sexta-feira, 28 de junho de 2013

O QUE ACONTECEU COM A PETROBRAS?

Antes duas constatações: queremos voto distrital  e não "distritão" como afirmou o Vice Presidente da República Senhor Temer - Fórum dos Leitores Jornal O Estado de S. Paulo, dia 28/06/2013, Cad.  A2. Queremos a aplicação rigorosa da Lei da Ficha Limpa não só nas eleições mas também em todos os cargos  governamentais ou privados. Basta de omissões engavetando projetos ou Leis elaboradas através de um milhão e seiscentas mil assinaturas  do povo brasileiro. (I.A)
                               A  seguir "O que aconteceu com a Petrobras"?
A compra da refinaria de Pasedena, no Texas, pela Petrobras é o grande escândalo  que o PT vinha abafando mas acabou chegando ao tribunal de Contas da União e, com largas chances, de aterrissar na Justiça Criminal. No início de 2005  a refinaria Pasedena Refining System de Pasadena, no Texas, foi adquirida pela empresa belga Astra Oil Company, pela quantia de U$$42,5 milhões. Em setembro de 2006 a Astra alienou à Petrobras 50% da refinaria mediante o pagamento de U$$360 milhões, ou seja, vendeu metade da refinaria por mais de oito vezes o que pagara pela refinaria inteira, um ano e meio antes. Não seria de estranhar por conseguinte, que a Astra Oil Co. pretendesse vender os 50% que permaneciam no seu patrimônio. Ocorre que por desentendimentos cuja natureza ignoro, a Astra ajuizou ação contra a Petrobras e nela a Petrobras teria sido condenada e, mercê de acordo extrajudicial, pagou à Astra U$$ 820 milhões, pondo fim no litígio.
O estranho negócio que causou prejuízo de pelo menos U$$ 1 bilhão à empresa e seus acionistas, tem como protagonistas pessoas muito próximas a Lula e, sob a ótica do escândalo tem todos os ingredientes necessários para superar com folga o mensalão do PT. No olho do furacão estão Guido Mantega, ministro da Fazenda e atual presidente do Conselho de Administração da Petrobras;  José Sérgio Gabrielli de Azevedo, ex-presidente da estatal petrolífera e atualmente secretário no governo Jaques Wagner; Almir Guilherme Barbassa, diretor financeiro da empresa e presidente da Petrobras Internacional Finance Co., a caixa de Pandora da empresa; Nestor Cerveró, diretor financeiro da BR Distribuidora e Alberto Feilhaber, funcionário da Petrobras durante duas décadas e, há alguns anos trabalhando na Astra Oil, uma das empresas do grupo que atraiu a Petrobras para a refinaria de Pasadena e depois largou a bomba nas mãos dos brasileiros.
O escândalo ganha contornos maiores e mais perigosos porque à época do negócio que pode acabar em tribunal de Nova York, a pedido de investidores internacionais, a presidente do Conselho de Administração da Petrobras, Dilma Rousseff que posicionou-se contra o projeto apresentado por José Sérgio Gabrielli, seu desafeto, mas que por imposição de lula foi obrigado a aceitar o negócio. Com um terço de seu valor corroído nos últimos três anos e enfrentando sérios problemas de fluxo de caixa, inclusive com direito a atraso no pagamento de fornecedores, a Petrobras  vem assustando o mercado financeiro, cujos analistas apostam em um rombo de alguns bilhões de dólares na estatal. Esse crime em termos de governança corporativa que o PT cometeu na Petrobras é infinitamente m ais danosos do que a eventual privatização da empresa. Acontece que nenhum ser humano minimamente lógico e dotado de inteligência, a ponto de ser guindado a cargos de direção em uma empresa como a Petrobras, aceita um negócio lesivo como a compra da refinaria texana,  sem que haja uma plano diabólico por trás.
O Ministério Público federal (MPF) já se debruça sobre o preâmbulo de uma ação que investigará casos concretos de superfaturamentos em contratos firmados pela Petrobras durante a gestão de José Sérgio Gabrielli. Na mira do MPF também estão outros escândalos envolvendo a Petrobras, como a Gemini, empresa através da qual o governo brasileiro repassou, não de graça, o monopólio de produção e comercialização de gás natural liquefeito (GNL) a uma companhia norte-americana. O MPF diz que o fato de a Petrobras ter gastado U$$ 1,18 bilhão para a compra de uma refinaria 'revela possível compra superfaturada de ações pela Petrobras'. O Ministério Público Federal (MPF) no estado do Rio instaurou um procedimento investigativo criminal para apurar possíveis infrações na compra da Refinaria de Pasadena (Texas, EUA) pela Petrobras. A Portaria fala em possível evasão de divisas e peculato, por indício de superfaturamento.
A atual presidente da Petrobras, Graça Foster, foi intimada a depor. Também foram intimados dirigentes que estavam no comando da companha na época em que o negócio foi feito. O ex-presidente José Sérgio Gabrielli, o ex-diretor de Abastecimento Paulo Roberto Costa e o ex-diretor de Internacional, Nestor Cerveró. A portaria é assinada pelo procurador da República Orlando Monteiro Espíndola da Cunha. O procurador também pede uma série de documentos à companhia, incluindo os contratos com a Odebrecht Engenharia Industrial, que contemplam serviços em Pasadena. A Petrobras revisou este ano para quase à metade o contrato fechado na gestão anterior por U$$ 840 milhões. Serão apurados tanto o acordo com a Odebrecht quanto a aquisição de Pasadena por valor acima do mercado, dois casos revelados pelo Broadcast, serviço em tempo real da Agência Estado. O MPF diz que o fato da Petrobras ter gastado U$$ 1,18 bilhão para a compra de uma refinaria que, há oito anos, custou à sua ex-sócia U$$ 42,5 milhões "revela possível compra superfaturada de ações pela Petrobras". E que o teor da representação oferecida ao MPF neste ano pelo Ministério Público junto ao Tribunal de Contas da União relata "ocorrência de fatos capazes de configurar (possível) delito de evasão de divisas".
"Se houver superfaturamento tem de ficar esclarecido assim como o motivo", disse Espindola ao Broadcast. " tese, dirigentes que participaram podem ter se beneficiado". A investigação pode geral denúncia à Justiça Federal. peculato é o crime em que se enquadra desvio de recursos por funcionários públicos. Evasão de divisas é crime contra o sistema financeiro, passível de prisão. Confira como a refinaria de Pasadena transformou-se em um bilionário barril de pólvora prestes a explodir e o escândalo que ronda a refinaria de Abreu e Lima, em Pernambuco. A compra de uma refinaria de petróleo em Pasadena, nos Estados Unidos, considerada obsoleta e pequena para os padrões locais, é o escândalo da vez e tem tirado o sono de muitos integrantes da cúpula petista, preocupados com a reverberação do caso se as investigações avançarem na direção certa, como já demonstra o Ministério Público federal.   
O bisonho negócio começou com a empresa belga Astra Oil comprando a Pasadena Refining System por U$$ 42 milhões. Passado um ano os belgas venderam metade da empresa norte-americana à Petrobras por U$$ 360 milhões.
Como todo escândalo petista sempre tem um capítulo extra, a Petrobras foi obrigada pela Justiça dos estados Unidos, após uma confusão programada, a pagar U$$ 839 milhões por uma refinaria sem condições de processar o petróleo brasileiro. A estatal petrolífera tenta, sem sucesso, se desfazer do mico criado, não por acaso, pelo ex-presidente da empresa, o petista José Sérgio Gabrielli de Azevedo, que ostenta em seu currículo o título de PhD em Economia pela Boston University. A presidente Dilma Rousseff ejetou Gabrielli do comando da estatal, mas desde então não mais tocou no assunto que, quando é lembrado, causa incômodo e nervosismo generalizado no terceiro andar do Palácio do Planalto..Até agora a Petrobras recebeu apenas uma oferta pela refinaria em Pasadena; U$$ 180 milhões. A atual presidente da empresa, Maria das Graças Foster não sabe o que fazer. Se aceitar a única proposta, colocará no já sacrificado caixa da Petrobras um prejuízo e pouco mais de U$$ 1 bilhão, mas há quem garanta que essa conta macabra passa de U$$ 1,6 bilhão.
O caso da refinaria de Pasadena é um considerável escárnio, que exige explicação por parte de Dilma Rousseff e de Lula, mas o calo maior no pé da Petrobras está a construção da refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco. Anunciada por Lula com a pirotecnia oficial que todos conhecem, a refinaria de Abreu e Lima deveria ser erguida em parceria com a Venezuela do tirano oribundo Hugo Cháves, que até o momento não aportou um tostão no empreendimento. Com a Venezuela que tem 40% do negócio, deixando de honrar o compromisso, restou ao governo brasileiro usar o dinheiro do contribuinte para não interromper a obra. Com previsão inicial de investimento na casa dos U$$20 bilhões, podendo ganhar até o final do empreendimento um acréscimo de mais U$$ 10 bilhões. Com o "anúncio da morte de Hugo Cháves é uma questão e será feito somente quando interessar aos bolivarianos" que brigam pelo poder na Venezuela, a participação do governo de Caracas na refinaria pernambucana passa a ser uma inflamável incógnita. Pelo desenrolar dos fatos em Caracas, o governo brasileiro terá de arcar com toda a conta referente à construção da refinaria Abreu e Lima. O que permitirá que a corrupção circule à vontade nas raias de mais uma fanfarrice com o carimbo estelar do Partido dos Trabalhadores.
Fonte: Revista Exame/uncho.info/ Revista Veja
Enviado por Cleuber Carlos do Nascimento 
Digitado por mim, Iracema Alves / jornalista cadeirante em 29/06/2013

