sexta-feira, 25 de setembro de 2015

O JOGO QUE PROLONGA A CRISE

A crise econômica que o populismo petista afundou o País continua sem perspectiva sequer por algum alívio, porque a área politica, normalmente o Congresso Nacional no qual depende a viabilização de qualquer estratégia de combate à causa principal do problema. O caos que impera nas contas do governo -, não consegue romper o impasse decorrente da dificuldade de conciliar interesses pessoais e particulares em jogo. Dito de forma mais clara; enquanto os políticos - do governo, da oposição e do muro - não conseguem se entender.
A respeito do que é melhor para eles próprios dificilmente dedicarão parte de seu precioso tempo à busca do entendimento a respeito do que é melhor para o País. Esse quadro é produto do fisiologismo predominantemente, com raríssimas exceções,  nas bancadas parlamentares. Afinal o toma lá dá cá é matéria-prima do presidencialismo de coalisão concebido por Lula. O surgimento, nos últimos dias de novas hipóteses para o desfecho da crise naquilo que diz respeito ao mandato da presidente, parece ter estimulado as diferentes políticas a buscar caminhos em que ocorreram uma aposta que poderia dar errado.
O PMDB, maior partido do Congresso e teoricamente ainda aliado ao governo; o maior exemplo das incertezas que imobilizaram os grupos políticos. Isso quanto à tomada de decisões oficiais pelos partidos, uma vez que os bastidores e conchavos corram soltos. A grande alternativa em relação à qual mais cedo ou mais tarde as posições serão definitivas, é claro! Se o que vem pela frente virá com ou sem Dilma Rousseff na presidência da República. Essa alternativa dependerá dos parlamentares aos quais compete, estabelecer os pré requisitos constituais, provar ou respeitar o processo de impeachment.
Os peemedebistas estão divididos. Uma ala na qual se destaca o presidente da Câmara, Eduardo Cunha, aposta muito na Dilma. Outro que segue a liderança é Michel Temer, permanece em expectativa cautelosas, até que o Vice-presidente é o mais provável beneficiado do impedimento da presidente. Só não será se tiver o próprio mandato também cassado, a partir de uma decisão do Tribunal Superior Eleitoral. E há também os governistas, como a ministra Kátia Abran, amiga de Dilma. Para complicar o quadro, ganharam intensidade em Brasília, rumores sobre a possibilidade de Dilma renunciar (grifos meus).
É uma hipótese descartada por quem conhece o temperamento e a história política da presidente, mas quem ganha plausilidade quando se leva em conta o Congresso de governar. E há ainda a influência e o posicionamento de Lula. Oficialmente o PT continuará aplicando a proposta de o governo para o ajuste fiscal. Contraditoriamente, porém,  a voz de Lula e de lideranças expressivas, continuarão defendendo a mudança da política. econômica. Quem dizer: fingirá que aprova as medidas impopulares de autoridades - corte de despesas e aumento do crescimento.
Nos últimos dias Lula  intensificou suas idas a Brasília para, de acordo com interconsultores habituais, tomar a frente das  especulações políticas  principalmente com as  lideranças do PMDB, especialmente no Senado para liquidar qualquer possibilidade de  impeachment de sua pupila. Pode ser jogo de cena no qual Lula é mestre. Dentre as três hipóteses de desfecho da crise política - Dilma garante-se na presidência até 2018. Se afastada do cargo por um processo de impeachment ou renuncia, Lula tem sólidos motivos para na intimidade tentar evitar a primeira e última visita (?)
A crise econômica é praticamente impossível de ser debelada até 2018,o que significa que a permanência de Dilma no poder faria o PT sangrar até lá, tornando dificílima uma vitória de Lula. A renuncia seria uma confissão de culpa que respingaria no partido e, principalmente, no criador de Dilma. Com o impeachment, lula estaria livre para assumir oficialmente o comando da oposição, tendo quase três anos para exercer seus dotes de encantados. Como sempre a aura de Salvador da Pátria.
Fonte: Opinião - Estado de São Paulo / Diário de Pernambuco em 24/09/2015/ às 14h23
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           Obrigada pelas Orações. Beijos
Digitado e postado por
Iracema Alves
Jornalista cadeirante

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