quinta-feira, 31 de março de 2016

ESPÍRITO PÚBLICO E CORAGEM

 
 
 
 
 
 
 
A se confirmar  a decisão do PMDB de se afastar de um governo que dois em cada três brasileiros querem ver pelas costas, estará aberto o caminho para o impeachment constitucional da Dilma Rousseff e o fim da nefasta petista, cujo populismo irresponsável jogou o País no empasse político, no desastre econômico, na falência moral e na frustração social. Decretado o afastamento de Dilma, os brasileiros terão um breve sentimento de alivio, mas logo perceberão que, a partir daí, estará apenas começando o enorme desafio de reconstrução nacional, necessária diante da razia que a tigrada  fez na infraestrura do País e nos fundamentos da economia nacional.
 
E a condição essencial para que isso ocorra é que o nosso governo, apesar das concessões politicas que inevitavelmente lhe serão solicitadas, assuma imbuído de genuíno público e da coragem necessários para banir o populismo e dar início  à correção dos erros e equívocos do estatismo  voluntarista com a execução de um programa mínimo do governo que permita, com brevidade possível, a retomada do crescimento econômico como alavanca para o verdadeiro desenvolvimento social. A diferença entre um populista como Lula e uma liderança movida por genuíno espírito público e democrático é que o ex-presidente, paternalisticamente, se empenha em dar ao povo o que o povo pede.
 
Enquanto o verdadeiro líder cria condições para que o povo tenha efetivamente acesso aquilo de que precisa e a que tem direito. Lula só diz ao povo o que o povo quer ouvir. O líder verdadeiramente democrático tem coragem de não vender ilusões. Numa verdadeira democracia, aquela em que o instituto da representação popular de  verdade, o povo não depende da generosidade dos governantes, porque aquilo que lhe é de direito - em síntese, condições dignas de vida e igualdade de oportunidades para desenvolver suas potencialidades - é garantido pelo aparato legal e pela eficácia da gestão governamental. Essa é a descrição da sociedade justa da qual apenas algumas nações desenvolvidas conseguem chegar perto.
 
Mas o subdesenvolvimento cultural não é justificativa para que políticos despreparados e inescrupulosos eleitos pela falta de discernimento popular optem pelo caminho fácil do popularismo. Aqui mais do que em qualquer País do primeiro mundo é necessário - além das ações emergenciais para combater a miséria  - que as lideranças politicas sejam movidas por genuíno espirito público e tenham a coragem de aplicar medidas impopulares em especial dos que estão marginalizados da vida econômica. Esse é o grande desafio aos que terão a responsabilidade de governar o País depois que Dilma tiver ido embora. Diante desta perspectiva, é possível esperar dias melhores? Não será fácil certamente, porque a estrutura politica do País está podre, comprometida por um sistema partidário absurdamente atomizado criado por uma legislação pretensamente democrática que só tem servido aos interesses de caciques políticos.
 
Para piorar, é um sistema que, se historicamente nunca foi imaculado, sob o lulopetismo se corrompeu até a raiz. Basta ver como nos últimos dias Dilma tem tentado comprar votos contra o impeachment por meio de uma açodada e indecorosa distribuição de cargos públicos. Olhando para o Congresso Nacional, os mais céticos defensores do saneamento tendem a desanimar. Mas o fato é que esse é o Parlamento de que o Pais dispõe, e ele foi colocado lá pelo voto dos brasileiros. E com ele, portanto, que pelo menos até 2018 o Brasil terá de se haver. Será difícil depositar grandes esperanças no comportamento patriótico de senadores e deputados - aqueles que escaparam da Lava Jato e congêneres.
 
Tome-se o exemplo da maior legenda oposicionista, o PSDB, cujos principais líderes, em vez de se empenharem numa  proposta alternativa de governo, se digladiam numa disputa rasteira pela próxima candidatura à Presidência. Assim sendo, só resta esperar que o substituto legal de Dilma, que já se comprometeu com programas pontuais importantes, continue a inscrever com dignidade seu nome na História do Brasil, convencendo o corpo politico de que o momento exige muito espirito público e coragem  trazendo para a Admistração, pessoas notáveis que se afastaram da politica, mas jamais deixaram de combater o bom combate.
 
FONTE: NOTAS & INFORMAÇÕES; RECEBI DIA 29 E DIGITEI DIA 31/ 03/2016 /22H25
 
                Iracema Alves
                Jornalista cadeirante
               
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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terça-feira, 29 de março de 2016

LULA COMPARA LAVA JATO A "BIG BROTHER"

 
 
 
 
 
*A Reportagem é de Ruth Costas
 
 
Em um encontro com jornalistas estrangeiros, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva criticou nesta segunda-feira - dia 28/03/2016 a Operação Lava Jato por sua "pirotecnia" e ressaltou os efeitos negativos da operação sobre a economia. E ex-presidente chegou a comparar a operação a um "Big Brother". "Do ponto de vista do imaginário da sociedade brasileira é importante que estejamos apurando corrupção. Agora, é necessário fazer disso um espetáculo? Fazer disso um Big Brother? Ou isso pode ser feito de forma silenciosa. Alguém já parou para fazer as contas dos efeitos dessa pirotécnica na economia brasileira?  Quando o PIB já caiu por causa disso?", questionou o ex-presidente no encontro, do qual participaram mais de 20 veículos estrangeiros - entre eles a BBC.
 