quarta-feira, 26 de junho de 2013

7 dicas simples para ajudar o planeta hoje mesmo

por Juan Lourenço, idealizador do blog Eco 4 Planet,



Sustentabilidade, ecologia, meio ambiente… palavras muito bonitas que adoramos dizer, sugerir aos outros o que fazer, mas e nós mesmos, no dia a dia, em casa ou no trabalho, o que podemos mudar para contribuir por um mundo melhor?

Cada pequena atitude conta, e se analisar de verdade, verá que todas podem ser repensadas, desde o café da manhã até a escolha do meio de transporte. Reunimos algumas dicas simples para você começar:

Temperatura 
Procure controlar a temperatura do ambiente evitando o uso de condicionadores de ar ou mesmo ventiladores. Fechar ou abrir uma cortina, abrir janelas e portas para melhorar a circulação de ar (ou fechar nos dias frios), e mesmo a escolha adequada da roupa pode ajudar – nada de blusa de frio com o ar em 17°C!

Transporte 
Dê preferência pelo transporte público, não é tão difícil assim, principalmente para trajetos repetitivos como casa-trabalho-casa. Basta saber o horário e local e se planejar. A emissão de poluentes por pessoa de um ônibus é muitas vezes menor que a de um carro só para te levar, além de reduzir o trânsito nas ruas. Ah, bicicleta e caminhada também são boas alternativas, além de bastante saudáveis.

Reciclagem 
Se sua casa tiver coleta, preferencialmente separe os recicláveis em caixas diferentes por tipo escrevendo nelas a categoria (plástico, papel, vidro, metal…). Se não for possível, coloque numa caixa só ou saco plástico, mas tente separar os tipos em sacolas menores dentro dela. Se a coleta seletiva não passa por aí, procure o ponto de colega mais próximo (muitos supermercados tem os cestos coloridos) para descartar adequadamente.

