matou o Fome Zero para substituí-lo pelo Bolsa Família". Tive então esta certeza de que essa opção contrariava a tudo aquilo que o PT vinha pregando desde a fundação.  O Fome Zero era uma programa emancipador, o Bolsa Família é compensatório. O Fome Zero ia mexer na estrutura do país e por isso foi boicotado pelos prefeitos. Era condenado pelos Comitês gestores municipais, não passava pelos prefeitos, não havia como usar os recursos para fazer o jogo eleitoreiro, então os prefeitos se rebelaram, pressionaram a Casa Civil, que pressionou Lula. "No fim, Lula cedeu e eu caí fora"

Na entrevista Frei Betto também não vê clima para uma intervenção militar no Brasil. "Não me preocupam ameaças de impeachment ou golpe. Não há caldo de cultura. Os militares nem saem de farda na rua. Militar no Brasil, antes andava orgulhosamente de farda, até para arrumar namorada. O que me preocupa é despolitização da juventude brasileira. Os segmentos de esquerda deveriam estar preocupados com a politização, como houve imensamente nos anos 70 e 80. Não mais formação crítica - e aí o pessoal vai no emocional, no oba-oba da volta dos militares, sem ter ideia do que foi a ditadura, que pode parecer que foi tranquila, mas é porque não havia censura brutal.

Estamos voltando a esse nível de desinformação, a esse horror à política. Frei Betto identifica o problema em sua visão ideológica: "O principal problema filosófico hoje é a disistoricização do tempo, isso se refere  na esquerda mundial, não tem projeto  nem no plano pessoal". Nesse plano a dificuldade de se ter projeto pessoal na vida profissional, artística, afetiva (todos ficam vulneráveis a qualquer dificuldade na relação conjugal).
"Isto está nos levando à falta de esperança e faz com que a discussão política desça do racional ao emocional. Sempre participei de discussões políticas e nunca vi nível de animosidade tão forte como agora, porque se apagou o horizonte histórico".

A reportagem completa com Frei Betto pode ser lida na revista CULT:

http://revistacult.uol.com.br/home/2015/05/a/vocacao-literaria-de-frei-betto/   

Copidesque, postagem e atualizada em 27/06/2015 às 12:13 hs

Iracema Alves
Jornalista cadeirante

quarta-feira, 24 de junho de 2015

A JU$TIÇA DO PARANÁ

"Com todos os cofres cheios e a caneta do destino nas mãos, o Judiciário sabe - e usa - o poder que tem. Quem não concordar, que entre na  Justiça!". escreve o colunista Euclides Lucas Garcia, a respeito do judiciário paranaense, em artigo publicado pelo jornal Gazeta do Povo, 22/06/2015.

Eles têm direito a auxílio-moradia, saúde e alimentação. Ganham carro com motorista, desfrutam de um café da tarde gratuito e são presenteados com cestas de frutas frescas no gabinete. Tiram duas férias por ano, que perfazem 60 dias e não 30. Ao gozá-las, recebem 50% do salário adicional em vez dos 33% pagos ao trabalhador comum. Somam 120 no total. eles são os desembargadores do Tribunal de Justiça do Paraná (TJ), cujo salário médio é de R$ 36.526 - conforme levantamento da revista Época

Os mimos e benesses concedidos a Vossas Excelências são por possíveis graças ao aumento exponencial dos recursos dos cofres públicos estaduais absorvidos pelo Poder Judiciário. Nos últimos dez anos, de 2006 a 2015, o orçamento da Justiça paranaense saltou de R$ 605,2 milhões para R$ 1,95 bilhão. O aumento foi de 222,34%, contra uma inflação de 60,12% o mesmo período, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). Uma década atrás, o Judiciário tinha um "custo" de R$ 58,52 por paranaense. Atualmente, o orçamento da Justiça Estadual correspondente a R$ 174,74 per capita - um crescimento de 198,58%. E se hoje o cidadão do Paraná paga mais para bancar todas essa estrutura, ele pode botar na conta dos vizinhos do TJ no centro Cívico: governo do Estado e Assembléia Legislativa.

Nesses dez anos, o porcentual do orçamento - elaborado pelo Executivo e aprovado pelos deputados - disponível para o Judiciário cresceu de 8,5% para 9,5%. O pulo do gato, porém, se deu a partir de 2011, quando o Fundo de Participação dos Estados (FPE) passou a fazer parte do cálculo para definir o volume do repasse anual dos poderes. Desde então a manobra engordou os cofres da Justiça paranaense em R$ 953,7 milhões. O natural diante do atual rombo nas contas estaduais, seria retirar o FPE. da conta - ou, na verdade, ele nunca ter entrado. Mas falta coragem ao governador e aos deputados. Oficialmente, a Casa Civil se diz aberta a debater o tema, desde que a iniciativa parta dos demais Poderes.

