"Após Belo Monte, Altamira (PA) Supera de Homicídios de País mais Violento do Mundo." 

 

 

Nos 2000 em Altamira, cidade pacata no centro de Pará, havia paz nas margens do Rio Xinxu. A rotina de calmaria, porém, foi terminando ao mesmo tempo em que era erguida a Usina de Belo Monte.

 

A reportagem é de Carlos Madeiro, publicada por Portar Uol, (vamos atualizar as datas: 14/03 de 1917).

 

Desde o inicio da Obra, o Município passou a uma explosão de violência que fez ingressar na lista das dez cidades com maiores taxas de homicídios do País. Segundo dados do Datasues, em 2015, o município registrou 135 homicídios - que dá uma média de 124 mortes por 100 mil habitantes. Para efeitos de comparação, a taxa é 37% maior que Honduras, País com maior taxa de homicídios do mundo, segundo a ONU (Organização das Nações Unidas). No Brasil, essa média não checa a um quarto disso: 29 por 100 mim.

 

Para imaginar a mudança de vida, basta voltar ao ano 2000  em Altamira registrou oito apenas homicídios e média 9,1 mortes por 100 mil habitantes. Em 2009 -quando a Eletrobrás já solicitava a licença prévia de Belo Monte -, a taxa já era de 50,6 mortes por 100 mil pessoas. Seis anos depois saltou 147%. " Os resultados indicaram, a partir do inicio da construção da Usina, um vigoroso crescimento da violência, que atinge a população nos cinco municípios  diretamente afetados pelo projeto em dimensões proporcionalmente muito maiores do que acontece em outras-regiões do Estado do Pará, "aponta o artigo. A Hidroelétrica de Belo Monte e sus efeitos de Segurança Pública". Dos pesquisadores João Francisco Garcia Reis e Jaime Luiz Cunha de Sousa professores da UFPA - Universidade Federal do Pará. 

 

"Tais municípios tiveram sua estrutura social, econômica  e ambiental profundamente alterada com a chegada das Empreiteiras encarregadas da construção e a migração de grande contingentes de pessoas oriunda de todas as partes do Brasil" complementa.

 

CAUSAS E EFEITOS:

 

Segundo especialistas ouvido pela UOL, os números da violência estão ligados à chegada das obras e recursos ao maior município em território do País (159 mil km), o equivalente ao Estado do Ceará, somada à falta de investimentos públicos no local. "Altamira tinha problemas de segurança,  sim, mas de forma gigante como chegou", afirma Antonia Melo, coordenadora do movimento XINGU Vivo para Sempre, que congrega várias entidades da região.

 

Um dos exemplos da violência foi assassinato,  em outubro de 2016, do então secretário  do Meio Ambiente e Turismo da cidade de Altamira. Luiz Alberto Araújo, 54. Ele era conhecido pela atuação rígida  contra a exploração mineral e o desmatamento. Após a morte, houve protesto na cidade, que cobrou apuração do caso - mas até hoje o crime não foi elucidado.

 

''LA NÂO TEM NADA, È UMA DESGRAÇA"

 

Segundo Melo a rotina da cidade hoje é de medo. "Todos aqui dizem que perderemos a Paz. Hoje é assalto e em todo canto mortes. Virou um, verdadeiro campo de Guerra civil. não só violência  física, mas da ausência de direitos das pessoas" afirma. Para Melo desde a chegada de Belo Bonte

o desenvolvimento propagado pelo governo trouxe consigo as drogas. " A juventude é a principal vítima disso. Em Altamira não mais espaço um de lazer para jovens. Antes tinha a beira do rio, que não era poluído, para as pessoas tamarem banho. Pessoas foram transferidas de suas margens aos novos assentamentos, e lá não tem nada, É uma desgraça, não tem outra palavra, explica. E Chora cobrindo o rosto...  

 

NOTA  por favor queiram, aumentar e diminuir; A/A  agradecemos

 

REDATORA DO BLOG

Iracema Alves

Jornalista gestora cadeirante.