Energia 
Os eletrônicos consomem bastante energia então procure mantê-los desligado quando não estiver usando, por exemplo ao sair do quarto, mesmo que por um tempo curto, desligue a TV e a luz, coloque o computador em modo de suspensão/dormir ou mesmo na função hibernar. E se não for usar por várias horas ou dias, tire da tomada pois mesmo desligados eles podem consumir energia.

Água 
A água pode cobrir 71% da superfície da Terra mas só 2,8% não está nos Oceanos e da água potável 90% está no gelo Antártico então nada de desperdiçar, isso é bem sério. Procure identificar vazamentos na casa ou torneiras pingando e resolver o mais rápido possível, e ao escovar os dentes mantenha a água desligada. No banho, enquanto se esfrega tente fazer o mesmo.

Lâmpadas 
Por mais que as antigas lâmpadas incandescentes tenha sido substituídas pelas fluorescentes, elas ainda gastam energia e não é pouco. Tente aproveitar melhor a luz natural com cortinas abertas, por exemplo, e desligar as lâmpadas sempre que possível (durante o dia a diferença é tão pouca que muitas vezes ligamos apenas por costume, faça o teste).

Geladeira 
Abrir a geladeira e ficar pensando na vida só é legal se você produzir sua própria energia, e, bem, duvido que seja o caso, então antes de abrir saiba o que vai pegar e se possível em que posição estará para manter a porta aberta o menor tempo possível – a perda de temperatura acontece rapidamente e a geladeira precisará de energia para voltar ao frio de antes.

E você, tem mais sugestões de atitudes simples que ajudam o planeta? Diga pra gente nos comentários!

Iracema Alves / jornalista cadeirante 
Colaboração de Wiglinews

terça-feira, 25 de junho de 2013

SOCORRO NO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL

Posted: 21 Jun.2013 - 07:18 hs                                                                  Por Carlos Chagas
                                                                                                                                   Blog de Dimitri
Serão desastrosas as consequências, se os mensaleiros conseguirem convencer a maioria dos ministros do Supremo Tribunal Federal a iniciar o segundo tempo do julgamento do maior escândalo político nacional, dando o dito pelo não dito e o julgado por não julgado, na apreciação dos embargos apresentados até quinta-feira. Primeiro porque a desmoralização do Poder Judiciário, tendo em vista que os réus já foram condenados em última instância, em seguida a exaustivas investigações e amplas condições de defesa. Depois, porque como reação a tamanha violência jurídica, Joaquim Barbosa poderá renunciar não apenas à presidência do Supremo, mas ao próprio exercício da função de ministro * Esse rumor tomou conta de Brasília, dia 20/06/2013 na esteira de uma viagem que o magistrado faz a Costa Rica, de onde retornará amanhã.
Se verdadeiro ou especulativo, saberemos na próxima semana, mas a verdade é que Joaquim Barbosa não parece capaz de aceitar humilhação sem reagir. depois de anos de trabalho como relator do processo, enfrentando até colegas de tribunal, conseguiu fazer prevalecer a Justiça, nesse emblemático caso em condições de desmentir o mote de que no Brasil só os ladrões de galinha vão para a cadeia. Assistir de braços cruzados a negação de todo o esforço que ia redimindo as instituições democráticas, de jeito nenhum. Em termos jurídicos, seria a falência da Justiça, como, aliás, todo mundo pensava antes da instauração do mensalão. Em termos políticos pior seria: será a demonstração de que o PT pode tudo, a um passo de tornar-se partido único num regime onde prevalecem interesses de grupos encastelados no poder.
Afinal, a condenação de companheiros de alto quilate, por corrupção, ia revelando as entranhas da legenda que um dia dispôs a recuperar o país, mas cedeu à imposições do fisiologismo. Teria a mais alta corte nacional mecanismos para impedir esse vexame? Rejeitar liminarmente os embargos não dá, mas apreciá-los em conjunto pela simples reafirmação de sentenças exaustivamente exaradas, quem sabe? Declaratórios ou infringentes, os recursos compõem a conspiração dos derrotados.
"Somos o único caso de democracia no mundo em que condenados por corrupção, legislam contra juízes que os condenaram. Somos o único caso de democracia no mundo em que as decisões do Supremo Tribunal podem ser mudadas por condenados. Somos o único caso de democracia no mundo em que deputados após condenados, assumem cargos e afrontam o judiciário. Somos o único caso de democracia no mundo em que que é possível que, condenados, façam seus habeas corpus, ou legislem para mudar a lei e serem libertos".
                                                                                                (Ministro Joaquim Barbosa)
                                                                                        
Atenção: Lembrem-se
1 - A Lei da Ficha Limpa está em vigor sendo um instrumento valioso em qualquer tempo;
Leiam "
* Pessoalmente não creio que o Ministro Joaquim Barbosa renuncie ao Brasil (grifos meus)
Digitado por Iracema Alves / jornalista cadeirante em 25/06/2013
Colaboração de Wiglinews