Já os deputados, nos bastidores, externam o pânico de afrontar os desembarcadores. Segundo eles não se pode brigar com quem "tem a caneta para te ferrar". Os parlamentares contam que, sempre que um assunto de interesse do Judiciário tem de passar pelo crivo da Assembléia, eles têm a memória refrescada sobre os processos contra si que dormem nas gavetas do Palácio da Justiça. Ou seja, é melhor deixar como está. Mais fácil é mexer com a Defensoria Pública, que, aos trancos e barrancos, tenta prestar assessoria jurídica gratuita à população carente. Do orçamento do órgão neste ano, de R$ 140 milhões, o Executivo pretende destinar apenas R$ 45 milhões em 2016.

O mesmo medo que provoca nos políticos, o Judiciário também tenta causar na empresa.. O ex-presidente do TJ Clayton Camargo, por exemplo, dizia não ter de dar satisfações aos jornalistas. "Vai fazer perguntas pra tua mãe", afirmou certa vez. O atual comandante da Justiça Estadual, desembarcador Paulo Roberto Vasconcelos, usa de expediente diferente, mas com finalidade parecida. Ao tomar posse, em fevereiro, deixou isso bem claro: "Acredito que os senhores jornalistas devem ter cautela para chegar e exigir alguma coisa. Os jornalistas exigem e não se pode exigir, tem que pedir" "Em resumo, com os cofres cheios e a caneta do destino nas mãos, o Judiciário sabe e usa - o poder que tem. Quem não concordar, que entre na Justiça!..

"Além de entrarem na Justiça, nós, os jornalistas informamos que o Google lhes oferece gratuitamente a "LEI da Ficha Limpa" Ah! Repassem por favor!" (grifos meus).   
Fonte: Colunista Euclides Lucas Garcia - Gazeta do Povo 22/06/2016
            Atualizada em 24/06/2015 às 21:46 hs - Fonte IHU Unisinos
Copidesque e postagem: Iracema Alves - jornalista cadeirante.

sábado, 20 de junho de 2015

ECOLOGIA DA LIBERTAÇÃO

 Apesar de bem recebida por ambientalistas, encíclica do papa Francisco sobre a mudança climática defende solução utópica para a questão.

A encíclica "Laudato Si" (Louvado Sejas) do papa Francisco foi recebida com júbilo por ambientalistas. Decerto viram nessa exortação pela natureza um aliado de peso para revitalizar a letárgica negociação internacional sobre o combate à mudança do clima. O pontífice argentino, contudo, parece ter em vista mais os donos do poder, entre os quais não faltam os que cultuam valores religiosos, e os cristãos desatentos à doutrina teológica de que não se pode salvar a criatura (os homens) do pecado e da miséria sem salvar também a criação (a natureza). Tudo está ligado, sublinha Francisco na encíclica. Agredir a natureza, como faz a humanidade inebriada com a tecnologia climática é pecado, em resumo.

O papa junta sua voz à de outros líderes mundiais empenhados em fazer da Conferência o clima de Paris, em dezembro, um sucesso. O presidente francês, François Hollande, e a chancelar alemã, Angela Merkel, estão na dianteira do esforço para que se chegue a um acordo capaz de limitar o aquecimento global a 2ºC até o fim do século. A necessidade de enfrentar essa questão não se resume à dimensão moral privilegiada no documento pontifício. Há razões pragmáticas de sobra para levá-la a sério. Um aumento superior a 2ºC da temperatura média da atmosfera terrestre traria mais eventos climáticos externos, como enchentes, secas, tempestades e ondas de calor.

Tais alterações nos padrões climáticos não só levariam à perda de vidas mas também provocariam o desarranjo de todo o sistema de produção agropecuário e obrigariam o setor de infraestrutura a consumir verdadeiras fortunas para se adaptar à nova realidade. Francisco está certo em indicar que esse processo punirá desproporcionalmente os mais pobres e menos responsáveis  pela situação. Para o papa, os países pobres devem desenvolver formas mais limpas de produzir energia, mas precisam contar com a ajuda de quem cresceu muito à custa da atual poluição do planeta. A ênfase moral dá encíclica lhe confere por vezes um tom anticapitalista.

