segunda-feira, 4 de julho de 2016

BONDADES VESUS CONFIANÇA (...)


 
 
 
 
O governo vai precisar de confiança de empresários e consumidores para conduzir o País de volta ao crescimento e, ao mesmo tempo, para iniciar a execução de uma ambiciosa pauta de reformas. Precisará também de apoio político, especialmente no Congresso, cada passo importante poderá exigir negociações. Sinais de confiança começam a aparecer, mesmo num quadro de muita incerteza, e reforçam o capital politico o presidente em exercício Michel Temer. Mas ele e sua equipe devem cuidar desse capital, para no mínimo reserva-lo ate a conclusão do processo de impeachment . Se o governo provisório se tornar permanente, terá mais força para decidir e negociar. O perigo, até lá, será ceder muito facilmente e exagerar nas bondades  . Se cometer esse erro, decepcionará a quem hoje aposta em sua vocação para mudar, será mais vulnerável a pressões e terá dificuldades muito maiores para eliminar os grandes desajustes. 
 
O País "começa a andar" e há indícios de aumento da confiança de consumidores e de empresários, disse na quarta feira (5), em São Paulo, o ministro da Fazenda , Henrique Meirelles. Sondagens divulgadas nos últimos dias confirmam a melhora - ainda incipiente, mas sensível - das expectativas. Indicadores do comércio e do setor de serviços públicos pela Fundação Getúlio Vargas (DVG), mostram aumento de confiança em relação aos próximos  seis meses. No caso do comércio, o índice de confiança atingiu o maior nível desde maio do ano passado. Além disso, a elevação da média móvel trimestral, de 2,2 pontos, foi a maior desde de março de 2010. Embora seja cedo para falar de otimismo, sondagens do setor industrial têm apontado sinais mais favoráveis no cenário de negócios.
 
  Ao analisar os últimos da atividade industrial paulista, o empresário Paulo Francine, diretor da Federação das Industrias do Estado de São Paulo (FISP)confiou essa nova percepção. Antes do crescimento vem a estabilidade: "Nós estamos nesta fase". Em maio, o indicador de nível de atividade da FISP foi de 1% menos que em abrir, na série sem efeitos sazonais. No ano, o nível médio foi de 10,1% mais baixo que nos primeiros cinco meses de 2015. Apesar dos números ainda muito negativos, o índice de expectativas, o Sensor FISP, situou-se em junho no mais alto nível desde setembro do ano passado. O mesmo tom tem aparecido em comunicados de importantes segmentos da indústria. Em maio, 469 postos de trabalho foram fechado nas fábricas de produtos eletroeletrônicos. Foi a 16ª queda consecutiva do nível de emprego do setor, a ABINEE, com um toque positivo: "o resultado, o menor das dimensões".
 
Em março deste ano desde ano, segundo a nota, 2,856 pessoas haviam sido demitidas. Enquanto o humor começa a melhorar lentamente na frente empresarial, o governo tenta avançar pelo caminho da menor resistência no dia a dia da política. O pacote  de bondade do presidente em exercício já chegou a R$ 125 bilhões (grifos meus) e renúncias fiscais, segundo o Estado. A lista de benefícios é variada. Inclui reajustes salariais para o funcionalismo, aumento de 12,5% para  o Bolsa Família***, renegociação das dívidas de Estado com o Tesouro Nacional, ainda no Rio de Janeiro para segurança nos Jogos Olímpicos, além de outros itens. Algumas bondades são justificáveis pelo menos parcialmente. É o caso da renegociação com os Estados. O acordo inclui uma limitação do aumento dos gastos estaduais, um detalhe positivo para as contas públicas.
 
O aumento da folha salarial é bem mais discutível, especialmente numa fase péssima para os trabalhadores do setor privado. Além do mais, de modo geral as bondades complicam o conserto das contas públicas. Hoje o governo tem seu a seu favor a expectativa dos empresários. Se continuar distribuindo bondades, poderá desperdiçar também esse capital político adiantado como crédito pelo setor.
*** sugestão de uma cidadã que sabe o que os portadores do cartão Bolsa Família fazem com o mesmo?. Não posso me estender devido o espaço. Cada Estado do Brasil Fazer Convenio com o cartão Bolça Família em grande ou menores supermercados propiciando que os clientes possam ser atendidos.
 
Iracema Alves
Jornalista Cadeirante
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
  
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 

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