sábado, 22 de junho de 2013

A gota que faltava

por Alexandre Versignassi*

Para entender melhor o que está acontecendo na rua, imagine que você é o presidente de um um país fictício. Aí você acorda um dia e resolve construir um estádio. Uma “arena”.
O dinheiro que o seu país fictício tem na mão não dá conta da obra. Mas tudo bem. Você é o rei aqui. É só mandar imprimir uns 600 milhões de dinheiros que a arena sai.
Esses dinheiros vão para bancar os blocos de concreto e o salário dos pedreiros. Eles recebem o dinheiro novo e começam a construção. Mas também começam a gastar a grana que estão recebendo. E isso é bom: se os caras vão comprar vinho, a demanda pela bebida aumenta e os vinicultores do seu país ganham uma motivação para produzir mais bebida. Com eles plantando mais e fazendo mais vinho o PIB da sua nação fictícia cresce. Imprimir dinheiro para construir estádio às vezes pode ser uma boa mesmo.
Mas e se houver mais dinheiro no mercado do que a capacidade de os vinicultores produzirem mais vinho? Eles vão leiloar as garrafas. Não num leilão propriamente dito, mas aumentando o preço. O valor de uma garrafa de vinho não é o que ela custou para ser produzida, mas o máximo que as pessoas estão dispostas a pagar por ela. E se muita gente estiver com muito dinheiro na mão, essa disposição para gastar mais vai existir.
Agora que o preço do vinho aumentou e os vinicultores estão ganhando o dobro, o que acontece? Vamos dizer que um desses vinicultores resolve aproveitar o momento bom nos negócios e vai construir uma casa nova, lindona. E sai para comprar o material de construção.
Só tem uma coisa. Não foi só o vinicultor que ganhou mais dinheiro no seu país fictício. Foi todo mundo envolvido na construção do estádio e todo mundo que vendeu coisas para eles. Tem bastante gente na jogada com os bolsos mais cheios. E algumas dessas pessoas podem ter a idéia de ampliar as casas delas também. Natural.
Então as empresas de material de construção vão receber mais pedidos do que podem dar conta. Com vários clientes novos e sem ter como aumentar a produção do dia para a noite, o cara do material de construção vai fazer o que? Vai botar o preço lá em cima, porque não é besta.
Mas espera um pouco. Você não tinha mandado imprimir 600 milhões de dinheiros para fazer um estádio? Mas e agora, que ainda não fizeram nem metade das arquibancadas e o material de construção já ficou mais caro? Lembre-se que o concreto subiu justamente por causa do dinheiro novo que você mandou fazer.
Mas, caramba, você tem que terminar a arena. A Copa das Confederações Fictícias está logo ali… Então você dá a ordem: “Manda imprimir mais 1 bilhão e termina logo essa joça”. Nisso, os fabricantes de material e os funcionários deles saem para comprar vinho… E a remarcação de preços começa de novo. Para quem vende o material de construção, tudo continua basicamente na mesma. O vinho ficou mais caro, mas eles estão recebendo mais dinheiro direto da sua mão.
Mas para outros habitantes do seu país fictício a situação complicou. É o caso dos operários que estão levantado o estádio. O salário deles continua na mesma, mas agora eles têm de trabalhar mais horas para comprar a mesma quantidade de vinho.
O que você fez, na prática, foi roubar os peões. Ao imprimir mais moeda, você diminuiu o poder de compra dos caras. Inflação é um jeito de o governo bater as carteiras dos governados.
Foi mais ou menos o que aconteceu no mundo real. Primeiro, deixaram as impressoras de dinheiro ligadas no máximo. Só para dar uma ideia: em junho de 2010, havia R$ 124 bilhões em cédulas girando no país. Agora, são R$ 171 bilhões. Quase 40% a mais. Essa torrente de dinheiro teve vários destinatários. Um deles foram os deputados, que aumentaram o próprio salário de R$ 16.500 para de R$ 26.700 em 2010, criando um efeito cascata que estufou os contracheques de TODOS os políticos do país, já que o salário dos deputados federais baliza os dos estaduais e dos vereadores. Parece banal. E até é. Menos irrelevante, porém, foi outro recebedor dos reais novos que não paravam de sair das impressoras: o BNDES, que irrigou nossa economia com R$ 600 bilhões nos últimos 4 anos. Parte desse dinheiro se transformou em bônus de executivo. Os executivos saíram para comprar vinho… Inflação. Em palavras mais precisas, o poder de compra da maioria começou a diminuir. Foi como se algumas notas tivessem se desmaterializado das carteiras deles.
Algumas dessas carteiras, na verdade, sempre acabam mais ou menos protegidas. Quem pode mais tem mais acesso a aplicações que seguram melhor a bronca da inflação (fundos com taxas de administração baixas, CDBs que dão 100% do CDI…, depois falamos mais sobre isso). O ponto é que o pessoal dos andares de baixo é quem perde mais.
Isso deixa claro qual é o grande mal da inflação: ela aumenta a desigualdade. Não tem jeito. E esse tipo de cenário sempre foi o mais propício para revoltas. Revoltas que começam com aquela gota a mais que faz o barril transbordar. Os centavos a mais no ônibus foram essa gota.





Alexandre Versignassi - Editor de Superinteressante e Aventuras na História, escreveu um livro sobre a história da economia, procurando empregar as lições que aprendeu fazendo divulgação científica...para saber mais clique aqui

quinta-feira, 20 de junho de 2013

O GRITO DA CURITIBANA

O grito de Edvard Munch
Esta senhora deu o grito que está entalado na garganta de todos os brasileiros! Estamos submissos a um governo que dá mostras preocupantes sobre a inflação. Os impostos cada vez mais exorbitantes, não nos oferece: saúde, educação transporte, segurança, direitos adquiridos na Constituição Federativa do Brasil. No próximo ano teremos eleições que tal pensarmos no grito da curitibana?. Lembrem-se também da Lei da Ficha Limpa; não reelejam ninguém que há anos permanece usufruindo altíssimos salários, desfrutando de mordomias tais como: trabalhar três dias por semana; férias duas vezes ao ano; Hospital Sírio Libanês disponível 365 dias ao ano etc. Estamos apenas solicitando que o Executivo e o Legislativo eleitos por nós faz o quê? O Judiciário (salvo raras exceções negativas) tem salvo nosso País. 