O papa por exemplo, descarta a utilidade de mercados de créditos de carbono (onde se comercializam permissões para emitir gases de efeito estufa), por alimentarem a noção de crescimento indefinido da economia. Defende, ademais, um utópico "decréscimo do consumo nalgumas partes do mundo, fornecendo recursos para que se possa crescer de forma saudável noutras partes". Não faltam problemas no mundo, e um aquecimento anormal da atmosfera representa uma das principais ameaças. É bom que Francisco a inclua entre suas prioridades midiáticas, mas condicionar a solução ao retorno a uma comunhão mística  com a natureza implica riscos para um eventual consenso em Paris que até o mais fervoroso ambientalista reconheceria...

Fonte: Editoriais da Folha de São Paulo 
                 Iracema Alves - jornalista cadeirante .postada  em 20/06/2015      


sexta-feira, 19 de junho de 2015

LÍDER BUDISTA CONCLAMA OS ESFORÇOS PARA LIVRAR O MUNDO DA POBREZA

TÓQUIO, 20 de janeiro de 2015/PRNewswire/ - Daisaku Ikeda, Presidente da Associação Budista Soka Gkkai Internacional (SGI), tornou pública a sua proposta de Paz 2015. "Um compromisso comum para um futuro mais humano: eliminar a miséria da Terra" ("Ashared Pledge for a More Humane Future: To Eliminate Misery from the Earth. Na proposta, Ikeda saúda a ambiciosa escala dos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (SGDs, sigla em inglês), propostos pelas ONU - Organização das Nações Unidas que clamam à colocação de um fim à pobreza "em todas as suas formas, em todo lugar". Nos anos 70, desde a criação da ONU, Ikeda clama à Sociedade Civil do mundo inteiro, a colaborar com a ONU. Desempenha sua participação dando o melhor de si.

Para estabelecer os pilares para a eliminação do sofrimento humano, causado pela pobreza e conflitos, ele destaca a necessidade de política e economia - baseada na solidariedade dos cidadãos comuns, para um fortalecimento que permita às pessoas superem o sofrimento - e da ampliação da esfera de nossas amizades e interesse pelo próximo, como base para edificação da Paz. Ikeda faz propostas para proteção dos direitos de pessoas exiladas e outras vivendo fora de seu país de origem por motivos econômicos. Ele sugere a inclusão, nos SDGs, da proteção da dignidade e dos direitos humanas dessas pessoa e apela a uma cooperação regional rumo ao fortalecimento dos exilados particularmente na região Ásia-Pacifico e no Oriente Médio, aproveitando a iniciativas pioneiras na África Ocidental.

No que tange à abolição de armas nucleares, um tema consistente das propostas de Ikeda, ele aplaude o fato de que, em Outubro de 2014, um total de 155 países e territórios assinou a Declaração Conjunta sobre as Consequências das Armas Nucleares. Mas de 80% dos Estados Membros da ONU agora claramente afirmam que as armas nucleares jamais devem ser usadas, em nenhuma circunstância. Ikeda enfatiza que enquanto o abismo entre os Estados com as armas nucleares  e aqueles apelando à sua abolição aparenta ser grande, há terreno comum quando ao desejo de evitar o terrível resultado de qualquer uso de armas nucleares. Ele insiste que chefes de Estados compareçam à Conferência de Exame do Tratado de Não proliferação Nuclear (NPT) 2015 e pede que ali expressem os compromissos de seus governos para eliminar o perigo que as armas nucleares representam.

O planejamento de uma Cúpula Mundial da Juventude para a Abolição das Armas Nucleares a ser realizada em setembro, em Hiroshima, está em curso como uma iniciativa conjunta da SGI e ONGs. Ikeda espera que uma declaração da juventude, comprometendo-se a encerrar a era nuclear, seja adotada e dinamize o apoio a um tratado para proibir as armas nucleares. Em sua resposta, Ikeda também apela a uma maior cooperação internacional e intercâmbio juvenil, especificamente exortando a China, Coréia do Sul e Japão para que se juntem e criem um modelo regional para tal colaboração. Ele destaca a importância de reativar as cúpulas trilaterais China-Coréia-Japão e espera que os lideres dos três países possam marcar o 70 aniversário do fim da Segunda Guerra mundial com um compromisso de jamais ir à guerra de novo e de uma cooperação regional para apoiar os SDGs.

Na terceira Conferência Mundial da ONU sobre Redução dos Riscos de Desastres, a ser realizada em março em Sendai, Japão, Ikeda menciona que a SGI organizará um workshop em que representantes dos três países discutirão possíveis cooperações regionais na prevenção de desastres, atividades de socorro e recuperação pós-desastre. Ele também espera ver a criação de uma parceria juvenil China-Coréia-Japão, por meio da qual os jovens possam cooperar em esforços para realizar os SDGs e outras iniciativas trilaterais. Filósofo Budista, autor e pacificador, Daisaku Ikeda (1928) - Presidente da Organização Leiga Budista Soka Gakkai Internacional (SGI), publica uma proposta de Paz, oferecendo maneiras de prosseguir na luta contra os desafios globais, todo ano, desde 1983.

