sexta-feira, 1 de dezembro de 2017

 
                 
                      Por que matar seu filho?
   
 
Os três funcionários daquela seção eram bons amigos. A senhora que ocupava o cargo de chefia era uma espécie de mãe para aqueles dois rapazes. O horário de expediente não era próprio para intensificar a amizade. Por essa razão Ronaldo, na verdade o expediente não era próprio, casado, convidou o amigo para visitar sua casa. Raul, o jovem solteiro, passou a frequentar o lar do colega e os laços do afeto  se estreitaram também com sua jovem esposa. Passado algum, tempo, o casal comemorava o nascimento da primeira filha, Ana Claudia. O tempo passou. Certo dia Ronaldo chegou ao trabalho meio cabisbaixo, o que não passou desapercebido ao amigo, sempre atencioso e sensível. O que está acontecendo? Perguntou...
 
Ronaldo disse-lhe que algo o estava preocupando muito e convidou  Raul para tomar um cafezinho habitual, alguns minutos antes. Precisava desabafar. Mal sentaram à mesa e Ronaldo foi falando: sabe que minha esposa esta grávida outra vez?  E, rápido, completou, aborrecido: Eu não vou aceitar esse filho. Já marcamos  o aborto para amanhã cedo. Vamos tirar a criança. Raul sentiu como se fosse o chão lhe faltasse sob os pés. Como Cristão, não conseguia entender como um pai e uma mãe têm coragem de cometer um crime desses. Ronaldo continuou: Não dá para aceitar um filho logo em seguida do outro. Nossa menina está coma apenas dez meses. 
 
Raul agora entendera melhor as razões do amigo e perguntou: com sincera vontade de obter uma resposta séria: mas, por que você deseja matar  seu filho? A pergunta caiu como uma bomba no coração de Ronaldo. Ele pensara em abortamento, não no que ele representa: homicídio. Raul ainda lhe fez mais uma pergunta: E se sua filha vier a morrer, como ficarão as coisas?  Ronaldo ficou desconcertado, abaixou a cabeça terminou de tomar seu café e voltaram, ambos para o trabalho. Naquela noite, Raul
rogou com fervor a Deus para se salvasse aquela criança. No dia imediato, embora ansioso, não teve coragem para perguntar nada. Temia a resposta. Porém, Ronaldo tomou a iniciativa: Minha esposa e eu não conseguimos dormir esta noite...O coração do amigo bateu acelerado. Logo, Ronaldo concluiu : resolvemos deixar que venha mais um... 
 
Raul explodiu em lágrimas de profunda alegria. Meses depois estava na festa do casal, contemplando, feliz, o paizão exibindo as duas meninas, uma em cada braço. O tempo passou. Então, retornando de breve viagem,  Raul não encontrou o amigo na repartição, e quis saber o que havia acontecido. A chefe lhe falou: então, você ainda não sabe? Não, me diga o que houve. E a noticia o abalou ao ouvir a resposta: a filha mais velha do Ronaldo morreu... Raul dirigiu-se imediatamente para o lar dos amigos. Ronaldo chorando, discretamente, com a segunda filha adormecida em seu colo, disse a segunda filha adormecida em seu colo, disse com profunda dor ao amigo?
Quero lhe agradecer por ter salvado minha vida. Se você não tivesse evitado que eu matasse Ana Paula, a essa hora eu já teria matado a mim movido pelo remorso e pelo desespero.
 
Ambos se abraçaram e choraram juntos por algum tempo. Entretanto por ter  se abraçaram e choraram juntos por algum tempo. Entretanto, Raul não esqueceu de agradecer a Deus por ter atendido as suas preces, poupando a vida daquela criança, que agora dormia, serena, no colo do pai, que um dia havia pensado em matá-la, no ventre da mães 
 
NOTA: Redação do Momento Espírita, com base em fato
                 narrado, por Raul Teixeira em palestra na 
                 Comunhão  Espirita Cristã
                          Curitiba p PR  em 29/11/2017
Iracema Alves
jornalista gestora cadeirante
 
 

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