A seguir O GRITO DA CURITIBANA  (o grito de uma nação)

EU ACUSO!
" Eu, Anamaria Arruda acuso as autoridades politicas do meu país por assassinato, por inércia e sua incompetência ao permitir que de acordo com dados do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) apesar do Brasil representar apenas 2,8% da população mundial, registra 11% dos homicídios em todo planeta! isso é inaceitável e estarrecedor! Estou cansada de ser brasileira e de ter uma Presidente fantoche de um analfabeto ex-presidente!  Não é mais possível suportar a carga de viver neste país! É incompreensível para mim viver a experiência de andar de dia nas ruas do Cairo e andar sozinha por Telaviv à noite, sem me sentir ameaçada! Aqui fico apavorada só de sair fora do portão do meu prédio à noite. O assassinato de um médico aqui de Curitiba, na última terça-feira 19/02/2013, (Gazeta do Povo) voltou a assombrar a população de Curitiba.
Dói imaginar a angústia que esse homem sentiu por ver sua família ameaçada e não poder fazer nada. Angústia que me leva às lagrimas ao comentar o caso com minha filha, no café da manhã. Não importa que não há laços de sangue entre nós, somos todos irmãos vítimas de uma guerra inominável. Mais uma família destroçada! A arma apontada para minha cabeça há alguns anos na noite em que, ao chegar à casa de uma amiga - levaram meu carro, minha paz e meu sossego; pode disparar a qualquer momento em qualquer esquina. Seja contra o vizinho do meu filho, no Batel, morto diante da mulher e do filho adolescente, ou contra um ex-prefeito, próximo de minha casa, em uma tarde de sábado no centro. Pode ser em uma manhã contra uma moça com o filhinho no colo, morta dentro de uma loja no Boa Vista, ou dentro de uma floricultura, às 14h30 de uma sexta-feira, no Bigorrilho, bairro que que resido.
Não é justo o sentimento de medo que nos domina. Não é humano suportar essa situação que mina nossas energias, abate o nosso espírito, nos faz esperar sempre pelo pior. Quem já passou pelo terror que é estar a mercê de marginais com uma arma apontada para sua cabeça, sabe que jamais será a mesma pessoa. Dirigir olhando constantemente pelo retrovisor, com a incerteza se vai conseguir chegar em casa com vida, convenhamos é um massacre diário!. Caminhar nas ruas agarrada à bolsa é desgastante. Desconfiar de cada pessoa que se aproxima é absurdo. A cada sirene que se ouve, o coração fica apertado, Quem será desta vez? de que adianta o paÍs se vangloriar de seus "altos índices econômicos"? Ou uma cidade de sua qualidade de vida? Que vida é essa? Qualidade de vida é ter um "iPhone no bolso? Até quanto ele será seu? No final dos anos 80 solicitei algumas vezes o Resgate Social aqui no meu bairro para encaminharem crianças que cheiravam cola em plena luz do dia. Eles me responderam que não poderiam fazer nada porque não era permitido levá-las contra a vontade delas. Eu argumentava que se não recebessem assistência mais tarde quando estivessem crescidas  seriam levadas de camburão. Seria isso justo? de lá para cá a criminalidade cresceu assustadoramente.
O crack tomou o lugar da cola; as armas de fogo tomaram o lugar dos canivetes. O discurso da esquerda de que a violência seria resultado das diferenças sociais não "cola" mais. Acredito que a razão maior para chegarmos ao ponto que chegamos seja a nossa tolerância com a maneira miserável de sermos governados. Por aceitar a dignidade perdida pela preguiça que temos de sair à ruas exigindo um país com vergonha na cara* Por achar que viver dessa maneira é uma "fatalidade". Não é !!! Fatalidade são terremotos, maremotos, tempestades... Por um som de pagode, a vitória do time favorito ou a última aquisição tecnológica,  a maioria do povo brasileiro acha que vive em um país decente. A droga escraviza todos nós quando nos dão a carta de alforria? 
Governos do Estados Federal acordem! A segurança pública é sua responsabilidade! Não gastem a verba de que dispõem com publicidade! A melhor publicidade do seu governo é uma população com Segurança, Saúde e Educação! É acima de tudo uma população sem medo! Chaga de ouvir vocês dizerem: "Não reajam! Entreguem tudo"! Nós é  que dizemos a vocês: reajam "entreguem seus míseros cargos, políticos corruptos que legislam em causa própria portanto, não são dignos deles"!  O povo do Paraná e de todo o nosso Brasil agradece.
* Anamaria Arruda, espero e faço votos que você tenha participado ou acompanhado as passeatas desde o dia 17/06/2013 até hoje, dia 20/06/2013.

Fonte: Maria Emília Borba
Iracema Alves / jornalista cadeirante
                     Colaboração: Wiglinews 



"O Gigante Despertou" - Dora Incontri

Não conhecíamos Dora Incontri, mas o poema que ela escreveu em seu blog Educação, Cultura, Arte e Espiritualidade temos obrigação de divulgar...

17 de junho de 2013, dia em que o Gigante acordou

Num momento em que explodem as insatisfações seculares de um povo, que já não aguenta mais o cinismo das classes dominantes, apenas podemos manifestar melhor nossa adesão, através de um poema, que grite na internet, como nas ruas está gritando o povo!

Não são os vinte centavos
Que movem as multidões
E assombram nosso congresso
e assolam os corações!
 
São séculos de opressão
Inesgotáveis impostos
Corrupção sem fronteiras
E cínicos sempre a postos!
 
É nosso trabalho escravo
Sustentado vis Sarneys
É nossa descrença crônica
Na equidade das leis!
 
São as crianças nas ruas
São hospitais em pedaços
São escolas depredadas
E os políticos devassos!
 
Não é um partido ou outro
É uma casta que domina
Desde o Império à República
E nossa esperança mina!
 
O povo se movimenta
Nas ruas embandeiradas
E nasce em nós a centelha
De esperanças tão guardadas!
 
Esperanças de um Brasil
De justiça repartida
De igualdade verdadeira
E de infância protegida!
 
Não são os vinte centavos
Que movem as multidões
Mas é a esperança escondida
Que agita nossas visões!
 
A medida derramou
O gigante se mexeu
Façamos a nossa parte
Eles, nós, vocês e eu!



