Num mesmo dia em que a presidente Dilma Rousseff exaltou as medidas tomadas por seu governo na área ambiental, o Brasil se recusou a assinar um documento propondo reduzir pela metade a derrubada das florestas do mundo até 2020 e zerar por completo o desmatamento até 2030.
O compromisso foi anunciado nesta terça-feira - dia 23/09/2014 - com a 'Declaração de Nova York sobre Floresta' durante a Cúpula do Clima das Nações Unidas, na sede da Organização em Nova York. Participaram da iniciativa mais de 30 países, entre eles, Estados Unidos, Canadá e União Europeia , além de dezenas de empresas, organizações ambientalistas e grupos indíginas. O Evento antecedeu à abertura da Assembleia Geral da ONU, prevista para acontecer nesta quarta-feira, dia 24/09/2014; publicada por BBC Brasil.
Segundo a ministra do Meio Ambiente, Isabella Teixeira, o Brasil ficou de fora porque "não foi consultado" sobre a nova resolução" Ministra quem deveria consultar a nova resolução? seu ministério é ou não do Meio Ambiente? (grifos meus). "Infelizmente não fomos consultados {sobre a declaração} E sua equipe faz o quê, (grifos meus). Acredito que seja impossível pensar uma iniciativa em prol das florestas a nível mundial sem incluir o Brasil. Não faz sentido", disse Teixeira à Agência de Notícias Associated Press (AP) na segunda-feira, dia 22/09/2014. Na prática porém, o compromisso vai de encontro às regras do governo brasileiro sobre o manejo sustentável das florestas e a derrubada de áreas para agricultura, o chamado 'desmatamento legal'.
Como não havia distinção no texto entre o que poderia ou não ser desmatado, o país resolveu não assinar o documento. "Que Ministério intrigante! (grifos meus). "Desmatamento legal é diferente de desmatamento ilegal. Nossa politica nacional é interromper o ilegal", afirmou a ministra*.
Caso as propostas no documento sejam alcançadas, a redução de dióxido de carbono lançado na atmosfera seria equivalente ao volume atualmente expelido por todos os carros do mundo até 20130. Na Noruega, por sua vez, prometeu gastar US$$ 350 milhões (R$ 840 milhões) para proteger as florestas do Peru US$ 100 milhões (R$8240 milhões na Libéria.
Em entrevista (AP) Charles McNeill, assessor de política ambiental para o Programa de Desenvolvimento das Nações Unidas, afirmou que não houve "intenção de excluir o Brasil". Eles são o mais importante país naquela área. Um esforço que envolva o Brasil é muito mais poderoso e impactante". Segundo McNeill, houve tentativas de falar com integrantes do governo brasileiro, mas não obtivemos respostas "Como profissional sinto-me constrangida só em digitar" ( grifos meus)
Segundo dados oficiais, o desmatamento caiu 79% no Brasil desde 2004. No ano passado, contudo o desmatamento na Amazônia Legal subiu 28% após quatro anos de queda. Apesar do aumento, o índice foi o segundo menor desde que o país começou a acompanhar a derrubada de árvores na região, em 1988.
Em discurso na Plenária da ONU, Dilma exaltou a agenda sustentável do seu governo e descreveu os indicadores de desmatamento brasileiro como "excepcionais". Ela afirma ainda que sua adversária (?) na corrida presidencial pelo (PSB), Marina Silva, mente ao afirmar que a atual politica ambiental brasileira representa um retrocesso.
A presidente lembrou que o Brasil tomou a decisão voluntária, durante a Cúpula de Copenhague, em 2009, de cortar entre 36% e 39% as emissões de dióxido de carbono até 2020. Segundo ela, o país também deixou de emitir cerca de 650 milhões de toneladas de gazes desde 2010. Quero saber onde está o retrocesso. Por quem definiu 36% e 39% voluntariamente, quem reduziu 650 toneladas de dióxido de carbono na atmosfera. foi o meu governo e o governo do ex-presidente Lula. E não foi na época dela (?) que fizemos isso!, afirmou Dilma.
Em compromisso de campanha em Florianópolis, Marina Silva voltou a criticar Dilma. A candidata do (PSB) à presidência lamentou que o Brasil não assinou a carta de proteção às florestas. Marina afirmou ainda que a petista não assumiu um compromisso para o futuro.
"Acabo de receber a notícia de que, infelizmente, a presidente Dilma, que está participando em Nova York da Cúpula do Clima, a convite do Secretariado Geral das Nações Unidas, fala tão somente das conquistas já alcançadas no passado, mas não sinaliza nenhum compromisso para o futuro", disse a ex-senadora
* "Interromper é mais fácil do que prosseguir" - anônimo - procuro autor (a)
Livre para Voar postou em 26/09/2014
Nenhum comentário:
Postar um comentário