Este ano, em 26 de março de 1975 marca o aniversário de 40 anos da SGI, em Guam, e agora conecta mais de 12 milhões de pessoas em 192 países e territórios de todo o mundo, que praticam o Budismo Nichiren e contribuem om suas comunidades. As atividades da SGI para promover a Paz, Cultura e Educação são parte de uma longa tradição do humanismo budista.

Fonte: PRNEWSWIRE 
Contato - Joan Anderson - Escritório de Informação Pública.
           Soka Gakkai - International - Tel +  81-80-5957-4711  Fax  + 81-3-5360-9885 
           E-mail: janderson@sgi.gr.jp  
  
Eu, Edmundo Moreira - São Paulo - Cap. Brasil       
Postado por Livre para Voar em 19/06/2017 

domingo, 14 de junho de 2015

Após ter tese recusada...

Aos 102 anos, quase oito décadas após ser impedida de defender sua tese de doutorado pelos nazistas, Inbeborg Syllm-Repoport se tornou a pessoa mais velha a receber o título de PhD na Alemanha. Filha de pai protestante e mão judia, a neonatologista - especialista no cuidados de recém nascidos - completou o estágio final de seu estudo no mês passado, ao passar em um exame oral, e recebeu seu diploma em uma cerimônia na Universidade de Hamburgo nessa terça-feira. Quando Inbeborg entregou sua tese de doutorado no ano de 1938, seu supervisor na época, Rudolf Degkwitz, escreveu em uma carta que ele teria aceitado seu trabalho sobre difteria - uma doença infectocontagiosa que provoca inflamação nas vias respiratórias - se não fosse pelas leis implementadas antissemitas por Hitler.

Depois que tomaram o controle da Alemanha em 1933, os nazistas passaram a expulsar todos os judeus de suas Universidades e escolas, além de proibir que exercessem muitas profissões. A perseguição incluía casos como o de Ingeborg, de ascendência judaica parcial. Em seu discurso, Ingeborg contou que todo o esforço empregado para obter o diploma em sua idade avançada foi pelas outras pessoas que sofreram a injustiça durante o período do Terceiro Reich. "Para mim, pessoalmente, o diploma não significou nada, mas a história - eu queria fazer parte disso." Para o diretor da área médica da Universidade de  Hamburgo, de certa forma a justiça foi feita.

"Não podemos desfazer injustiças que foram cometidas, mas nossa visão sobre o passado muda nossa perspectiva sobre o futuro", afirmou durante a cerimônia. Quando perguntado sobre o desempenho da senhora judia na prova oral - que foi sobre o mesmo tema de sua tese recusada em 1938 - o reitor da faculdade de medicina, Uwe Koch-Gromus, disse que "ela foi tão brilhante, e não só pela idade". "Ficamos impressionados com sua agilidade intelectual, e sem palavras com seu conhecimento", afirmou, segundo o jornal The New York Times.

Para fugir da ameaça nazista, Ingeborg emigrou para os Estados Unidos no mesmo no mesmo ano em que teve seu doutorado recusado. Após se candidatar para várias Universidades, ela acabou conseguindo seu diploma na Filadélfia . Trabalhou como pediatra antes de se mudar com seu marido para a Berlim Oriental em 1952, onde se tornou chefe do Departamento de neonatologia em um Hospital Beneficente

Fonte Assistente Social Mina Regen nossos agradecimento.
          Postado por Iracema Alves em 14/06/2015 às 13:29 hs 

sexta-feira, 12 de junho de 2015

A BIODIVERSIDADE, LÁ FORA E POR AQUI...