Iracema Alves / jornalista cadeirante
Colaboração de Wiglinews

domingo, 16 de junho de 2013

FISIATRA TRATA O QUÊ? *

Lendo ou escrevendo matérias sobre as mais diversificas áreas nos deparamos com textos densos, abordando tragédias nacionais e internacionais, alta e queda do dólar, idem com as bolsas de valores, sobre a corrupção, notícias esportivas particularmente, o futebol que, desta vez suou a camisa, para conquistar pontuação para a próxima copa do mundo. As grandes manchetes  permanecem em destaque por algum tempo e de repente desaparecem de circulação. Salvo as exceções a mídia deve ter em mente que não basta dar a notícia boa ou má, é necessário permanecer atento aos fatos para os acontecimentos não cair no esquecimento. Informar também é "formar" leitores aptos a opinar para que haja debates, trocas de experiências e multiplicadores de informações.
Na sala de espera do consultório médico de relance olho a capa da Revista com esta manchete: "Fisiatra trata o quê?" texto de Doutor Marcelo Saad*. Devido a uma Síndrome sou cadeirante e Dr. Saad naquela ocasião fazia parte da equipe que me cuidava. Ressalto que o título desta matéria aliado a uma frase do texto de Dr. Saad me deixou incrédula: "o problema de esclarecimento da população e da classe médica sobre a Fisiatria  (sic)" admito que lidar com mentalidades é um procedimento árduo, exigindo perseverança, paciência e tolerância. O processo de conscientização costuma ser longo. No entanto, o mesmo artigo traz uma almejada informação: a especialização de fisiatria vai entrando devagar nos currículos das faculdades. Importante este primeiro passo; que os reitores das faculdades e universidades consultem seus colegas da Europa e USA, a Fisiatria reabilitava os mutilados das 1ª e 2ª guerras.
Vou além: há vinte anos arregacei minhas mangas e fui visitar o Lar Escola São Francisco especializado no tratamento das pessoas com deficiência física, mental, auditiva e visual. Fui atendida por Rose, assistente social super. simpática, que me fez a relação de como "formar" uma Associação ou Conselho para assuntos das pessoas com deficiência. Dois meses depois nosso Estatuto estava registrado nos órgãos competentes. A Associação Estadual das Pessoas com Deficiência orientadas por mim (secretaria), fartamente documentadas com ofícios técnicos e científicos elaborados pelos  próprio médicos fisiatras, iniciamos uma árdua caminhada entregando nossa  reivindicação: atendimento da especialidade de Fisiatria  que reabilita as deficiências de centenas de milhares de pessoas com deficiência.
O médico Fisiatra trata o quê? Pacientemente ele resgata nossa auto estima, reconstrói cada músculo atrofiado, articulações lesadas, posturas corporal inadequadas, vértebras "soterradas", ausência de movimentos do esqueleto provocados pelas mais variadas patologias. O médico fisiatra trata de Gente e em se tratando de Dr. Marcelo Saad após a aplicação de acupuntura ele despede-se de seus pacientes assim: Foi um prazer! 
* Atual Médico Fisiatra e Acupunturista; Doutor em Ciência  da Reabilitação pela UNIFESP (Universidade Federal de São Paulo, membro Diretor da Associação Médico-Espirita de São Paulo, Secretário Geral da Sociedade Brasileira DMR - Divisão de Medicina de Reabilitação  (em 16/06/2013 Instituto Lucy  Montoro - Vila Mariana), Médico Assistente da Divisão de reabilitação do HC/ FMUSP - Faculdade de Medicina da USP e da Disciplina de Fisiatria da Universidade Federal de São Paulo - EPM - Escola Paulista de Medicina.
Fonte: Revista Acta Fisiátrica - junho de 2001 - Volume 8 - Número 2  
Iracema Alves / jornalista cadeirante
Colaboração Wiglinews
Nota: A imagem que ilustra o post é do blog Fisiatria al Dia da Nicarágua

segunda-feira, 10 de junho de 2013

A NATUREZA NÃO RECLAMA, VINGA-SE

 por Faustino Vicente*
A palavra grega ISO que significa igualdade é a sigla da International Organization for Standardization, ou seja, Organização Internacional para Normatização, fundada em 1947, localizada em Genebra - Suíça. Trata-se de uma entidade não-governamental que edita uma série de normas técnicas, reconhecidas internacionalmente, que visam padronizar e melhorar a qualidade de produtos e serviços de empresas do mundo todo. Milhares de empresas de mais de uma centena de países têm investido na busca de um Certificado de Qualidade ISO. Ela pode ser entendida como : "escreva o que e como você faz e faça como você escreveu". 
Do elenco de normas existentes daremos destaque nesta oportunidade para a ISO 14.001 - Sistema de Gerenciamento Ambiental (SGA) - que objetiva prevenir, eliminar ou minimizar os efeitos nocivos ao meio ambiente causados por empresas privadas ou públicas. Os passos para a implementação desta norma estão assim definidos: 

  1. comprometimento e definição da política de meio ambiente; 
  2. planejamento do sistema de gestão ambiental (SGA); 
  3. implementação do (SGA); 
  4. medições e avaliações; 
  5. revisão e melhorias contínuas. 
Conscientizar, envolver e comprometer - do presidente ao servente - é de fundamental importância para que o SGA atinja as metas pré-estabelecidas. Acompanhar rigorosamente para que o SGA  e validar cada uma das etapas do processo operacional da fabricação dos produtos, da prestação de serviços e o procedimento obrigatório para garantir o equilíbrio do meio ambiente e a melhoria continuada da qualidade de vida.
Para que o SGA seja bem-sucedido é recomendável fazer um diagnóstico através do diagrama dos 7Ms: 

