Um artigo publicado com destaque na edição desta quinta-feira, dia 25 de abril de 2014 no jornal britânico The Guardian sugere que o Brasil deveria cancelar a realização de diversos esportes nas Olimpíadas do Rio de Janeiro de 2016 - sobretudo os de elite, como tênis, golfe, iatismo e hipismo - e realizar um evento mais barato e enxuto.
Simon Jenkins diz que o Brasil tem sido constantemente criticado pelo Comitê Olímpico Internacional (COI) por atrasos nas obras. O Brasil teria completado apenas 10% das estruturas das Olimpíadas. Em Londres, dois anos antes do Evento, esse índice já era de 60%.
Para ele o Brasil deveria rejeitar as críticas do COI e investir menos nas Olimpíadas. Isso seria uma forma de "salvar" os Jogos dos gastos excessivos e incompatíveis com a realidade da maioria dos países.
"Com as eleições em outubro de 2014 e o apoio aos Jogos despencando, políticos do Brasil poderiam alegar motivos de força maior, desmascarar o blefe do COI e sediar uma versão enxuta de austeridade dos Jogos, como na Grã-Bretanha fez em 1948".
Simon Jenkins diz que o Brasil tem sido constantemente criticado pelo Comitê Olímpico Internacional (COI) por atrasos nas obras. O Brasil teria completado apenas 10% das estruturas das Olimpíadas. Em Londres, dois anos antes do Evento, esse índice já era de 60%.
Para ele o Brasil deveria rejeitar as críticas do COI e investir menos nas Olimpíadas. Isso seria uma forma de "salvar" os Jogos dos gastos excessivos e incompatíveis com a realidade da maioria dos países.
"Com as eleições em outubro de 2014 e o apoio aos Jogos despencando, políticos do Brasil poderiam alegar motivos de força maior, desmascarar o blefe do COI e sediar uma versão enxuta de austeridade dos Jogos, como na Grã-Bretanha fez em 1948".
"Coragem que faltou a Londres"
Eu ainda acredito que o Rio de Janeiro tem tempo de mostrar coragem que faltou a Londres em 2005 (ano em que a capital britânica foi escolhida para sediar os Jogos de 2012). Londres gabou-se que sediaria os 'Jogos do Povo'. Mas acabou capitulando à grandiosidade do COI, construindo um novo estádio, em vez de usar o de Wembley, e elevando seu orçamento de US$ 4 bilhões para US$ 13 bilhões", escreve Jenkins.
"O Rio de Janeiro poderia fazer justamente o oposto. Ele poderia receber o mundo com qualquer estádios e arenas que sobraram dos Jogos Pan-Americanos de 2007 e se amparar na televisão para levar os Jogos aos demais."
"Se fizer isso daí, em vez de ser abusado por atraso e incompetência, esta cidade magnifica teria o mundo comemorando sua ousadia e sua coragem"
Eu ainda acredito que o Rio de Janeiro tem tempo de mostrar coragem que faltou a Londres em 2005 (ano em que a capital britânica foi escolhida para sediar os Jogos de 2012). Londres gabou-se que sediaria os 'Jogos do Povo'. Mas acabou capitulando à grandiosidade do COI, construindo um novo estádio, em vez de usar o de Wembley, e elevando seu orçamento de US$ 4 bilhões para US$ 13 bilhões", escreve Jenkins.
"O Rio de Janeiro poderia fazer justamente o oposto. Ele poderia receber o mundo com qualquer estádios e arenas que sobraram dos Jogos Pan-Americanos de 2007 e se amparar na televisão para levar os Jogos aos demais."
"Se fizer isso daí, em vez de ser abusado por atraso e incompetência, esta cidade magnifica teria o mundo comemorando sua ousadia e sua coragem"
"A Copa está custando URS$ 4 bilhões ao Brasil só em estádios para 64 jogos, mais o mesmo valor em infraestrutura. Isso é assustador US$ 125 milhões por partida. Só generais em guerra e autoridades suíças de esporte conseguem contemplar gastos tão obscenos."
Jenkins diz que eventos grandes "traumatizam" cidades grandes e complexas, e acusa o COI de ser "viciado em extravagâncias".
Ele também descarta os efeitos do legado destes eventos nos países.
Jenkins se disse inicialmente entusiasmado com o programa Morar Carioca, de investimento em infraestrutura de moradia para 200 mil pessoas em favelas no Rio de Janeiro. "esse plano seria legado verdadeiro, um dos projetos de renovação urbana mais criativos que já vi em qualquer lugar.
"No entanto, para ele, o programa da Prefeitura do Rio de Janeiro foi praticamente abandonado pelas autoridades."
Ele também descarta os efeitos do legado destes eventos nos países.
Jenkins se disse inicialmente entusiasmado com o programa Morar Carioca, de investimento em infraestrutura de moradia para 200 mil pessoas em favelas no Rio de Janeiro. "esse plano seria legado verdadeiro, um dos projetos de renovação urbana mais criativos que já vi em qualquer lugar.
"No entanto, para ele, o programa da Prefeitura do Rio de Janeiro foi praticamente abandonado pelas autoridades."
Para Ler Mais:
02/12/2013 - Conjuntura da Semana. Copa do Mundo 2014, ilegítima. elitista, privatista e antipopular.
Nota do Blog: Um dos mais competentes técnico de futebol declarou em recente programa de entrevistas: "se o Brasil ofereceu-se para ser Sede da Copa do Mundo em 2014", deveria no dia seguinte fixar os Editais organizadamente e iniciar as construções inerentes ao grandioso Evento Mundial. Restando um mínimo de prazo ninguém sabe ninguém viu. Nós já vimos esse filme infinitas vezes.... (IA)
Fonte: BBC Brasil / Instituto Humanitas Unisinos
Iracema Alves - jornalista cadeirante autônoma
Diagramador: WNews