Por Washington Novaes - O Estado de São Paulo
Talvez não haja demonstração melhor da possibilidade de eliminar uma agressão ao meio físico, que teria consequências graves para a saúde humana, do que a descrita no mais recente relatório anual do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma) 2014. Trata-se da camada de ozônio, com o banimento mundial (via Protocolo de Montreal) do uso de substância que afetam a camada de ozônio, principalmente os clorofluorcarbonos (CFCs), nu total de 135 bilhões de toneladas equivalentes de dióxido de carbono. Com isso, diz o relatório, 283 milhões de casos de câncer de pele foram evitados, dos 8,3 milhões de melanomas; 1,6 milhões de mortes  por câncer da pele; 46 milhões de catarata. E a cada ano mais de 2 milhões de casos de câncer de pele serão evitados, até 2030, além  de outros milhões de casos de catarata. Só nos estados Unidos, afirmou o Pnuma em 2014, o custo de tratar 4,9 milhões de adultos com câncer de pele implicou gastos de U$88,1 bilhões entre 2007 e 2011.
Os avanços deverem-se principalmente às descobertas cientificas, no fim da década de 1970 e começo da de 1980, de que os CFCs afetam a camada de ozônio e poderiam permitir a intensificação na Terra dos raios ultravioleta, levando ao câncer de pele em praticamente todo o mundo. Na prática todos as pessoas poderiam ser afetadas - desde os fabricantes aos usuários e outros expostos. Rapidamente se chegou, então, ao protocolo de Montreal, hoje com 128 signatários. Serão necessárias ainda novas medidas para adaptar países a mudanças e um repúdio universal aos agentes destruidores da camada de ozônio, que já 98% do problema afastado, chegará a 100% até meados do século. E por que não se chegam ao mesmo tempo resultados em outras questões que prejudicam o meio físico e atingem as pessoas? Um dos casos mais danosos é a questão de emissões de poluentes que elevam a temperatura planetária, ameaçam com mudanças drásticas no clima e já se traduzem, só com a poluição do ar, em 7 milhões de mortes por ano, de acordo com o Pnuma.
Mais de US$ 300 bilhões/ano serão necessários só para 24 países, segundo a ONU, e há enorme dificuldade em conseguir recursos. Mais ainda para chegar a mudanças na matriz energética mundial - áreas em que é preciso enfrentar o poderio das empresas de petróleo, gás e carvão. Embora as informações ainda não sejam unânimes, vários relatórios falam até em mais de US$1 trilhão por ano em subsídios a elas. Mas há avanços. As energias renováveis aumentaram 56% em 2014 e hoje já significam 22% do total de energia no mundo, na visão do relatório sobre o setor. E ainda se pretende chegar mais adiante. O relatório do Pnuma e alguns parceiros mencionam avanços na área de programas e equipamentos eficientes em energia que poderão reduzir o consumo mundial em mais de 10% e economizar US$ 350 bilhões por ano. Além disso contabilizam mais de cem países tendo avançado nos esforços para conseguir redução da temperatura terrestre (relatórios de outras instituições têm afirmado que a temperatura continua subindo e poderá chegar a mais 3 graus em meados do século). Também estudos de 2014 da Organização de Meteorológica Mundial, confirmados pelo Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas (da Convenção do Clima),asseguram que entre 1901 e 2012 a temperatura média do planeta já subiu 0,89 grau Celsius - e poderá elevar-se em 3 graus Celsius até 2035.
Com isso, uma das ameaças mais fortes será para a produção de alimentos, com mudanças nas chuvas e elevação do nível dos oceanos (afetando áreas costeiras e infra estruturais). Assinala o Pnuma que desde o inicio do atual milênio aconteceram-no mundo 10 mil desastres "naturais" e desastres industriais, com milhões de mortes - e destruição de ambientes e recursos naturais. A ausência de politicas de conservação de recursos - água, terra e florestas essenciais - está entre os maiores fatores de risco. Há indicações mais otimistas também no documento do Pnuma: 56 países trabalhando com instituições  em programas de valorização de serviços ecossistêmicos e contabilização do capital natural. O relatório Planeta Protegido verificou que 15,45 das áreas terrestres - inclusive as cobertas por água - e 3,4% das áreas oceânicas estão agora protegidas; 6,1 milhões de quilômetros quadrados aproximadamente a área da Austrália) foram incluídas desde 2010; e mais 1,6 milhão de quilômetros quadrados, de 2012 para cá. O objetivo é chegar a 2020 com 175 de áreas terrestres do mundo e 105 das oceânicas protegidas. 
neste ponto entra a questão do lixo nos oceanos: 11 de 27 países avaliados (82 têm planos de ação)  fizeram progressos. Numa Assembléia do Pnuma foi aprovada resolução para eliminar das águas resíduos plásticos - hoje um grave problema. "Outro sinal do aumento da conscientização", de acordo com o relatório, está em que 128 países signatários da Convenção de Minamata sobre  o mercúrio têm mostrado no mercado financeiro a consistência de seu compromisso de incorporar nos investimentos ambientais os riscos financeiros, assim como a "parceria para veículos e combustíveis limpos" - a ponto e apenas três países ainda usarem gasolina com chumbo.
      A biodiversidade, lá fora e por aqui - Opinião - Estadão
Numa hora de notícias boas, é pena que o Marco Legal da Biodiversidade, sancionado  pela Presidente da República, ainda contenha dispositivos que podem prejudicar os conhecimentos de nossos povos tradicionais para favorecer as finanças de setores como a indústria farmacêutica. Os povos tradicionais são melhor caminho para a conservação da biodiversidade, segundo tantos estudos. E, diz a Revista Nature (Abril), desde o ano 1500 atividades econômicas já produzem em 13,6% as espécies de ecossistemas locais. Ao mesmo tempo, porém, chegam notícias como a de que o açafrão pode ajudar a eliminar o mosquito transmissor da dengue. Não é pouco....
Fonte: Washington Novaes é jornalista  e escritor - O Estado de São Paulo
            Postado por Iracema Alves - jornalista cadeirante 
                  Atualizado em 12/06/2015

