domingo, 24 de novembro de 2013

Abaixo-Assinado contra a cobrança de taxas extras para alunos com deficiência

Estamos colhendo assinaturas para aprovar Projeto de Lei Municipal que apresentaremos à Câmara Municipal de Ribeirão Preto, assim como na Câmara Federal e Congresso, solicitando a proibição de cobranças taxas extras para estudantes com deficiências, necessitados de mediador escolar, em conformidade com os objetivos da Política Nacional de Educação Especial e da Educação Inclusiva. As assinaturas colhidas podem ser entregues na Ordem dos Advogados do Brasil - Rua Cavalheiro Torquato Rizzi, 215 - Ribeirão Preto/SP, GAIADI, COMPPID - Rua Dom João VI, 115 - Ribeirão Preto/SP ou diretamente a mim - Samira Andraos Marquezin Fonseca.
Uma pesquisa organizada pelo Encontro em Medição e Inclusão (EMI), na última quinta-feira, no Rio de janeiro, discutiu o papel do mediador escolar, que atua na promoção da inclusão de alunos com deficiência nas escolas comuns. Com a garantia Constitucional de que os alunos com deficiência devem frequentar o ensino regular, as escolas particulares muitas vezes entendem que as demandas desses alunos vão para além das possibilidades dela, e por isso levam aos pais a necessidade de um profissional que acompanhe a criança/adolescente na escola. A família, na maioria das vezes, fica responsável pela contratação e pagamento desse profissional, embora esta prática seja questionada. Em Brasília, por exemplo, a partir da denúncia de mães e pais ao Ministério Público, foi sancionada uma Lei que proíbe as escolas a cobrarem taxas extras para estudantes com deficiência. 
Profissão ainda pouco conhecida, o mediador acompanha crianças com deficiência no cotidiano escolar. "O primeiro e mais fundamental objetivo do mediador é ajudar o aluno a criar suas próprias ferramentas para usufruir do espaço escolar independente, tornando sua vida escolar mais potente e autônoma. Uma vez que esse objetivo seja atingido, acreditamos que o mediador deixe de se fazer necessário e o aluno pode continuar se aprendizado junto com professores e amigos", diz a psicopedagoga Sheina Tabak. Sheina é uma das coordenadoras do EMI, uma associação de medidores que surgiu em 2011, no Rio de janeiro e que se reúne para refletir sobre os possíveis caminhos para se trabalhar a inclusão no cotidiano escolar, com uma prática que investe na construção de autonomia e nas potencialidades dos alunos em situação de inclusão. A maior parte das mediadoras do EMI é formada em psicologia pedagogia. 
Geralmente cabe ao mediador, junto com o professor, a adaptação do material, de tarefas feitas em sala de aula e de provas e estar sempre conversando com coordenadores e professores sobre os melhores caminhos para o aluno, de forma a consolidar uma parceria mediador-escola, entre outras atribuições. Além disso é também papel da medição propor o encontro entre a família, escola, terapeutas, enfim, todos envolvidos no desenvolvimento, progressão acadêmica e bem-estar da criança. "O mediador atua como uma ponte entre o aluno e as suas elações-professores, colegas, coordenação e o próprio aprender, visando a autonomia. Buscamos encurtar esta ponte cada vez mais, devolvendo à escola e ao professor o papel garantir a escolarização de qualidade a esse aluno", explica Nira Kaufman, psicóloga e também coordenadora do EMI.
Uma das estratégias usadas para que o suporte vá diminuindo aos poucos e se alcance a autonomia, é o atendimento apenas 4 vezes por semana. No quinto dia, a escola e todos os seus atores se tornam responsáveis pela promoção da inclusão do aluno com deficiência, inclusive o próprio estudante. nesse sentido, a mediação seria vista como uma preparação do ambiente escolar para que a escola se adeque e assuma de fato a responsabilidade para acolher a todas as crianças. A tendência é que as próprias escolas particulares contratem funcionários com essa função para servir a toda a escola. Algumas já estão investindo nisso.
Mais informações: - EMI   http://eminclusao.wordpress.com 
Iracema Alves
Colaboração Wiglinews

   
  

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