Lula criticou o que ele considera o uso de prisões preventivas para se "pressionar" os acusados  fazerem delações premiadas, os vazamentos seletivos e o que vê como "cumplicidade entre determinados agentes da Policia Federal, Ministério Público e da imprensa brasileira". Também disse que, apesar de "inteligente e competente" o juiz Sérgio Moro responsável pelo Lava Jato, poderia estar sentindo os efeitos de uma picada da "mosca azul" - expressão que se refere a pessoas deslumbradas com o poder. Quando uma instituição é muito forte, seus membros têm de ser responsáveis . Não é todo mundo que suporta o sucesso da câmara de televisão. Vocês são jornalistas e sabem o que é 15 minutos de sucesso.
 
Quanta gente boa e promissora, de um simples lutador de box, a um jogador de futebol ou político, se perdeu no meio do caminho por conta da pirotecnia, dos cinco minutos ou cinco manchetes de um jornal que tem de absorver ou condenar alguém, mas sim os autos do processo (...). O que estamos vendo é o exagero das pessoas serem execradas publicamente antes de terem cometido um crime, afirmou o ex-presidente.  Questionado sobre o papel das empreiteiras no esquema descoberto pela Lava Jato, Lula disse que, "as que fizeram coisa errada, pagarão", mas que tem muito "orgulho" das empresas de engenharia brasileira e que elas "continuem crescendo", não quebrem ou seja substituídas por estrangeiras.
 
O encontro dos jornalista estrangeiros foi marcado após uma série de veículos internacionais publicaram editoriais apoiando uma saída de Dilma Rousseff da presidência. Há cerca de uma semana o jornal britânico  The Observer, edição  dominical do The Guardian, de linha editorial de centro esquerda, por exemplo, defendeu  que a melhor opção para o Brasil seria a renúncia de Dilma ou novas eleições. A revista conservadora Economist também defendeu a renúncia da presidente e o jornal americano The New York Times escreveu recentemente que as justificativas de Dilma para nomear Lula para o Ministério da Casa Civil seriam "ridículas". Na semana passada, a própria presidente também organizou um encontro com jornalistas estrangeiros. 
 
Nesta segunda-feira, 28/03/2016, Lula anunciou que seus assessores devem divulgar todo final de semana um "resumo das coisas que estão certas e erradas (no Brasil)" do seu ponto de vista. 
"Muitas vezes, por falta de conversarmos, nem sempre as informações veiculadas lá fora condizem com a realidade que vivemos aqui dentro", disse Lula. Falando sobre o processo de impeachment , o ex-presidente defendeu que um afastamento de Dilma seria um golpe (grifos meus), uma vez que não foi provado que ela cometeu "crime de responsabilidade". Lula comparou a atual situação brasileira e a da Honduras em 2009 e do Paraguai em 2012.
 
"Impeachment sem base legal, sem crime de responsabilidade é golpe. Essa é a palavra correta". "Não podemos aceitar que em um País com o tamanho do Brasil e da importância do Brasil se faça o que foi feito com o (ex-presidente paraguaio  Fernando Lugo" . Segundo Lula, a estratégia do governo para evitar um impeachment  incluiria tentar atrair senadores e deputados do PMDB para sua causa, ainda que o partido oficialize seu rompimento com a gestão Dilma nesta terça-feira, dia 29/03/2016.
O ex-presidente afirmou, inclusive que estaria indo para Brasília para conversar sobre o tema com alguns políticos - entre eles, o vice-presidente Michel Temer.
 
Acho que vai acontecer o que aconteceu em 2003. O governo vai construir uma base com parlamentares do PMDB no senado e na Câmara e vamos ter uma espécie de coalisão sem a concordância da direção (do partido). Para ajudar a recuperar a popularidade do governo, Lula também defendeu a necessidade de iniciativa para a retomada de crédito e do investimento e disse que ofereceu a Dilma para coordenar o Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social, conhecido como Conselhão. "É preciso dizer a esse povo que a gente vai parar de falar em corte e vai falar em investimento", afirmou. "Se a gente garantir crédito para o povo trabalhador e investimento para infraestrutura, pode fazer com que o País volte a dar um salto de qualidade no crescimento econômico.
 
Este País é grande e tem capacidade de endividamento em US$ 373 bilhões (R$ 1,36 trilhão) de reservas". Ao falar das manifestações contra o governo, o ex-presidente adotou um tom relativamente conciliador após garantir que hoje teria voltado a ser o "lulinha paz e amor". "Se a gente  gosta de pessoa que vão às ruas bater palma para a gente tem de suportar com o mesmo humor as pessoas que vão falar contra. Essas pessoas amanhã podem ser favoráveis outra vez (...). Não é correto transformar essas divergências em ódio. Em uma coisa insuportável (...) Como se nós estivéssemos  vivendo um Apartheid", disse o ex-presidente. "Eu quero dividir o Brasil entre a periferia e o centro da cidade. Entre aqueles que têm os olhos verde da elite branca e os pobres. Brancos ou negros ou pardos. Quero que todos sejamos brasileiros e possamos frequentar o mesmo bar, o mesmo restaurante, a mesma praça, jardim, escola"
 
*Nossos agradecimentos a Humanismo e Unisinos. Parabéns pela
 diagramação e conteúdo.
 
Cordialmente grata;
 
Iracema Alves
Jornalista cadeirante
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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segunda-feira, 28 de março de 2016

HÁ UM DÉFICIT PIOR QUE O FISCAL

 
 
 
 
 
 
 
 
 
Sem saber se ainda estará em pé no fim do ano, o governo da presidente Dilma Rousseff refaz seus planos e muda mais uma vez a meta fiscal.  A ideia, agora é obter autorização do Congresso para fechar 2016 com um buraco de até R$ 96,65 bilhões nas contas primárias - sem considerar, portanto, os juros da dívida pública. Na melhor hipótese haverá um superávit  de R$ 2,8 bilhões, mas isso é tão improvável, hoje, quanto um discurso presidencial com ideias claras e bom português. No cenário anterior, o melhor resultado seria um saldo positivo de R$ 24 bilhões, mas em fevereiro a equipe econômica já propôs um alvo muito mais amplo, com espaço para um déficit de até R$ 60,2 bilhões.
 