  1. mercado; 
  2. mão-de-obra;
  3. matéria-prima; 
  4. máquinas; 
  5. métodos; 
  6. medição; 
  7. meio ambiente. 
Essa análise crítica nos levará a reduzir as possibilidades de poluição, reutilizar parte do que já foi usado, reciclar todo tipo de sucata e reinventar novos processos operacionais para a fabricação de produtos e prestação de serviços. A agressão ao meio ambiente é também um desrespeito à massa consumidora, que está tendo a sua percepção despertada para recusar produtos e serviços de empresas ecologicamente incorretas.
Os gravíssimos problemas que estão ocorrendo com o aquecimento global não devem ser atribuídos apenas a uma parcela da classe empresarial, os governantes também têm a sua parte de responsabilidade na degradação do meio ambiente. Políticas públicas ineficientes, fiscalização insuficiente, investimento em saneamento básico aquém das necessidades, excesso de burocracia e corrupção, são fatores da mesma equação - ações públicas ineficazes. Além da iniciativa privada e dos órgãos públicos cabe, a cada um dos sete bilhões  de habitantes do planeta azul, a sua cota de responsabilidade pela preservação do meio ambiente. Combate ao desperdício de toda espécie, redução do volume de lixo, coleta seletiva, jogar o lixo no lixo, incentivos à cooperativas de coleta e implementação da CIPRAM - Comissão Interna de Preservação Ambiental - são medidas indispensáveis à qualidade de vida. A educação pode contribuir para que tenhamos maior consciência sobre a chamada - Pegada Ecológica que significa o "quanto da terra produtiva, área florestal, energia, habitação, água, mar, urbanização e capacidade de absorção dos dejetos,cada pessoa necessita para viver de forma minimamente digna. A esse conjunto de fatores, Martim Rees e Mathis Wackermagel deram o nome de "ecological footprint" (pegada ecológica), cujo estudo indica 2.8 hectares para cada pessoa".
Numa simples reflexão sobre alguns textos da Bíblia (Gênesis 1.24.31+2,1-19 e Deuteronômio 8,7-10), podemos encontrar referências sobre a preservação do meio ambiente, desenvolvimento sustentável do ser humano e a destinação social dos recursos naturais da terra. Esse Livro Sagrado prevê, até punição para os que destroem a Terra (Apocalipse 11:18)


* Autor do texto: Doutor Faustino Vicente, advogado, professor,  consultor de Empresas e órgãos Públicos. Divulga a cidade de Jundiaí - Estado de São Paulo - Terra da Uva para o mundo. E-mail: faustino.vicente@uol.com.br  
Digitado por
Iracema Alves / jornalista cadeirante
Colaboração de  Wiglinews

quinta-feira, 6 de junho de 2013

PLANEJAMENTO MARINHO E A DEPENDÊNCIA DO PETRÓLEO

Entrevista especial com Guilherme Dutra

 “Brasil continua sem um plano nacional de contingência para lidar com vazamentos de grande escala. Se isso ocorrer em uma área sensível, será uma catástrofe”, adverte o biólogo.

Confira a entrevista.

Foto: www.sosriosdobrasil.blogspot.com.br
“O Brasil tem avançado muito pouco na agenda de proteção dos ecossistemas marinhos. Hoje, menos de 1,6% de nossa Zona Econômica Exclusiva – ZEE encontra-se em algum tipo de unidade de conservação”, diz Guilherme Dutra à IHU On-Line em entrevista concedida por e-mail. Para ele, a oferta de mais de 170 blocos de petróleo em áreas onde a biodiversidade ambiental é pouco conhecida, oferecida na 11ª Rodada de Licitações da Agência Nacional de Petróleo – ANP, “põe em risco não somente a biodiversidade, mas também os serviços que dependem dela, como a pesca, o turismo, a fixação de carbono, a proteção da costa”.
Dutra questiona a venda de blocos de petróleo que estão em áreas pouco estudadas. “Esse procedimento é arriscado para todos”, afirma. E questiona: “Se as áreas concessionadas mostrarem-se de grande risco após os estudos de impacto ambiental? O Ibama vai negar a licença e a ANP vai devolver os lances recordes recebidos das empresas? Quem vai arcar com os prejuízos  e riscos? O correto seria obter dados primários antes das concessões, o que passou longe de ocorrer. Empurraram-se os conflitos para frente”.
Guilherme Dutra é biólogo pela Universidade Federal de Minas Gerais – UFMG e mestre em Ecologia pela Universidade Estadual de Campinas – Unicamp. É diretor do programa marinho da Conservação Internacional – CI no Brasil.

Confira a entrevista.

IHU On-Line – Como o senhor vê o processo da 11ª Rodada de Licitações, da Agência Nacional do Petróleo – ANP e quais os possíveis impactos ambientais?
Foto: www.grupoescolar.com

Guilherme Dutra – Vejo com preocupação. O Brasil tem avançado muito pouco na agenda de proteção dos ecossistemas marinhos. Hoje, menos de 1,6% de nossa Zona Econômica Exclusiva – ZEEencontra-se em algum tipo de unidade de conservação, o que está muito abaixo do necessário para proteger sua biodiversidade. A oferta de blocos de petróleo, sem a definição prévia das áreas que devem ser protegidas, põe em risco não somente a biodiversidade, mas também os serviços que dependem dela, como a pesca, o turismo, a fixação de carbono, a proteção da costa. Além disso, o Brasil continua sem um plano nacional de contingência para lidar com vazamentos de grande escala. Se isso ocorrer em uma área sensível, será uma catástrofe.

IHU On-Line – O que se conhece das bacias situadas na margem equatorial, onde estão localizados 170 dos 289 blocos ofertados pela 11ª Rodada de Licitações?

Guilherme Dutra – Realmente é uma das regiões menos conhecidas do país. O que sabemos é que estão ali os mais bem preservados e mais extensos manguezais do nosso Brasil, que abrigam uma grande produção pesqueira e que sustentam milhares de famílias. Ao mesmo tempo, os manguezais estão entre as áreas mais sensíveis avazamentos de óleo. Mas, como não conhecemos bem as correntes nestas áreas, é difícil dizer o que aconteceria no caso de um vazamento.