Liberação de biografias não autorizadas é motivo de celebração para o setor livreiro

Para a Câmara Brasileira do Livro, decisão do STF em favor
da liberação de biografias não autorizadas é motivo de celebração para o setor livreiro e contribui
para a consolidação da democracia

 
O presidente da CBL, Luís Antonio Torelli, classificou decisão como "histórica"


"O acesso à informação e a liberdade de expressão são direitos assegurados pela Constituição. Hoje, o STF tomou uma decisão histórica, que contribui para a democracia e fortalece um de seus pilares fundamentais".

Com essas palavras, o presidente da Câmara Brasileira do Livro (CBL), Luís Antonio Torelli, comemorou a decisão do Supremo Tribunal Federal, que nesta quarta-feira, 10 de junho,  colocou uma pedra definitiva sobre qualquer possibilidade de haver decisões judiciais que levem à proibição de obras biográficas não-autorizadas.

O presidente da CBL ressaltou ainda que "a Constituição já prevê penalidades a quem cometer calúnia, difamação ou perjúrio", e garantiu que a decisão do STF é bem recebida por todo o setor livreiro, "que se via tolhido por medidas judiciais arbitrárias".


Fonte: 
http://cbl.org.br/


STF derruba aval prévio a biografias - Valor Econômico - SP

Biografia de biografias - O Globo - RJ 

Biografias Liberadas - O Estado de S. Paulo 

9 x 0 - STF libera biografias - Folha de S. Paulo 

segunda-feira, 8 de junho de 2015

O BB NÃO É A PETROBRÁS

Por Eliane Cantanhêde
Henrique Pizzolato vem aí, trazendo com ele doloridas lembranças do mensalão e reavivando a certeza de que, na era PT, a politica desenfreada de ocupação de estatais e bancos públicos não se resumia à Petrobrás. O Banco do Brasil foi uma das vítimas mas se defendeu. Petrobrás e BB viraram paraíso  de petistas e sindicalistas, mas  como uma diferença: os funcionários da petroleira não viram, não ouviram e não falaram nada nesses anos todos, enquanto os do banco souberam botar a boca no trombone na hora certa, já em 2003, meses depois da posse de Lula. Foi assim que o BB resvalou  nos escândalos, mas - pelo que se sabe até agora - não afundou neles, como a Petrobras.
Fora da presidência, os petistas jogaram-se com unhas e dentes  nas demais instâncias do BB. Cinco dos sete vice-presidentes eram vinculados ao PT e só escaparam dois, o de Agronegócios e o de Negócios Internacionais. À época, o então presidente da Associação Nacional dos Funcionários do BB (ANABB), Vladimir Camilo, me deu sua versão, um tanto preconceituosa, para essas duas exceções: os sindicalistas do PT não entendiam de agronegócios, só de MST, e não podiam assumir a vice internacional porque não falavam uma palavra em inglês.
Além dos vices, os "companheiros" abocanharam oito das 15 diretorias, sete das dez gerências gerais e as três joias da coroa: Previ ( fundo de pensão), Cassi (plano de saúde) e Fundação BB (programas sociais e culturais). Além do presidente, cinco dos seis diretores do Conselho Diretor da Previ, maior fundo de pensão da América Latina, com um patrimônio de R$ 38 bilhões em 20023, passaram à mãos de petistas a partir da posse de Lula! Voltemos pois a Pizzolato, funcionário de  carreira do Banco do Brasil, militante do PT, sindicalista atuante e ex-presidente da CUT no Paraná.
Em 2002, ele trabalhou diretamente com o tesoureiro da candidatura de Lula, o agora famoso Delúbio Soares, e apresentava-se por aí com sua curiosa gravatinha borboleta e um cartão de visitas poderoso: "Henrique Pizzolato - do Comitê Financeiro". Eleito Lula, Pizzolato voltou por cima ao BB, como diretor de Marketing (um dos oito diretores petistas), e não demorou muito para aprontar das suas. Já em 2004, foi pego com a boca na botija quando o BB comprou R$ 73,5 milhões em ingressos de um show  de Zezé de Camargo e Luciano para arrecadar fundos para...a nova sede do PT.
Depois, Pizzolato foi flagrado levando para casa a bagatela de R$ 356 mil em dinheiro vivo, numa dessas confusões nunca bem explicadas, e foi condenado a 12 anos e sete meses de cadeia no escândalo do mensalão. Diferentemente dos demais réus, fugiu. Usando o nome de um irmão morto, foi curtir sua dupla cidadania na Itália, até acabar preso. Os excessos de Pizzolato, aliados à coragem de funcionários de carreira, alertaram a imprensa desde o início para o aparelhamento e o tsunami que estava armando. Foi assim que o Banco do Brasil, aparentemente, escapou da tragédia que assolou a nossa Petrobrás e, quem sabe, outros bancos e empresas do País. 
E é por isso que uma lei de Responsabilidade das Estatais, desde que bem discutida e com objetivos claros, é muito bem-vinda. Quando se enrolou com o show pró PT, Pizzolato me deu uma entrevista em que foi irônico, às vezes sarcástico, apostando que nada iria lhe acontecer: "Já comemos {ELE E O PT} torresmo com muito cabelo" Agora é saber se tem torresmo na Penitenciária da Papuda, com ou sem cabelo. FHC após um mês entre Europa e Bahia esta com erisipela. Literalmente, de pernas para o ar.
Fonte: Eliane Cantanhêde é colunista do Jornal Estadão
            Postada em  09/06/2015 às 19:25 hs
Iracema Alves
Jornalista Cadeirante