Frouxidão, permissividade e irrealismo, continuam sendo marcas da politica fiscal, enquanto a recessão se prolonga e o desemprego cresce no segundo ano depois da reeleição. O governo confirmou a intensão de afrouxar mais uma vez a politica orçamentária quando os ministros da Fazenda e do Planejamento apresentaram, na terça-feira passada - 15/03/2016 - a revisão bimestral de receitas e despesas. A recessão já havia derrubado a arrecadação federal em janeiro e em fevereiro, como havia ocorrido ao longo dos tributos e, segundo todas as previsões, continuariam prejudicando finanças oficiais nos meses seguintes.
 
A contração econômica projetada para o ano passou de 2,94% para 3,05%. A inflação esperada subiu  de 7,10% para 7,44%, acompanhando a piora das expectativas do mercado. Nessa altura, a redução  do produto Interno bruto (PIB) prevista por economistas de instituições financeiras e de consultoria já havia chegado a 3,6%. Além disso, o déficit  primário estimado pelos especialistas do setor privado havia atingido R$ 79,47 bilhões, pelo valor mediano das projeções. O governo demonstrou algum realismo ao incluir no cenário oficial uma recessão mais funda e uma inflação mail alta, além, é claro, de uma perda de arrecadação.
 
Com base nessas mudanças, foi anunciado um modestíssimo corte de gasto de R$ 21,24 bilhões. No conjunto, o cenário fiscal continuou fantasioso. Foi mantida a expectativa de receita bruta de R$ 13,64 bilhões de um tributo inexistente, a Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF). Descontadas as transferências, esse valor se reduzirá a R$ 10,16 bilhões - se o Congresso aprovar até maio a recriação do chamado imposto do cheque. Além disso, o governo elevou de R$ 21 bilhões para R$ 35 bilhões o ganho fiscal esperado com a regularização de recursos mantidos no exterior - mas com prever quanto dinheiro será regularizado, especialmente  numa fase de enorme instabilidade econômica e politica?
 
Também se manteve a expectativa de arrecadar em todo o ano R$30,96 bilhões com base em concessões  e permissões na área de infraestrutura. Quem pode apostar, neste momento, no sucesso dessas operações? O ministre da Fazenda, Nelson Barbosa, justificou as novas mudanças com o objetivo de reservar algum dinheiro para investimento - portanto, para uma tentativa de reativação da economia. Mas o resultado mais provável desse novo afrouxamento é uma perda maior - se ainda for possível - de credibilidade. sem medidas críveis para o curto prazo, o governo apresentou, no entanto, propostas para um prazo mais longo.
 
Algumas como a de controlar o aumento do gasto, são interessantes. Mas também se propôs, no mesmo pacote, a criação de depósitos remunerados no Banco Central, para substituir, como instrumento de controle monetário, a venda de títulos federais. Segundo respeitados economistas, seria uma forma de disfarçar uma parte da dívida pública. pelo menos um analista considerou a ideia interessante, mas sugeriu o adiantamento para quando a imagem do governo estiver melhor. Em suma, o rombo fiscal é apenas o segundo mais grave. O pior, mesmo, é o déficit de credibilidade do governo.
 
FONTE: OPINIÃO JORNAL O ESTADO DE SÃO PAULO EM 28/03/2016/ ÁS 20H45
 
               IRACEMA ALVES
               JORNALISTA CADEIRANTE.
                
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 

UM NERO MAMBEMBE...

 
 
 
 
 
 
 
 
 
Em uma das conversas gravadas recentemente pela Policia Federal, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva gaba-se de ser "a única pessoa que poderia incendiar o País". Eis aí a ameaça velada do chefão petista de provocar distúrbios caso o cerco judicial e politico se feche de vez contra ele e contra seus apaziguados. É claro que se deve levar  a sério qualquer movimentação da tigrada para causar abalos à ordem pública,  a título de defender do ex-presidente do que considera uma injustiça. Mas que não se exagere o poder de Lula- pois neste momento, pode-se dizer que as púnicas coisas que o auto programado Nero consegue reduzir as cinzas,  que são sua própria biografia. É o pouco que restou da presidente Dilma Rousseff e o PT.
 
Lula é um líder político que se diz "popular", mas hoje não pode sair às ruas sem correr  o risco de levar estrepitosa vaia. Também não viaja em aviões de carreira - prefere o conforto e a privacidade de jatinhos emprestados ou alugados, diz-se que pelo Instituto Lula, que na verdade, é seu escritório político. Lula, ademais, só consegue comparecer a Eventos estritamente controlados, em que a entrada é limitada àqueles que seguramente urrarão a cada bravata proferida no palanque. Esse isolamento se traduz por sua crescente impopularidade. Segundo a Datafolha, a rejeição a Lula chegou a 57% dos eleitores. Nas classes mais pobres, reduto do voto lulopetista, já são 49%, os que repudiam o ex-presidente.
 
