quarta-feira, 12 de março de 2014

DILMA COMPRA FEIJÂO PRETO NA CHINA

por Ossami Sakamori*

Em 2012, o Brasil comprou US$2,3 bilhões do agronegócio chinês, alta de 4,5% ante 2011, quando essas importações já haviam subido 47%, segundo o Conselho Empresarial Brasil-China (CEBC). O feijão preto é o grande destaque da pauta. No ano passado, a China ultrapassou a Argentina e se tornou o principal fornecedor de feijão para o Brasil em toneladas. Em dólares, as vendas aumentaram 200% ante 2011. (Fonte: Folha de S.Paulo). 

"O país foi buscar feijão na China em razão da boa oferta e da qualidade do produto"., diz Vlamir Brandalizze, sócio da Brandalizze Consultoria, especialista no setor. Segundo Brandalizze, o Brasil novamente precisará importar cerca de 200 mil toneladas de feijão, devido a menor área plantada no Sul e à seca de dezembro na região central do país, o que reduzirá a produção. (Fonte Folha de S.Paulo).

Infelizmente o Brasil está falido administrativamente. O país tem a maior extensão territorial agriculturável do mundo; são 380 milhões de hectares, segundo o Ministério da Agricultura, incluindo a área para pecuária. Destinando 50% para a pecuária teria 190 milhões de hectares para a agricultura propriamente dita. Pelo índice de produtividade brasileira de 3,0 toneladas por hectare daria 570 milhões de toneladas de grãos, três vezes mais que a atual produção. Pelo índice de produtividade dos EEUU que acima de 10,0 toneladas por hectare, daria uma fantástica produção de 1,9 trilhão de toneladas de grãos! Seria grosso modo, dez vezes a produção brasileira atual de grãos.

Segundo o noticiário, o Brasil precisa importar da China 200 mil toneladas de feijão preto para abastecimento interno em 2013. Não me lembro se foi do PSDB ou PMDB, o Brasil  chegou a importar feijão mexicano. Parece que o Brasil nunca aprende! Agora precisamos importar feijão preto que é alimento muito peculiar de algumas regiões do país. Justamente de onde? Da China que não sabe o gosto do feijão preto, mas sabe "exportar" para os otários dos parceiros emergentes. Eles, chineses, não comem o feijão preto.

Estou cansado de ficar batendo na tecla de que o dólar está defasado! Aí está a demonstração de que a moeda brasileira  estar "super valorizada". Com o artificio do real valorizado, não compensa o agricultor familiar plantar o nosso precioso e básico "feijão preto". É mais fácil importar o feijão  preto da China, assim como importamos cem (100) números de itens manufaturados, tudo por conta do "real apreciado" ou "real valorizado".  
Estamos indo na contra mão do parceiro chinês no grupo informal denominado BRICS, a sopinha de letras. Eles têm crescimento do Produto Interno Bruto (PIB), de no mínimo 7,5% e nós o pífio 1,0%. O Brasil em 2013/2014 deverá ter seu Produto Interno Bruto - PIB - em torno de 2,5 % e 3,5%. (grifos meus).

A politica econômica (sic) atual, não  atende os interesses do Brasil. A politica financeira brasileira da presidente Dilma Rousseff, atende apenas a ela, para manter o "estado de euforia", com a nossa moeda "super valorizada". Assim podemos criar situações artificiais que dão noção equivocada de que estamos num país rico. Com o real valorizado podemos mandar 1,5 milhão de turistas brasileiros para os EEUU, fazer compras em "out lets". Podemos dizer que somos a 6ª economia do mundo. serve para manter a auto estima do poro brasileiro. movido à base dos "red-bulls" ou mesmo de "cocaína pura". É como carnaval, tudo numa euforia! Quero ver o povo sentir a quarta-feira de Cinzas. Enquanto isso, para orgulho da nossa presidente, o Brasil compra feijão preto da China, como que menosprezando o povo chinês. Quem será que vai rir por último? O povo chinês ou o povo brasileiro?



Engenheiro civil, 69, foi professor da Universidade Federal do Paraná. Filiado no PDT, não militante. Defensor intransigente da livre expressão de ideias e pensamentos. E-mail para contato: sakamori10@gmail.com

Iracema Alves - jornalista cadeirante por mim digitado em 12/03/2014 às 23:37 horas
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