IHU On-Line – Quais as áreas de preservação que estão próximas aos blocos?

Guilherme Dutra – Há blocos próximos de várias unidades de conservação, incluindo os seguintes: a APA Costa dos Corais (PE/AL), o Parcel de Manoel Luiz (MA), as RESEX localizadas na costa do Maranhão e Pará e até do Parque Nacional de Cabo Orange, que detém um dos maiores manguezais preservados do país.
IHU On-Line – Caso ocorra um vazamento de óleo durante a extração de petróleo nessa região, quais os riscos de atingir as unidades de conservação?
Guilherme Dutra – Se acontecerem vazamentos e o óleo chegar a estas áreas, os impactos serão enormes. Todas possuem manguezais ou recifes de corais que estão entre os ambientes mais sensíveis ao toque de óleo. Em algumas áreas as perdas seriam irreversíveis.

IHU On-Line – Como é possível que a ANP ofereça os blocos e as empresas os comprem, sendo que se trata de uma área pouco estudada? Qual seria o procedimento correto a ser feito nesse caso?

Guilherme Dutra – Esse procedimento é arriscado para todos. E se as áreas concessionadas mostrarem-se de grande risco após os estudos de impacto ambiental? O Ibama vai negar a licença e a ANP vai devolver os lances recordes recebidos das empresas? Quem vai arcar com os prejuízos e riscos? O correto seria obter dados primários antes das concessões, o que passou longe de ocorrer. Empurraram-se os conflitos para frente.
Na região dos Abrolhos, quando o governo planejou oferecer blocos, fizemos simulações que mostravam que vazamentos moderados de óleo atingiriam os recifes da região há distâncias de até 150 quilômetros, dependendo da situação de ventos e correntes. Felizmente o governo mudou de ideia. Será que fará o mesmo agora?

IHU On-Line – O que isso demonstra sobre a agenda ambiental do governo brasileiro?

Guilherme Dutra – Que ela é essencialmente reativa. Isso leva os conflitos para quem está na ponta, para o técnico que tem que analisar o EIA e não para o tomador de decisão. Isso é muito ruim para todos.

IHU On-Line – É possível explorar o petróleo e preservar o meio ambiente?

Guilherme Dutra – É possível, mas para isso é necessário planejamento. Precisamos pensar no futuro de forma mais ampla e sensata. Um esforço nacional de planejamento marinho diminuiria muito os conflitos do uso desta parte do território. Assim como planejar e tornar mais eficiente nossa matriz energética renovável reduziria muito nossa dependência do petróleo.

domingo, 2 de junho de 2013

Lançamento Infantil: O garoto da cadeira de rodas voadora

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o garoto da cadeira de rodas voadora
O garoto da cadeira de rodas voadora

Livro em forma de história em quadrinho mostra a vida de Pardal, um garoto em uma cadeira de rodas que imagina diversas aventuras para além de suas limitações.
Pardal é passarinho? Quem foi que disse? Nessa história Pardal não é passarinho, não, mas pensava que era, até voar do 4º andar e se arrebentar todinho no chão. Foram sonhos e ossos quebrados. Ainda bem que os destinos se renovam, como bem sabemos, e foi isso que aconteceu com o menino, depois que ficou motorizado com sua cadeira de rodas. 

Parar de sonhar nunca, e foi isso que ele fez, por meio do desenho. Virou um desenhista e descobriu novos horizontes. Começou a criar histórias em quadrinhos, imaginou e escreveu sobre uma estranha cidade de rodas, Rodonópolis. Um novo mundo. Um mundo dentro do outro. Uma história repleta de magia e surpresas que mistura duas dimensões: o imaginário e o real. Lá, nenhum parto era tranquilo. Bebês já nasciam com suas respectivas cadeiras de rodas. As perninhas e os pezinhos eram só enfeite. As cadeiras de rodas eram feitas de ossos e nervos, sempre grudadas ao corpo, como se fossem coluna dorsal e, com o passar dos anos, os ossos e os nervos se transformavam em lata...em aço. 

E pra deixar a história mais interessante, Pardal trouxe para Rodonópolis, Ramon - um herói que assustou os moradores da cidade, tudo porque ele era diferente de todos os outros rodonopolitanos. Ramon nasceu sem sua cadeira de rodas de ossos e nervos. Isso mesmo! Para a surpresa de todos, ele andava com as pernas e pés. Apesar de sofrer muito em um mundo diferente de sua realidade, a história de Pardal virou um sucesso, Ramon ganhou alguns amigos verdadeiros e, assim como seu criador, gostava de pensamentos mágicos e por isso, apesar das diferenças, nunca pararam de sonhar.

Título: O garoto da cadeira de rodas voadora
Autor: Almir Correia
Editora: Paulinas
Coleção: Fazendo a diferença (Série Pula-corda)
Formato: 18,0 x 26,0
Páginas: 48
Código: 521795
ISBN: 9788535632354
Preço: R$ 16,50

O Autor
ALMIR CORREIA é escritor de literatura infantojuvenil, criador, roteirista, além de produzir e dirigir curtas e animações. Foi diretor e produtor-executivo da série de desenho animado Carrapatos e Catapultas (projeto AnimaTV - produzido pela Rede Cultura/TV Brasil, em 2011, e por Cartoon Network, em 2012). Já publicou 27 livros.

O Ilustrador 
FÁBIO HENRIQUE CHIBILSKI é quadrinhista e ilustrador. Foi professor de artes visuais no SENAC de 2000 a 2003. Participou de vários salões de artes plásticas em Ponta Grossa. Fundou o Estúdio de Histórias em quadrinhos e ilustração INK Blood Comics, tendo como clientes mais de 60 comics até 2012. Atualmente trabalha com seu assistente de arte Cidglei Vamtroba, responsável pela cor e arte final nas revistas em quadrinhos.

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