O poder de Lula se restringe cada vez mais à voz de comando que tem sobre um punhado de sindicalistas e líderes de movimentos sociais, que, a titulo de proteger o genial guia da "perseguição" judicial, ameaçam transformar em milícias as organizações que chefiam, afrontando ainda mais a Lei e ameaçando diretamente a democracia. Tudo para defender um projeto que transformou o Estado em fonte de preciosa boquinha que sustenta essa turma de  ergofóbicos. Os sequazes do lulopetismo são minoritários, como provou a manifestação do dia 18 pp. Naquela oportunidade, menos de 300 mil pessoas em todo o País atenderam à convocação da CUT e de movimentos sociais em ato de "desagravo" a Lula.  
 
O número não chegou a 10% do total de manifestantes que saíram às ruas no dia 13 pp para exigir o impeachment de Dilma e expressar seu desapreço por Lula e pelo PT. Considerando-se que a CUT diz ter 8 milhões de trabalhadores associados, sua capacidade de mobilização para ajudar Lula, mesmo apenas entre filiados, provou-se muito limitada. Ademais, pode-se especular que, se não fosse o chamamento da CUT - que sempre vem acompanhado de pagamento de cachê, de transporte gratuito e de fornecimento dos já tradicionais sanduiches de mortadela para os manifestantes -, muito provavelmente a afluência teria sido ainda menor.  
 
É certo que ainda há quem se disponha a defender Lula sem receber nada em troca. Com convicção comovente, dizem tratar-se de um grande líder, o primeiro politico neste País a olhar para os pobres e, portanto, merecedor de consideração mesmo por parte daqueles que não votaram nele. Diante de tudo o que o País hoje sabe a respeito de Lula, no entanto, pergunta-se: como é possível defende-lo? Como acreditar no discurso de alguém que critica as "elites" ao mesmo tempo que come, bebe, dorme e se diverte à custa de favores de empreiteiros?.. Como acreditar nas juras de inocência de um homem que chefia com mão de ferro o partido que é o principal beneficiário do maior esquema de corrupção da História brasileira?
 
Como enxergar em Lula  o republicano que ele diz ser enquanto, ao mesmo tempo, está claro que ele procurou sabotar as instituições republicanas no momento em que estas o flagraram com a boca na botija? É preciso ser um seguidor muito fanático para não perceber que Lula é uma farsa, hoje devidamente exposta para todo o País. E de fanáticos não se deve esperar nada de sensato. Por isso, se Lula realmente quiser tocar fogo no Brasil, é possível que ele tenha uns quantos sectários a apoiá-lo. Seria, no entanto, o último ato da grande bufonaria lulopetista.   
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 


sábado, 26 de março de 2016

LIMITES DA BOÇALIDADE....

 
 
 
 
 
 
É próprio de uma democracia que cada cidadão seja livre para escolher suas posições políticas. ir a uma manifestação pré-impeachment da presidente Dilma Rousseff, participar de um evento pró-governo, advogar por uma causa no seu círculo de amigos, simplesmente torcer reservadamente por um determinado desfecho da crise ou mesmo manter-se indiferente a tudo o que se refere ao mundo político - a liberdade politica oferece muitas possibilidades ao cidadão. Essas possibilidades, no entanto, não incluem o uso dos órgãos públicos para fazer campanha político-partidária..
 
Uma ação assim seria evidente abuso, a tentar contra a isenção do Estado e a liberdade politica dos demais cidadãos. Mas foi o que ocorreu na sexta-feira, dia 18 de março, quando o Ministério das Relações exteriores (MRE) foi usado para enviar telegramas alertando para o risco de um golpe de Estado no País (grifos meus) No dia em que estavam previstas manifestações contrárias ao impeachment de Dilma, o diplomata Milton Rondó Filho - que é ligado a Miguel Rossetto, ministro do Trabalho, e já assessorou o MST - quis dar sua contribuição à causa petista e enviou, por meio da Secretaria de Estado de Relações exteriores do Itamaraty (Sere) mensagens de teor político-partidário a todas as embaixadas e representações do Brasil no exterior.
 
Expedida por volta do meio dia, a primeira mensagem solicitava a designação de um servidor - de preferência, um diplomata - para se responsabilizar por "apoiar adequadamente" o diálogo entre o Itamaraty, a sociedade civil brasileira e organizações locais. A segunda mensagem, enviada no meio da tarde daquele dia, retransmitia uma nota da Associação Brasileira de Organizações não Governamentais (Abong), com frases do seguinte calibre:"È momento de resistência democrática ! Não ao Golpe! Nossa luta continua". Horas depois de enviada a Secretaria-Geral do Itamaraty expediu um comunicado pedindo para "desconsiderar e tornar sem efeito as circunstâncias telegráficas 100.752.755". 
 
Mesmo assim, uma terceira mensagem de teor político-partidário foi enviada. O telegrama 100.757 reproduzia a Carta aos Movimentos Sociais da América latina, denunciando um "processo reacionário que está em curso no País contra o Estado democrático de Direito". Posteriormente, o Itamaraty informou que Rondó Filho foi "admoestado" e está impedido de emitir novas circulares. O episódio é grave. Além do evidente uso da máquina do estado para fins político-partidários, os membros da aloprada ação - seria bastante estranho achar que Rondó Filho atuou sozinho, sem nenhum respaldo do Palácio do Planalto,  ou do famoso assessor da  Presidente da República para assuntos internacionais  rebaixarem o  Brasil no plano internacional, como se o País não fosse suficientemente capaz de resolver seus assuntos internos.
 
 Além do episódio de patrulhamento ideológico e infantilismo internacional do funcionário do Itamaraty, a chanceler argentina, Susana Malcorra, declarou que o Mercosul pretende divulgar "o mais rápido possível" uma nota de apoio institucional do governo brasileiro. Segundo a chanceler, em caso de impeachment da presidente Dilma Rousseff e em virtude da cláusula democrática do bloco, o Brasil poderia "eventualmente" ser temporariamente desvinculado do Mercosul. É sintomático do estágio em que se encontra o governo Dilma Rousseff que vai buscar apoio no inconsistente bloco sul-americano. 
 
