A reportagem é de: Julia Affonso, Ricardo Brandt, Mateus Coutinho e Fausto Macedo, publicado por O Estado de S. Paulo em 15/6/2016. Atualização da data: 22/08/2016
Luiz Carlos Martins disse que, ao levar 'tal demanda' ao então presidente da empresa, Dalton Avancini, foi orientado a tratar exclusivamente dos pagamentos relacionados ao PMDB, ' sendo que os valores a serem direcionados ao PT o próprio presidente disse que iria resolver' O engenheiro Luiz Carlos Martins, ligado à Camargo Corrêa e delator da Operação Lava Jato, relatou compromisso de R$ de 21 milhões em propina com o PT e PMDB sobre as obras da Usina de Belo Monte. O executivo fechou delação premiada na Lava Jato em meados do ano passado e prestou depoimento em 30 de março de 2015
A Usina de Belo Monte, fica no município de Altamira, no sudoeste do Pará. Luiz Carlos reiterou todas as informações em sua colaboração. O executivo relatou que, em 2011, levou ao então presidente da Camargo Corrêa, Dalton Avancini, a "cobrança" que lhe havia sido feita pelo então presidente da Andrade Gutierrez, Flávio Barra. "No sentido de que 1% dos valores desembolsado, no contrato do Movimento Democrático Brasileiro - PMDB - que, complementando, afirma que a participação da Camargo Corrêa no empreendimento compreendia a participação de 16% no consórcio construtor (CCBM), pelo que lhe caberia o pagamento de R$ 21 milhões a título de propina (grifos meus) aos citados partidos, 50% para cada", relatou.
O executivo disse que, ao levar 'tal demanda' a Dalton Avancini, foi orientado a tratar exclusivamente dos pagamentos relacionados ao PMDB; 'sendo que os valores a serem direcionados a PT o próprio presidente disse que iria resolver'. "O declarante desconhece a maneira como eventualmente foram realizados pagamentos ao PT, esclarecendo que estas questões normalmente são tratadas de forma bastante reservada no âmbito da presidência da Empresa", afirmou.
A reportagem fez contato com o PT e PMDB, que não retornaram. Quando foram citados anteriormente, os partidos negaram taxativamente a prática de ilícitos
Fonte : Instituto Humanista e Unisinos nossos agradecimentos
Iracema Alves
jornalista cadeirante
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