segunda-feira, 4 de julho de 2016

DE COSTAS PARA A REALIDADE

 
 
 
 
 
 
OPINIÃO EDITOR RESPONSAVEL ANTONIO CARLOS PEREIRA/ESTADÃO EM 4/7/206
 
 
 
 
Dilma Rousseff está afastada da residência da Presidência da República porque responde à acusação formal de ter cometido crimes de responsabilidade. Mas completa o quadro de seu catastrófico desempenho à frente, que é condenado por 2 em cada 3 brasileiros. Legitimamente eleita em outubro de 2014, ela perdeu a legitimidade conquistada  nas urnas de outubro d 2014, ele perdeu a legitimidade conquistada nas urnas no momento em que a esmagadora maioria dos brasileiros se deu conta de sua clamorosa incompetência política e gerencial e de e das mentiras a que recorreu para haver o segundo mandato. Dilma, portanto, é uma página virada da História, como deverá ser confirmado até o fim de agosto com a aprovação definitiva do impeachment pelo Senado. Mas ela finge não saber disso.
 
Estimulada pelas naturais dificuldade que o presidente em exercício Michel Temer tem enfrentado - muitas que ele próprio está criando -, Dilma passou a cultivar um "otimismo realista" em relação à sua recondução ao Palácio do Planalto e está mergulhada numa frenética e delirante tentativa de viabilizar esse retorno pelos meios à sua disposição. A imaginação nunca foi um de seus melhores atributos, mas agora, esta tour de foice, ela compartilha a autoria de uma "carta aos brasileiros" que é um verdadeiro conto de fadas. Os termos desse documento, a que teve acesso o jornalista Raymundo Costa, do Jornal foram adiantados na quinta-quinta feira.
 
A tal "carta" faz parte do principio imaginoso de que após a reeleição Dilma buscou "reconciliar o País, tentando aproximar-se das ideias econômicas defendidas pela oposição. Seria esse o sentido da nomeação de Joaquim Levy para o Ministério da Fazenda. Mas essa tentativa, segundo ela, foi "sabotada pela direita" e pelas pautas-bomba do Congresso. Dilma se dia disposta agora a, voltar ao governo, retornar o programa "popular" que apresentou na campanha e não cumpriu, pelo que foi acusada, por seus próprio seguidores, de cometer um "estelionato eleitoral". Tentando entender: Dilma se arrependeu de tudo o que fez na área econômica no primeiro ano de seu segundo mandato e agora quer voltar à Presidência para retomar a "nova matriz econômica" Lulopetista que levou o País à falência.
 
Assim, em matéria de política econômica Dilma confessa que errou duas vezes. A primeira quanto, no primeiro mandado, perseverou na "nova matriz econômica"  A segunda , no segundo mandato, quanto tentou corrigir o erro anterior entregando a economia nas mão do neoliberal Joaquim Levy, que sabotou como pôde e lhe fez gosto. Felizmente não deverá ter oportunidade de errar uma terceira vez. As explicações de Dilma para o malogro de sua suposta tentativa de "reconciliar o País" em 2015 são ridículas. A "sabotagem da direita" colide com o fato de que estava à frente da Fazenda exatamente alguém acusado pelo PT de ser de direita; As pautas-bombas foram resultados de sua falta de competência e habilidade na relação com o Parlamento.
 
Dilma preferiu manter senadores e deputados na relação a distância, tratando-os, nas raras oportunidade em que os recebia, com arrogância. Pagou por isso. Há dias, em entrevista, Dilma repetiu a tese de que está sendo vítima de um golpe e confirmou a intensão de divulgar a tal carta de compromisso com a qual pretende fortalecer a tal carta de compromisso com o qual pretende fortalecer a hipótese de retomar a Presidência. E partiu para o ataque. prometeu "devolver os direitos que estão sendo retirados dos brasileiros" e minimizou a importância de reajuste de 12,5% concedido pelo governo interino aos benefícios do Bolsa Família, superior aos 9% por ela prometido antes de ser afastada. Garantiu que esse reajuste foi o resultado da "cobrança" dos petista.
 
E, sem corar diante da espantosa incoerência, acusou teme de "absoluta irresponsabilidade fiscal" pelo fato de ter concedido aos servidores federais o aumento de salário com o qua ela própria já havia comprometido. Como se vê, Dilma desistiu da ideia demagógica e inviável da convocação de um plebiscito para decidir sobre a antecipação das eleições presidenciais. Mas seu estoque de propostas delirantes movidas pelo desespero é inesgotável. Só não se encontra ali algo parecido com a intenção de discutir a sério os problemas do País. Desse mato não saíra coelho
 
Iracema Alves
Jornalista Cadeirante
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
  
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 

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