Nessas circunstancias, o desespero e a insânia dos lulopetista em vias de perder preciosas boquinhas poderiam mesmo levá-los a pedir apoio dos companheiros bolivarianos. essa gente, afinal, tenta fazer do Brasil uma república bananeira sobre a qual possam reinar, boçais e soberanos....
 
Fonte: Opinião do Jornal o Estado de S. Paulo em 26/03/2016
 
           Postado por
           Iracema Alves
           Jornalista cadeirante
      
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 

0 AMOR EM VIDAS PASSADAS - TEXTO ESPÍRITA

 
 
AUTOR - HUGO LAPA 
 
ATENÇÃO: NÃO RECOMENDAMOS PARA MENORES
 
 
Para se entender com maior profundidade a origem do amor é necessário contextualizá-lo dentro da teoria da palingenesia, ou reencarnação.  Um amor não nasce de simples semelhanças de modos de ser e de interesses comuns, ele é o resultado de um longo processo de dezenas ou mesmo centenas de vidas passadas em   que duas almas conviveram juntas. Nestas experiências conjuntas, ambas foram passando por circunstâncias juntos, enfrentando desafios, superando obstáculos, atravessando todas as dificuldade, e envolveram-se em laços afetivos e amorosos um com o outro, brotando daí uma profunda identificação e um sentimento verdadeiro. Muitas pessoas me perguntam como podemos descobrir se alguém que muito amamos fez parte do nosso passado de outras vidas.
 
A resposta a essa pergunta é bem simples: se você ama verdadeiramente essa pessoa, e a conhece a pouco tempo, então vocês já viveram, sem sombra de dúvida, experiências mútuas em vidas passadas. Isso significa que o amor verdadeiro, aquele que reside numa esfera muito íntima do nosso ser, não pode ser desperto em apenas uma vida. Os laços do amor real são tão fortes, que apenas experiências milenares podem despertar em nós um amor que é quase divino, que nasce do infinito e que se manifesta no ser humano como a expressão do sentimento mais puro que o homem da face da Terra pode ter acesso: o amor incondicional. Em nossos estudos com terapia de vidas passadas chegamos a conclusão, tal como centenas de terapeutas ao redor do mundo, que todos os seres se agrupam naquilo que se convencionou chamar de "família de almas" ou "grupos anímico".
 
Além de nossa família consanguínea, que forma indivíduos com laços de sangue comuns, todos os seres possuem família espiritual, que é bem maior do que a nossa família genética atual. Ela é composta por centenas de espíritos que tiveram milhares de experiências conosco em vidas passadas; são espíritos  que nos conhecem há milênios, e todo esse arcabouço de experiências coletivas os liga por laços de amizade, carinho, amor, cooperação, compaixão, e outros. Como tudo na vida tem dois pólos, as experiências negativas também fazem parte destes laços, sendo comuns sentimentos de ódio, raiva, antipatias, rejeição, ojeriza, malquerença, amargor, mágoa etc. Toda esta mistura de sentimentos, tanto positivos quanto os negativos, poderia se expressar em nossas relações, e na maioria das vezes nem desconfiamos que eles vêm de vidas passadas, e não da vida atual. 
 
Dentre nossa família de almas, há aqueles espíritos que cada um de nós guarda uma afeição mais profunda. esses geralmente oscilaram, nos diversos papéis de vidas passadas, sendo nosso filhos, amigos, marido, esposa, pai, mãe, avô, avó, irmão ou irmã. A proximidade do parentesco físico não é definitiva para indicar o grau de afeição entre duas almas. Por exemplo: um filho pode amar mais a avó do que a própria mãe, pois seus laços espirituais podem ter sido mais estreitos em diversas vidas passadas. Um pai pode amar mai um filho do que o outro: embora muitos pais neguem essa diferença afetiva, sabemos que isso existe e é perfeitamente normal, já que um pai pode ter mais experiências amorosas pretéritas com um filho do que com outro. Algumas vezes as experiências traumáticas do passado podem abafar um amor entre duas almas. Por exemplo: uma mãe que matou seu filho numa vida passada, quando eles eram irmãos que disputavam algo.
 
O filho pode carregar essa recordação inconsciente dentro de si e expressá-la em forma de rejeições, afastamento, ojeriza e até uma raiva inconsciente pelo que foi feito. É preciso lembrar sempre que esses traumas, apesar de terem sido esquecidos entre uma vida e outra, não apagaram os sentimentos, sejam eles positivos ou negativos. A falta de memória não destrói as emoções que guardamos dos espíritos que fizeram parte do nosso histórico encarnatório. dessa forma, a família de almas é nossa família espiritual e vale muito mais do que nossa família física. Um bom exemplo é observar o comportamento afetivo das pessoas. Algumas podem gostar mais de um amigo do que de um parente próximo, como pai, mãe ou irmão. Esse amigo, apesar de não fazer parte da família consanguínea, pode ser um membro próximo de nossa família espiritual, e um amor muito grande pode estar presente na relação de ambos.
 
