quinta-feira, 13 de julho de 2017

 
 
 
     Por que a PM é Tão Avessa aos Direitos Humanos?
 
 
 
 
A aversão da Policia Militar aos Direitos Humanos, na verdade, se trata de uma politica pública de controle social. O sistema militarizado não só fracassou na redução da criminalidade como serviu para legitimar uma série de ilegalidade do Estado contra a sua própria população escreve Almir Felitte, advogado, graduado pela Universidade de Direito de Ribeirão Preto da Universalidade de São Paulo, em artigo publicado por Justificando. Na última terça feira (27 próxima passada) o centro de São Paulo, foi testemunha de mais um assassinato pelas mãos da Policia Militar. Em ação na Favela do Moinho, Leandro de Souza Santos, 18 anos, acabou sendo morto, ele por policiais da ROTA.
 
Segundo a Ouvidoria da PM, há denúncias de que , antes de morto, ele teria sido torturado com uso de um martelo. O caso se soma às mais 3 mil mortes anuais decorrentes de ações policiais no País! Muito embora os comandos centrais da policias militares insistem, em casos semelhantes, em dizer que tratam-se apenas de fatos semelhantes, em dizer que tratam-se apenas de fatos isolados envolvendo "laranjas podres" dentro de Instituição, não é preciso nenhuma análise mais aprofundada para perceber que a violência policial é, na verdade, um problema sistêmico.
 
Afinal, segundo o Anuário Brasileiro de Segurança Pública, só entre os anis 20114 e 2015 foram cerca de 6.500 pessoas mortas pela Policia, número puxado, em grande parte, pela PM, ainda que as estatísticas sejam subestimadas pela falta de maior transparência das informações. Tal quadro mostra uma clara aversão institucional dos Direitos Humanos diretamente relacionada com militantes adotados pelas ostensivas Estaduais . Para entender esse comportamento, porém, é preciso fazer uma análise mais detalhada de maneira que se dá a formação dos membros do alto escalão da PM e da Instituição.

A própria grade curricular das Academias de Oficinas da PM, aliás, já mostra indícios  das raízes da violência que se concretiza nas ruas. No Barro Branco, por exemplo, responsável pela formação de Oficiais em São Paulo, somente em 1994 surgiu a matéria de Direito Internacional Humanitário (posteriormente, Direito Humano), pouco evoluído até 2013, quando ocupava somente 1,4% da grade.
 
É difícil acreditar que o Brasil Continental ( não posso emitir nomes dos Estados, evidentemente). Não têm PM que se interesse pelo Barro Branco onde os PM  são mais desembaraçados e interessados a permanecer estudando. Um País organizado trás às populações dos mais distantes lugares protegidos pelas desventuras....

Iracema Alves
Jornalista gestora cadeirante (...)

" Nenhum dever é mais importante do que a gratidão"
  Cícero









 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 


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