Socorro ! Carmilo

           Popularmente denominado “Posto de Saúde da Rua Vitorino Carmilo”, chama a atenção a rampa de acesso às pessoas com deficiência, gestantes e idosos. Sua arquitetura de linhas modernas, barras de seguranças, piso de cimento crocante, contrasta com o Casarão  antigo.

          Fui acompanhante de  uma senhorinha que, pela primeira vez, comparecia ao “Posto”, devidamente documentada com encaminhamento médico e receita de medicamento idem.

      

       Em destaque: “Secretaria Municipal de Saúde – Coordenadoria Regional de Saúde Centro Oeste Supervisão Técnica de Saúde – Sé/ AMA Sta..Cecilia”! Título que merece um luminoso... A sala de espera (35 metros quadrados aproximadamente) estava aglomerada de pessoas, algumas sentadas em bancos, as demais se espremiam para dar lugar a mais uma cadeirante. O guichê com três funcionários digitavam os procedimentos iniciais de três filas simultaneamente. Dois jovens funcionários denotando falta de experiência, encaminhavam as pessoas com os procedimentos iniciais para as respectivas salas especializadas. Um “apito” terrível soava a todo instante convocando as pessoas com senha a entrarem nas filas. Segundo informações dos dois funcionários, o som do “apito” durava enquanto houvesse filas! Nos foi fornecida também  a denominação daquela sala:” AMA = Assistência Médica Ambulatorial”. (...)

           Finalmente a senhorinha recebe seus procedimentos iniciais. Fomos encaminhadas para as salas especializadas: “UBS =  Unidade de Saúde Básica”, segundo os dois funcionários acima citados (...). Os cadeirantes têm prioridade na fila. A senhorinha depositou no balcão rebaixado: RG, Cartão do SUS, laudo médico e encaminhamento para a Reumatologia, receita de medicamento e comprovante de residência. Primeira  etapa: receita de medicamento devolvida; segunda etapa: o laudo e encaminhamento médicos não serve, devolvido; terceira etapa: comprovante de residência devolvido!  “O próximo por favor ?”.    

       Resumo das informações recebidas fornecidas pelo funcionário: “não aceitamos em hipótese alguma, laudo e encaminhamento médicos; agendamos aqui na UBS consulta com clínico geral que encaminha ou não para a Reumatologia. A Farmácia fica nos fundos do Casarão onde a receita poderá ser entregue. O comprovante de residência tem que estar em nome do (a) paciente... sem comentários!

       A lucidez da senhoria reagiu rápido. Fez um telefonema para sua irmã e um táxi foi buscar o comprovante de residência em seu nome. Enquanto isso fomos à Farmácia nos fundos do Casarão. Evidentemente que a medicação estava em falta, sem previsão de reposição. Em nenhum momento a senhoria reclamou (...).

   Finalmente comprovante correto (???); foi agendada consulta de clínica médica para Fevereiro de 2012 logicamente!  A senhoria recebeu uma carteirinha com seus  dados; o cartão do SUS foi renovado.  Após 3:45 horas de permanência no “Posto de Saúde da Rua Vitorino Carmilo” a senhoria me agradeceu e falou:

       (...) Todas as pessoas que aqui estiveram e ainda estão, receberam informações e tratamento indigno, ferindo a Constituição Federativa do Brasil” Quero respostas da Prefeitura e da Secretaria de Saúde Municipal para duas perguntas:

       É  ético não aceitar laudo e encaminhamento médicos da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo ou de médicos de outras Entidades?

      É legal exigir comprovante de residência em nome do (a) paciente, sendo este (a) casado (a) juridicamente?

                                                                                                                                                                                                                                                        É ISTO

Dia Internacional das Pessoas com Deficiência

“Com os cumprimentos da doutora Linamara Rizzo Battistella, Secretária de Estado dos Direitos da Pessoa com Deficiência, temos  a grata satisfação de informar a realização do Seminário Internacional, celebrando os 30 anos do AIPD – Ano Internacional  das Pessoas com Deficiência”.

“Hoje, dia 17 de novembro de 2011, durante a abertura do Evento, haverá  homenagens às pessoas que nos últimos 30 anos tiveram participação permanente por uma sociedade inclusiva. Nos dias 18 e 19 subsequentes, com o apoio Institucional da Representação do Sistema da ONU  -  Organização das Nações Unidas no Brasil”.

Nem sempre foi assim....

Estatísticas, artigos científicos ou não, relatos pessoais, são testemunhos do preconceito, indiferença, solidão e até rejeição familiar pelos seres deficientes....