Assim, a família espiritual transcende nossa família de sangue e demonstra a existência de laços muito maiores, mais sutis e imensamente mais antigos do que os laços consanguíneos. Cada família espiritual é parte de uma família ainda maior, que pode nem sequer viver atualmente no Planeta Terra. Há pessoas que sentem internamente, com grande certeza íntima, de que seus amigos verdadeiros e sua família não são deste Planeta. Esse é o caso de muitas pessoas que foram exiladas de seu Planeta de origem e estão aqui na terra há algumas vidas tentando transmutar uma parcela de karma que ainda as prende nos grilhões terrestres.  Algumas sentem isso tão forte que sequer conseguem mater laços afetivos na Terra, tal o seu grau de apego a sua família espiritual extraterrestre. Alguns podem imaginar que isso representa uma evolução e que é uma indicação de superioridade espiritual, mas não é bem assim.
 
Essa recusa em se viver a realidade atual implica num forte apego a um estado arcaico de existência, e esse apego pode aprisionar . 0 espirito muito fortemente dentro de milites muito reduzidos, o que abafa a natureza essencial daquela alma e pode degradar seus sentimentos, pensamentos e comportamentos. O apego é um sinal claro de atraso espiritual e deve ser objeto de um esforço no sentido da libertação cárcere terrestre. Se estamos vivendo aqui na Terra, precisamos da Terra para atingir esse desprendimento; de nada adianta  desejar sair daqui para uma condição externa melhor e mais elevada. o Universo é perfeita harmonia e inteligência, e nada ocorre por acaso. Quem está aqui, precisa das experiências terrestre para seu desenvolvimento espiritual. Um fenômeno interessante que pode ocorrer é a inversão de papel. Uma mães que teve experiências afetivas de marido-esposa muito fortes com seu filho atual, pode sentir desejos inconscientes de experimentar novamente o amor de marido-mulher
 
Alguns pais conseguem desapegar-se disso e viver a condição da atual encarnação dentro da função de pai e filho. Outros, no entanto, cedem a essas tendências e podem ser levados até mesmo, em última instância, a molestar seus filhos. Todo pai que sinta essa inversão de papel deve lutar contra essa tendência, esse apego, pois só assim poderá viver com mais intensidade a relação atual de pai-filho. Isso ocorre também entre irmãos,  que no passado foram marido e mulher e hoje sentem vontade de ter carinhos mais próximos, que extrapolam a relação fraterna natural. Outro exemplo são marido e mulher atual, que numa outra existência (ou existências)  foram irmãos e acabam depois se tornando amigos, ou têm dificuldades de manter relações sexuais por conta das lembranças inconscientes de vidas como irmãos. Há muitos outros exemplos dessa inversão de papel; o mais importante aqui é entender que o passado não deve interferir em nossas relações atuais da forma que elas se apresentam hoje.
 
Outro fenômeno que pode ocorrer, esse não muito comum, é quando duas almas muito próximas, e que se amam muito, se reencontram, querem viver juntas, mas ambas são do mesmo sexo. Eles podem viver como bons amigos, ou podem desejar, se o apego for grande, viverem juntas, como companheiros. Se forem dois homens, podem ceder aos desejos sexuais e iniciarem uma relação que vai além da amizade, passando a viver como amantes; se forem duas mulheres, podem fazer o mesmo e até casarem. O mais interessante é que, mesmo sem existir um histórico de homossexuais, e o que sentiam uma pela outra só servia para essa pessoa em especifico, e para nenhuma outra. Por exemplo, uma das meninas gosta de outra menina e que ficar com ela, mas nunca havia se relacionado com outras mulheres e garante não sentir qualquer tipo de desejo sexual por outras mulheres.
 
Ninguém pode julgar se isso é correto ou não a escolha,  neste caso, é da própria pessoa e só ela compete avaliar a qualidade de suas relações. Repudiamos aqui o preconceito a homossexualidade e somos favoráveis a liberdade de expressão da sexualidade. Advertimos, porém, que qualquer excesso nessa área, seja com heterossexuais ou homossexuais em efeitos graves com severas complicações na vida atual ou em vidas passadas. (grifos meus).
Essa pessoa ama o espirito, e deseja ficar com ele, mas como essa pessoa não se encontra encarnada, ela nada pode fazer. É possível encontros em projeção astral, quando dormimos a noite e nosso corpo espiritual deixa o corpo físico e passa a interagir com outras dimensões.  O Universo sempre conspira para que uma alma se desenvolva espiritual e passe a amar a todos, e não apenas uma só pessoa. Embora o amor entre nossa família física e espiritual seja um exercício de amor incondicional. Os espirito que vivem na Terra ainda estão longe do amor incondicional a todos os seres. 
 
Por esse motivo, a inteligência divina cria circunstâncias que nos façam entender que o amor vale muito mais quando ele se expande para abraçar todos os seres do Universo e não apenas pessoas de nossa convivência. O amor Universal é meta sagrada de todas as almas que aspiram à perfeição. Quando esse tipo de assédio ocorre, é bem mais difícil de ser tratado num trabalho espiritual, pois há uma permissão inconsciente do encarnado diante da obsessão exercida pelo desencarnado. Nesse caso, a melhor forma de agir e conscientizar o encarnado a se libertar desse apego e viver a vida física naturalmente, sem ficar esperando que o desencarnado venha a preencher um vazio que ficou das experiências "perdidas" de vida passadas, quando ambos viveram juntos.
 
Outro fenômeno bastante interessante é o chamado "amor à primeira vista". Esse fenômeno só é inexplicável quando não leva em conta a teoria da reencarnação. Apesar de estes sentimentos estarem misturados no primeiro momento, não sendo ressuscitado, reaceso, vindo à superfície e despertando, trazendo à tona um sentimento sublime e transcendente que até então estava meio apagado dentro de nós. Esse amor pode ter sua origem em dezenas ou mesmo centenas de vidas passadas onde estas duas almas viveram juntas. Pode até mesmo ser anterior aos primeiros nascimentos terrestres . Esse reencontro faz ressurgir uma emoção, um envolvimento que já existia dentro da pessoa, mas que estava disperso. O amor à primeira vista não deve ser confundido com pela beleza física. Ele é uma profunda identificação com alguém que já conhecemos há milênios e que reencontramos nesta vida. Esse pode ser o inicio de uma longa história de amor.
 
