terça-feira, 29 de agosto de 2017

 
 
 
 
 
 
 
           A DESFAÇATEZ  DE  DILMA
 
 
           
A cada manifestação pública da presidente cassada Dilma Rousseff -  e elas são cada vez mais frequentes -, a maioria da população que apoiou  o seu impeachment, consumado pelo Senado há quase um ano, é tomado por um misto de  realização e alívio por não ver mais o destino do País entregue nas mãos ineptas de alguém capaz  de tanta confusão, tantos erros  e tanta dissimulação. Talvez a Sra. Rousseff  esteja se esforçando para compensar, que está fora do poder, a alegria que não foi capaz de dar aos brasileiros durante os mais de 5 anos em que ocupou a Presidência da República, um período tão desastroso que ainda exigirá da Nação alguns anos de muito estorço de superação.
 
Após o governo federal anunciar o plano de privatização da Eletrobrás na terça-feira, a ex-presidente usou as redes sociais para criticar a medida.  "Vender a Eletrobrás é abrir mão da segurança energética. Como ocorreu em 2001, no governo FHC, significa  deixar o País sujeito à (sic) apagões", escreveu  Dilma Rousseff em sua conta no Twitter. Como era a ex-presidente  a correção das informações é um detalhe desimportante em face da urgência de fazer politica rasteira na internet e, sobretudo, de dar à militância um discurso  que será  prontamente absorvido sem muitos filtros críticos, a Sra.  Rousseff apressou-se em dizer "que pretende vender na bacia das almas nossas principais hidrelétricas".
 
Ora, tivesse lido com atenção o plano apresentado pelo ministro de Minas e Energia, Fernando Coelho Filho, Dilma Rousseff teria observado  que a Usina de Itaipu  - não só uma das "nossas principais hidrelétricas", como a segunda maior do mundo (superada apenas pela usina  das Três Gargantas, na China) - Esta fora do plano  privatização bem como a Eletronuclear, como não haveria de deixar  de ser. A Constituição determina  a pesquisa, o enriquecimento,
a industrialização  e o comercio  de energia nuclear constituem um monopólio da União. Qualquer um pode criticar pode criticar o plano de  privatização da Eletrobrás.
 
Soa estranho, porém, quando a critica é feita por aqueles que pertenceram ao grupo do poder que arrasou o setor energético brasileiros nos últimos  15 anos. De 2002, quando
o PT assumiu o poder, até agora o União perdeu impressionante R$ 228 bilhões - valor correspondente a 4%
 

do Produto Interno Bruto (PIB) - com a ocupação politica e a má gestão da Eletrobrás, segundo cálculos da 3G Radar, gestora independente de recursos financeiros e uma das acionistas da estatal, publicados recentemente pelo Jornal O Valor. No período avaliado, Dilma  Rousseff esteve a frente da
politica energética do País, seja como ministra Minas e Energia e chefe da Casa Civil  do ex-presidente Lula da Silva,  seja como presidente da Republica. A Sra.  Rousseff sempre foi vendida pelo seu criador como estrategista-em-chefe dos rumos do setor elétrico brasileiro, o que, fato,  foi. Conhecida por sua natureza centralizadora e vaidosa, a ex- presidente sempre se regozijou do panegirico.
 
Todas as criticas ao plano de privatização, elas precisam partir de fontes marcadas pelo  conhecimento, pelo espirito publico e, não menos importante, pela honestidade.
 
Redatora
 
Iracema Alves
jornalista gestora cadeirante
 
 
 
 
 
 
 
 

 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
             

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