Após 1981 data consagrada ao Dia Internacional  das Pessoas com Deficiência, a mobilização de Órgãos Internacionais, Associações, Institutos de Pesquisas, trouxeram um novo olhar sobre os deficientes. Destacamos a dedicação, eficiência  e profissionalismo de médicos especializados, equipes multidisciplinares, voluntários,  envolvidos na reabilitação, capacitação das pessoas com deficiência

Salientamos as conquistas porém, os desafios permanecem! Leis específicas aos direitos e deveres das pessoas com deficiência permanecem engavetadas, salvo raras exceções, timidamente colocadas em prática. Trabalho com carteira assinada  e direitos paralelos é raridade. Salários condizentes com a capacitação profissional é discrepante. Acessibilidade? Imagina!  Calçadas dentro de hospitais, bancos, shoppings, parques, nas vias públicas -  rampas de acesso  em número reduzido. Tudo em péssima condições. Balcões sem rebaixamento, quiches idem elevadores impróprios para cadeirantes, deficientes visuais e auditivos. Transportes adaptados??? Quem sabe para a Copa Mundial de Futebol e as Olimpíadas?

Nossos agradecimentos e gratidão a todos incluindo os voluntários, que, de alguma forma, nos dão condições de viver com dignidade.  Hoje tenho o privilégio de compartilhar com vocês, meus 30 anos de voluntariado em prol dos deficientes  intelectuais.

                                                                                                                                                                                                   

                                                                                                                             É ISTO

Uma minoria de alunos envergonha a USP de São Paulo - Capital (capítulo final)

 Às 4:00 hs do dia 8 / 11/ 2011 um frio indesejável acompanhado de silêncio significativo amplia a expectativa dos profissionais da mídia. A reitoria da USP mesmo apedrejada, embala o sono dos encapuzados!

 Às 5:00 hs 50 viaturas da PM com as sirenes desligadas, conduz 400 policiais que se posicionam estrategicamente, protegendo todas as entradas e saída da reitoria. Os demais núcleos da USP recebem proteção idêntica. A minoria insignificante de encapuzados é despertada surpreendentemente. Alguns têm reação temerária. Tarde demais ! Os invasores são encaminhados um a um para os assentos dos ônibus que os esperava.

 Destino: Delegacia do Jaguaré; identificação individual, registros necessários, exame de corpo delito. Foi estabelecido o pagamento de fiança no valor de um salário mínimo, não aceito pelos encapuzados. Terminada a logística judicial, todos  "os passageiros" do ônibus serão transferidos para  o Centro Provisório do Belém. Crimes cometidos: danos ao bem público; desobediência à ordem judicial e crime ambiental ( pichação).

Segundo doutor Issami Tiba: "pais que passam a mão na cabeça dos filhos, vão buscá-los na porta da cadeia"

A geração 63+10 detidos pertence ao "mouse"; os pais são seus amigos e vice versa. Não importa o desfecho desta desta história, como profissional fiz parte dela. Encerro mais um capítulo de experiência.

É ISTO!   

Uma minoria de alunos envergonha a USP de São Paulo - Capital

Hoje, 7/11/ de 2011, a Rádio Bandeirantes AM,às 23:10 horas informa:  " a minoria dos encapuzados permanecem nas dependências da reitoria da USP".  A partir de agora a PM e demais autoridades jurídicas, viabilizaram a retirada dos alunos.

    

Uma minoria de alunos envergonha a USP de São Paulo - Capital - 3ª parte

A presença do sol logo pela manhã nos convida a passeios pelos parques, museus, templos etc. Quem resiste a uma carona num dia desses? Aproveitamos pequeno engarrafamento - inusitado para o horário - e pudemos observar o conglomerado da USP !

A propósito o Jornal Estado de São Paulo, Caderno. Metrópole, pág. C 4  em 06/11/2011, destaca: "Pessoal, a gente pode estar a poucos dias de desencadear uma revolução sem volta.  Além de reclamar da MP e do reitor, manifestantes discutem a luta de classes "

Isso não é preocupante não? Quer dizer que 50 encapuzados - minoria absoluta - resolvem transformar a reitoria em palanque político? Ressaltamos que negociar, reconciliar é uma coisa, 'bagunçar' é outra coisa. O convênio da USP e a PM consta da nossa Constituição; ninguém, em sã consciência, tem poderes para mudar preceito constitucional.

Aguardamos da Justiça fazer prevalecer a Constituição; re-ligar a água, luz e a internet foi um passo positivo da USP, em busca de uma saida pacífica. Não basta entregar a reitoria em ordem; os prejuísos da destruição devem ser contabilizados e pagos pelos rebelados. Ou seus pais, é claro! Nossos impostos custeiam os estudos, pesquisas, publicações; jamais abusos e irresponsabilidades

É ISTO!