Para diferenciar um amor verdadeiro e uma simples paixão é preciso notar se há um total desprendimento em relação a pessoa que amamos. O amor real é calmo, sereno, não se deixa influenciar por sentimentos de controle, posse, ciúmes, e outras armadilhas inferiores. O amor verdadeiro deseja que o outro esteja bem, mesmo que ele não fique conosco. Ele é espontâneo, livre e há desprendimento; só o que importa é o bem estar do outro. Fazemos de tudo para que o outro seja feliz. A melhor forma que eu conheço para harmonizar o nosso passado e cuidar para que estes laços não se tornem disfuncionais e problemáticos na vida atual é a realização da terapia de vidas passadas. Através da regressão o passado pode ser revisto e os laços amorosos podem ser tratados, dissolvendo os resíduos de energias conflituosas, brigas, assassinatos, traumas, e qualquer situação negativa que tenha ocorrido em vidas passadas.
 
Quem defende esta tese alega que uma mãe não poderia conviver bem com seu filho caso descubra que ele a torturou e matou em vidas passadas. A nossa experiência de mais de 2.000 agressões individuais prova que essa ideia é bastante equivocada. jamais pude presenciar nenhuma relação que tivesse piorado após uma revisão de vidas passadas negativas entre membros de uma mesma família.
Pelo contrario, as experiências negativas são tratadas e os laços de amor são purificados, o que torna a convivência atual muito melhor e mais satisfatória.
 
Já atendi dezenas de casos em que visitamos vidas passadas bastante duras entre familiares e o resultado sempre foi uma grande melhora na qualidade da relação atual. os bloqueios caem, os conflitos são tratados, as disputas são harmonizadas e tudo passa a ser objeto de precioso aprendizado. Além disso, o esquecimento do passado não apaga os sentimentos negativos de vidas passadas, eles continuam existindo hoje, podem e devem ser tratados, para que as relações familiares melhorem e para que possamos viver bem com nossos familiares e com as pessoas que amamos.
 
FONTE; MENSAGEM ESPIRITA POSTADA EM 26/03/2016 - ÀS 18H5I
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
  
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
  
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
   
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 

quinta-feira, 24 de março de 2016

STF PODE ANALISAR SE PROCESSO DE LULA CONTINUA COM MORO, DIZ GILMAR MENDES.

 
 
 
 
 
 
 
 
O ministro do STF - Supremo Tribunal Federal disse nesta quarta-feira 16/03/2016 que a nomeação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva à Casa Civil é um assunto que "dispõe de preocupação" do Tribunal. Mende considera que o Supremo precisará analisar se há desvio de função na nomeação, que, na prática, afasta o processo contra o ex-presidente na Operação Lava Jato das mãos do juiz Sérgio Moro, na primeira instância.Imagina se a presidente Dilma decide nomear uma dessas empreiteiras que estão presas em Curitiba, o ministro de Minas e Energia. Passa a ter muita interferência no processo judicial.
 
O ministro lembrou que o Supremo já considerou indevida a renúncia de parlamentar para fugir do foro, caso do ex-deputado Natan Donadon, condenado pelo STF e que tentou encerrar seu processo ao renunciar ao cargo na Câmara. Com a nomeação de Lula, às investigações contra ele na Lava Jato saem da primeira instância e sobem automaticamente para o Supremo, responsável por julgar pessoas com foro privilegiado no País. Durante seu voto a respeito do rito do impeachment, Mendes voltou ao tema e classificou com "bizarrice" o fato do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva assumir o cargo de ministro da Casa Civil do governo Dilma Rousseff.
 
__ É uma bizarrice que nos enche de vergonha. Ele mencionou que, ao acordo de delação premiada do senador Delcídio do Amaral (PT-MS), homologado pelo ministro Teóri Zavascki  na terça-feira passada (15/03/2016), o parlamentar afirma que Lula foi chefe do esquema do mensalão. Em seu voto a respeito do rito do impeachment, Gilmar Mendes discordou da maioria da corte e votou a favor do recurso da Câmara. 
 
Fonte: R7 em 16/03/2016 - atualizada em 24/03/2016/ 20h05
 
Redatora: recebi o rascunho deste texto via correio de Dourados - MS.
Iracema Alves
Jornalista cadeirante
 
 
 
 
 
 
  
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 

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terça-feira, 22 de março de 2016

SAIBAM QUEM É SÉRGIO MORO

 
 

Muitos podem pensar que ele surgiu de repente, num passe de mágica, para ser e se transformar no cavalheiro da esperança do povo brasileiro. Encarnou e se revestiu da moralidade clamada pela população e vai com determinação marcando novos rumos. Na verdade foram anos de preparo, amadurecendo pessoal e jurídico. Acima de tudo a competência que lhe ampara em todas as decisões. Sérgio Fernando Moro, natural de Maringá - PR - nascido em 1972, filho de Odete Starke Moro e Dalton Áureo Moro, ex-professor de geografia da Universidade Estadual de Maringá em 1995, tornando-se juiz Federal um ano após, em 1996. Cursou o programa para instrução de advogados da Harvard Law School em 1998 e participou de programas de estudos sobre lavagem de dinheiro promovidos pelo Departamento de Estado dos Estados Unidos.
 