sexta-feira, 5 de junho de 2015

ABERTAS AS INSCRIÇÕES PARA O II PRÊMIO MELHORES EMPRESAS PARA TRABALHADORES COM DEFICIÊNCIA

 Aconteceu no final de abril, em São Paulo, o anúncio da segunda edição do Prêmio Melhores Empresas para Trabalhadores com Deficiência. Estiveram presentes a Secretária de Estado dos Direitos da Pessoa com Deficiência de São Paulo, Dra. Linamara Rizzo Battistella; o Secretário da Casa Civil, Edson Aparecido, representando o Governador Geraldo Alckmin; além dos representantes das empresas vencedoras de 2014 (Citibank Brasil, Itaú Unibanco e Serasa Experian), e do Diretor Superintendente do Sebrae-SP, Bruno Caetano, entre outros.
 
Iniciativa da Secretaria de Estado dos Direitos da Pessoa com Deficiência de São Paulo, em parceria com a Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas – Fipe, o Prêmio Melhores Empresas para Trabalhadores com Deficiência tem como objetivo dar visibilidade às boas práticas relacionadas a inclusão profissional de pessoas com deficiência, ao reconhecer e estimular as organizações a aprimorarem seus planos de inclusão profissional, com foco na construção e manutenção de um ambiente corporativo participativo, produtivo e igualitário, em que trabalhadores com e sem deficiência, juntos, contribuam para uma economia sustentável e humanizada.
 
A Secretária de Estado dos Direitos da Pessoa com Deficiência de São Paulo, Dra. Linamara Rizzo Battistella, declarou que, assim como no ano anterior, as empresas com mais de 100 funcionários, públicas e privadas, terão a oportunidade de apresentar suas experiências de inclusão profissional de pessoas com deficiência ao se inscreverem no prêmio.
 
Ela ressaltou ainda a importância do trabalho na vida de todos, pessoas com e sem deficiência. “Precisamos entender o trabalho como fonte permanente de desenvolvimento pessoal. O trabalho tem função social e econômica, mas tem uma função pessoal muito grande que é a sensação de poder interagir, pertencer e construir um mundo melhor. O trabalho é a alavanca para desenvolvimento pessoal”.
 
Outro destaque reconhecido pela Secretária foi o de transformar o Prêmio em algo que faça com que outras empresas pensem na inclusão. “É preciso transformar a iniciativa em um roteiro que possa proporcionar cada vez mais a inclusão das pessoas com deficiência e o valor da diversidade dentro do clima organizacional”.
 
