A defesa do empresário Gérson de Mello Almada, vice-presidente da Engevix Engenharia, uma das empreiteiras que são alvo da Operação Lava Jato, afirmou em documento entregue à Justiça Federal que superfaturamentos em contratos da Petrobrás foram usados para bancar o "custo alto das campanhas eleitorais". e para que o governo federal pagasse parlamentares em troca de apoio no Congresso nacional. Os advogados do empreiteiro afirmam ainda que o esquema foi montado pelo PT como instrumento para se manter no poder. O executivo está preso desde 14 de novembro de ano passado, junto com outros dez empreiteiros. Ele foi denunciado pelo Ministério Público Federal por corrupção ativa, lavagem de dinheiro e organização criminosa. Para os investigadores, a Engevix integrava um "clube" de empreiteiras que atuava como cartel. As afirmações sobre o uso de contratos superfaturados da Petrobrás para objetivos políticos constam de um documento de 85 páginas entregues à Justiça como resposta à acusação. O documento dos advogados do vice da Engevix explicita algo que já vinha sendo dito nos bastidores dos empreiteiros. Ele traduz a estratégia jurídica desse grupo: evitar que a Petrobrás seja tratada como vítima dos corruptores, no caso os empresários, e tentar unir as duas frentes de investigação da operação - uma delas, a que inclui ex-diretores da estatal, doleiros e empreiteiros, é comandada pelo Juiz Sergio Moro, da Justiça Federal do Paraná; a outra parte, a que inclui os políticos com foro privilegiado, está sob a guarda do Supremo Tribunal Federal
Ao dizer que a corrupção na Petrobrás está intrinsecamente ligada à atividades do governo e de parlamentares, os empreiteiros tentam mostrar que o caso é indissolúvel , a fim de que tudo seja julgado diretamente pelo STF. "Faz mais de 12 anos que um partido político passou a ocupar o poder no Brasil. No plano de manutenção desse partido no governo, tornou-se necessário compor com políticos, o que significou distribuir cargos na administração pública, em especial, em empresas públicas e em sociedades de economia mista", diz o documento da defesa do vice da Engevix, que é coordenada pelo criminalista Antônio Sérgio de Moraes Pitombo. "Quanto à refinaria Pasadena, não foi um bom negócio, pois a mesma era feita para processar petróleo leve, enquanto a Petrobrás exportava petróleo pesado; que para Pasadena poder processar o petróleo do tipo que a Petrobrás exportava precisaria de uma adequação que poderia custar de um a dois bilhões de dólares", afirmou Costa. "Fernando Baiano procurou o declarante para pedir que criasse problemas na reunião da Diretoria para aprovar a compra da refinaria de Pasadena, o processo e compra de compra já estava bastante adiantado no âmbito da Petrobrás", afirmou Costa. "Fernando Baiano ofereceu ao declarante o valor de US$ 1,5 milhão da Petrobrás" para não causar problemas na reunião de aprovação da compra da refinaria Pasadena". O ex-diretor "aceitou o valor e Fernando operacionalizou a disponibilização deste valor no exterior". Ele disse acreditar que o "valor tenha sido bancado pela própria Astra Petróleo", dona da refinaria que vendeu 50%, à estatal brasileira em 2006. Segundo o Tribunal de Contas da União, o negócio gerou um prejuízo de US$ 792 milhões. Ele cita o envolvimento do ex-diretor da área de Internacional, Nestor Cerveró preso desde o dia 14 de novembro e outro funcionário. " Soube que trouxe este assunto da refinaria Pasadena para a Petrobrás, isto é, a Nestor Cerveró, foi um ex-empregado da área comercial da Petrobrás, acredita que chamado Alberto Feilhaber."
Paraíso Fiscal: Costa afirmou à PF que por volta de 2007 ou 2008 esteve com Fernando Baiano em Liechteinstein, no Vilartes Bank, e acredita que tenha sido neste banco que tenham sido depositados os US$ 1,5 milhão.
Fonte: R7 Notícias
Digitado e postado por Livre para Voar, em 23/012015 - às 23h56
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