É mestre e Doutor em Direito pela Universidade Federal do Paraná.
Juiz Federal da 13ª Vara de Curitiba. Ministra aulas de processo penal na Universidade federal do Paraná e comanda a Operação "Lava Jato". Casado, tem dois filhos. Além da Operação Lava Jato, o juiz também conduziu o caso Banestado, que resultou na condenação de 97 pessoas, atuou na Operação Farol da Colina, onde decretou a prisão temporária de 103 suspeitos de evasão de divisas, sonegação, formação de quadrilha e lavagem de dinheiro. No caso do Escândalo do Mensalão, a ministra do Supremo tribunal federal, Rosa Weber convocou o juiz Sérgio Moro para auxiliá-la, devido sua especialização em crimes financeiros e no combate à lavagem de dinheiro.
 
Foi indicado pela Associação dos Juízes federais do Brasil para concorrer a vaga deixada por Joaquim Barbosa* no STF. Eleito o "Brasileiro do Ano de 2014" pela revista "Isto É". Um dos 100 mais influentes do Brasil em 2014 pela Revista "Época". Na décima segunda edição do Prêmio Faz Diferença do jornal O Globo, foi eleito a "Personalidade do Ano" de 2014 por seu trabalho frente às investigações da Lava Jato. Sugiro àqueles que desejam conhecer os posicionamentos de Sérgio Moro, não hoje, mas de 11 anos passados, que leiam e releiam na íntegra o seu artigo, em que fala sobre uma das maiores faxinas ocorridas na Europa, intitulado "Considerações sobre a Operação Mani Pulite" (Operação Mãos Limpas), publicado na época, na Revista do Conselho da Justiça Federal.
 
Está tudo lá. na Operação Mãos Limpas, 6 mil pessoas foram investigadas, três mil mandados de prisão, com 872 empresários, muito ligados a petroleira italiana e 438 parlamentares enrolados nesta rede, inclusive, com alguns suicídios. A Operação Mãos Limpas, diz Moro em seu artigo: "A ação judiciária revelou que a vida politica e administrativa da Itália, estava mergulhada na corrupção, com pagamento de propina para concessão de todo contrato público, o que levou Milão a ser classificada como "cidade da propina". Igualzinho aqui no Brasil!  A Operação Mãos Limpas, momento extraordinário na história contemporânea o judiciário, iniciou-se em meados de fevereiro de 1992, redesenhado o quadro politico, talvez não encontrado paralelo de ação judiciária com efeitos tão incisivos na vida institucional de um País.
 
Em 2004, Sérgio Moro falava em seu artigo: "Encontram-se presentes várias condições institucionais necessárias para a realização de ação semelhante no Brasil", mas enquanto Sérgio Moro liberava seu escrito, os políticos e seus representantes encomendados, "metiam a mão", sem dó, no dinheiro brasileiro, transferindo-o para o exterior e para suas contas pessoais, em quantidades incalculáveis. O Moro de 2014, que é o mesmo de hoje, bem mais aperfeiçoado, em seu artigo afirma; "é ingenuidade pensar que processos criminais eficazes contra figuras poderosas como autoridades governamentais ou empresários, possam ser conduzidos normalmente sem reações. Um judiciário independente, tanto de pressões externas, como internas, é condição necessária para suportar ações desta espécie.
 
Entretanto, a opinião pública, como ilustra o exemplo italiano, é também essencial para o êxito da ação judicial. "Na Itália uma nova geração dos assim chamados "giudici ragazzini" (jovens juízes), sem qualquer senso de referência em relação ao poder politico, iniciou uma série de investigações sobre a conduta administrativa e politica. "Acrescenta: talvez, a lição mais importante de todo o episódio seja a de que a ação judicial contra a corrupção se mostra eficaz com o apoio da democracia. É esta quem define os limites e as possibilidades da ação judicial. Enquanto ela contar com o apoio da opinião pública, tem condições de avançar e apresentar bons resultados". Embora estejamos em momento triste, doloroso, com desemprego avançando em números jamais vistos, é muito positivo sentir que o Ministério Público Policial Federal, Imprensa, todos vivem o momento da verdade. Concluo com três frases significativas de compromisso
 
A primeira, do ministro celso de Mello: "é preciso esmagar, sim. É preciso destruir, esmagar com todo o peso da Lei, respeitada sempre a garantia constitucional do devido processo, esses agentes criminosos que atentaram contra as Leis penais da república e contra o sentimento de moralidade e de decência do povo brasileiro". A segunda, da ministra Carmem Lúcia: "Na história recente da nossa pátria, houve um momento em que a maioria de nós, brasileiros, acreditou que a esperança tinha vencido o medo. Depois, descobrimos que o cinismo tinha vencido aquela esperança. Agora parece se constatar que o escárnio venceu o cinismo. O crime não vencerá a justiça". Por último, o juiz Sérgio Moro: "O  politico corrupto, por exemplo, tem vantagens competitivas no mercado politico em relação ao honesto, por poder contar com recursos que este não tem".
 
O corrupto costuma enxergar o seu comportamento como um padrão e não a exceção. A corrupção envolve quem paga e quem recebe. Se eles se calarem não vamos descobrir jamais. A corrupção politica italiana assemelha-se bastante à brasileira na amplitude, na naturalidade com que é praticada.
 
"Não há equivoco maior do que confundir homens inteligentes com sábios" Francis Bacon
 
Fonte: Jornal de Londrina com data atualizada: 22/03/2016
           Postagem:
 
           Iracema Alves
           Jornalista cadeirante.