Uma minoria de alunos envergonha a USP de São Paulo - Capital (parte2)

A USP  - Universidade de São Paulo – fundada há 77 anos, formou centenas de homens públicos, políticos bem sucedidos, empresários de multinacionais, doutores em várias áreas. As mulheres foram pioneiras em medicina, doutoras em educação, artistas plásticas e, mais recentemente, ocuparam cargos em vários escalões políticos. 


A USP foi pioneira em formar pesquisadores de reconhecido talento internacional. Teve períodos e momentos de tormentas superando até ditaduras. Será que os avós, pais, tios dos atuais alunos rebelados nunca disseram aos seus netos, filhos, sobrinhos que eles e nós, pagamos todas as  despesas da USP? 


O povo paulista e paulistano  não  vai  permitir que uma minoria de alunos em pleno século XXI, destruam com paus e pedras, barricadas, impedindo o ir, vir e permanecer  direito consagrado na Constituição Federativa do Brasil. Confiamos também  na Promotoria de Justiça do Patrimônio Público e Social da Capital, cobrando os prejuízos  de quem de direito. Não se trata de punição, trata-se de educação. 

                                                                                               É ISTO  

Já sabemos que os caras  não estão com esta força toda; mas não querem dar o braço a torcer. 

Entre 16:45hs  e 17:15hs. o Grupo Bandeirantes de Rádio AM  informou:  “os alunos  da USP receberam documento de reintegração de posse. Para formalizar o ato é necessário assinaturas dos representantes. O prazo de 24 horas para  deixar  a reitoria é iniciado a partir da entrega do documento assinado, ao Oficial de Justiça.”

Uma minoria de alunos envergonha a USP de São Paulo - Capital (parte1)

Jornal O Estado de S. Paulo, Cad. Metrópole, C 1 tumulto: "PMs detêm três estudantes de História em um flagrante de uso de maconha, quinta-feira, deia 28/10/2011. Há confronto entre alunos e policiais, quebra-quebra e ocupação da FFLCH - Faculdade de Filosofia Letras e Ciências". Foto: Tiago Queiroz

Jornal O Estado de São Paulo, Cad. Metrópole, C 3  29/10/2011. A seguir números e legendas de fotos da ocupação: "Nº 1 com rostos cobertos para impedir a identificação, alunos estenderam faixas contra o reitor e a PM no prédio ocupado. Foto:Hélvio Romeiro/AE. Nº 2 cartaz em erro de português chama policiais de 'exploradores'.Foto: Evelson de Freitas/ AE. Nº 3 manifestantes são acusados de causar danos ao patrimônio público. Foto:Evelson Freitas/ AE. Foto nº 4 barricadas tentam impedir movimentação da polícia no câmpus.Foto: Helio Torchi".

Pesquisa nas saídas do Metrô Sé entre 8 hs. e 9 hs, em 29/10/2011: " qual sua avaliação sobre as fotos da invasão da USP? =  praça de guerra, praça de querra, os caras dão medo, são filhinhos de papai, covardia não mostrar a cara, cadê os pais desses bagunceiros? (...) pequisa encerrada antes de terminar!

Jornal O estado de S.Paulo, Cad. Metrópole, C1  2/11/2011 "estudantes inavadem Reitoria da USP, após assembleia votar fim da ocupação (...) reunião para definir os rumos do movimento teve início às 18 hs. e às 23 hs. foi decidida a desocupação. Votaram pela saída 559 estudantes e pela permanência no prédio, 458. Eles não haviam decidido quando vão desocupar o prédio. Sem a presença da polícia (crivos meus) havia forte cheiro de maconha no local da assembleia, o vão livre da Faculdade de História. Alunos encapusados com paus e pedra arrombaram portão de entrada à 0 hora do dia 3/11/2011. Caio do Valle, Carlos Lordelo, Bruno Paes Manso".

Jornal O Estado de S. Paulo , Cad. Metrópole , C 7 3/11/2011  "reitoria pedirá reintegração de posse" (...) "A principal reividicação dos estudantes é a saída da polícia da Cidade Univercitária -  um convênio entre a PM e a USP foi  firmado depois do assassinato do estudante Felipe Ramos de Paiva, em maio, no estacionamento. Eles também pedem a revogação de processos administrativos contra alunos, funcionários e professores. Carlos Lordelo, Márcio Pinho, Nataly Costa". Às 23;14 hs. o Grupo Bandeirantes de Rádio AM - Jornal de Amanhã - Cesar Sacheto - informa: "uma minoria, aproximadamente 300 alunos, decidem pela permanência da invasão, até receber notificação de reintegração de posse". (continua)