sábado, 10 de junho de 2017

 
 
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Crise politica e desgastante eleitoral levam Câmara a frear a reforma da Previdência. Considerada pelo governo sua principal aposta para reequilibrar as contas públicas, a Reforma da Previdência empacou na Câmara.  O agravamento da crise política e o desgosto eleitoral com a eventual aprovação da proposta levou até deputados da base aliada, que apoiam a mudança nas atuais regras de aposentadoria, a admitirem  que a votação deverá ser adiada até a poeira baixar. A PEC: 287  "Proposta de Emenda da Constituição", que opera as alterações nas regras previdenciárias, está pronta para análise em plenário há mais de um mês.
 
Com votação inicialmente marcada pelo Presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM) para a terceira semana de junho, a proposta de emenda Constitucional sofreu um baque após a abertura do inquérito por corrupção, obstrução da Justiça e lavagem de dinheiro contra o presidente Michel Temer.  Lideranças do governo na Câmara ouvidas pelo Congresso em Foco reconhecem que - se já era difícil - ficou mais complicado, agora, angariar apoio para reforma. A promessa de Rodrigo Maia de pautar o tema no Plenário antes do recesso parlamentar, marcado para a segunda quinzena de Julho, está comprometida. A intenção inicial era garantir votos pelo menos, 350 deputados para reduzir o  risco de derrota.
 
Para alterar a Constituição, são necessários ao menos 308 votos, em dois turnos de votação. Mas levantamentos feitos pela assessoria  dos lideres partidários e assessores do Palácio do Planalto indicam que o governo perdeu aliados e não tem mais o apoio mínimo para aprovar a Fissura na Base. Após a divulgação das gravações da conversa entre o presidente Michel Temer  e o empresário do grupo de JBS precipitou a demanda de deputados da base aliada. Além do PSB, do Podemos (antigo) PTN e do PHS, que reúnem mais de 60 parlamentares e já romperam formalmente, também há dissidência no PTB e do PPS e no Solidariedade. Todas essas bancadas já se dividiam  sobre o apoio à reforma.
 
A crise politica está inviabilizando a aprovação da reforma da Previdência. É lamentável. Já tínhamos perdido a batalha da comunicação na sociedade e agora a crise compromete ainda mais a imagem do Parlamento. Avalia o vice-líder  do PSDB na Câmara Luiz Carlos Hauly (PSDB-PR), voto certo a favor da reforma. Governista que abriu dissidência com Temer por causa das refo9rmas - Trabalhista e da Previdência. O deputado Paulo Pereira Silva (SD-SP) diz que as incertezas sobre o futuro do governo e a pressão das ruas esvaziaram as chances de votação da PEC - Proposta de Emenda da Constituição neste semestre.
 
Para ele, os parlamentares não estão mais dispostos a fazer sacrifício em nome do presidente. "A Reforma da Previdência não passa porque é muita dura para os trabalhadores e estamos sendo cobrados nas ruas pelos erros do governo", afirma o deputado, que é presidente  licenciado da Força Sindical e um  dos responsáveis pela organização de manifestações contra as reforma do governo. A intenção do presidente Rodrigo Maia era concluir as votações na Câmara antes do recesso parlamentar para que o Senado pudesse tratar do tema ao longo do segundo semestre. Mas, com as dificuldades politicas, os prazos estão comprometidos. Maia promete apresentar um novo cadastro para a proposta na semana que  vem.
 
REDATORA DO BLOG
 
Iracema Alves
 
"Hoje é sempre o dia certo de fazer as coisas certas; de maneira certa. Amanhã será tarde"
 Martin Luther King - autor
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 

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