Dra. Linamara finalizou agradecendo as empresas e ressaltando a importância da iniciativa para a inclusão das pessoas com deficiência. “Fica o agradecimento às empresas que efetivaram esse compromisso por meio do prêmio, e todas são premiadas, ao se exporem a esta avaliação, dentro deste conceito do Estado. Mostraram que estão alinhadas com este mundo novo, que é o mundo dos direitos de todos, mundo da valorização da vida”.
 
O Prêmio conta com a avaliação de cinco aspectos do ambiente das empresas: promoção da política dos direitos da pessoa com deficiência; igualdade de oportunidades; grau de sustentabilidade dos projetos; disponibilidade de recursos, materiais e psicológicos, que viabilizem ao trabalhador com deficiência condição plena para desempenho de suas funções, visando sua inclusão social; autonomia e independência no ambiente de trabalho; respeito à legislação e potencial de reaplicação e multiplicação das iniciativas.
 
Os vencedores serão apresentados durante cerimônia de premiação em dezembro. As finalistas terão suas práticas divulgadas na publicação “As Melhores Empresas para Trabalhadores com Deficiência – Práticas de Inclusão de Pessoas com Deficiência no Mercado de Trabalho”.
 
Em 2014, O I Prêmio Melhores Empresas para Trabalhadores com Deficiência contou com 56 empresas inscritas, das quais foram elencadas 10 finalistas e três vencedoras, além de cinco Boas Práticas que se destacaram por sua inovação, sensibilidade e engajamento. Os finalistas de 2014 foram: Citibank Brasil, Deloitte, Ernst Young, IBM, Itaú Unibanco, Magazine Luiza, Odebrecht, Sebrae-SP, Senac-SP e Serasa Experian. As cinco práticas que se destacaram foram: Alfaparf, C&C, Eaton, Hospital Albert Einstein e Natura.
 
O Brasil tem, hoje, cerca de 45 milhões de pessoas com algum tipo de deficiência. Somente no Estado de São Paulo, são mais de 9 milhões. Uma em cada cinco pessoas com deficiência do país está no Estado de São Paulo, cerca de 20% da população. O Censo do IBGE de 2010 identificou que 2,8 milhões de pessoas com deficiência possuem ensino superior completo (incluindo mestrado e doutorado). Contudo, de acordo com levantamento realizado pela Fipe, 68,9% dos trabalhadores com deficiência sentem pouca ou nenhuma compatibilidade entre o cargo e sua escolaridade, comparado com 42,8% para pessoas sem deficiência, fator este que motiva a criação do prêmio.
 

Para inscrição e mais informações sobre o II Prêmio Melhores Empresas para Trabalhadores com Deficiência: http://pmetcd.sedpcd.sp.gov.br.

                Digitado e postado por Iracema Alves - jornalista cadeirante

quarta-feira, 3 de junho de 2015

BRASIL PODE PERDER GRAU DE INVESTIMENTO SE LEVY FALHAR, APONTA OCDE

PARIS - Por Fernando Nakagawa, Enviado Especial*
O fracasso do ajuste fiscal executado atualmente pela equipe econômica é um dos maiores riscos enfrentados pela economia brasileira. A avaliação é da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico ( OCDE). Se o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, falhar no esforço para controlar as contas públicas, diz a entidade, o País poderia perder grau de investimento.
A organização, que reúne mais de trinta países para estudar políticas para o desenvolvimento, piorou as projeções de crescimento econômico para o Brasil em 2015 e 2016. Para este ano está prevista uma queda de 0,8% para o Produto Interno Bruto (PIB). Para o ano que vem, o crescimento esperado é de 1,1%
"Os riscos para as perspectivas incluem o fracasso em alcançar o ajuste fiscal anunciado, o que está sendo visto como um teste decisivo para a melhora das políticas macroeconômicas", diz o relatório anual Economic Outlook, divulgado esta manhã em Paris. "Além de reduzir o investimento, isso (o do Brasil)", completa o texto.
Outro risco vem da estatal Petrobrás. Para a entidade, a maior dificuldade relacionada à empresa seria o surgimento de problemas maiores que o esperado, especialmente se as investigações levarem a mais falências na cadeia de petróleo e gás no Brasil.
Ainda no campo dos riscos, a OCDE nota que o nível dos reservatórios de água aumentou recentemente. Mesmo assim, " a possibilidade de um relacionamento de energia ou água continua." Problemas no abastecimento poderiam gerar impacto negativo na economia brasileira como os vistos nos anos 2000, diz o estudo. 
* Fonte: O Jornal o Estado de São Paulo em 03/06/2015
              Postado por Livre para Voar às 19:30 horas
Formam-se mais tempestades em nós mesmo do que no ar, na terra e nos maresMarquês de Maricá