Segue abaixo um artigo interessante sobre o tema água, publicado pelo Rodrigo Constantino, Revista Veja. Enquanto isto nosso ministro Eduardo Braga (Minas e Energia) continua dizendo que Deus é brasileiro (não sei de onde ele tirou essa ideia), em Israel (dizem que Deus mora lá) não estão esperando por Ele. Foram á luta, desenvolveram tecnologia e estão resolvendo o problema. Em poucos anos Israel vai exportar água!
By the way, o nome Simcha Blass mencionado no texto foi o engenheiro que desenvolveu o conceito da irrigação por gotejamento, cujos royalties foram comprados pela Netafim depois de 50 anos de desenvolvimento e muito trabalho, vem conquistando o mundo.
Como pode o Brasil estar nessa situação e Israel, cercado de problemas, guerras, terrorismo, falta de recursos etc estar literalmente bombando?
Tá difícil de encarar o Brasil !!!"
"Os que creem que a culpa de nossos males está em nossas estrelas e não em nós mesmos ficam perdidos quando as nuvens encobrem o céu". (Roberto Campos)
As terras que hoje compõem o Estado de Israel já foram descritas por Mark Twain e outros visitantes como um grande pedação de deserto árido. De fato, o deserto de Negev ocupa um razoável espaço no pequeno território de Israel, basta circular por lá para perceber como é um ambiente inóspito e seco. Não obstante, há hoje, algo em torno de 240 milhões de árvores no país, a maioria plantada uma a uma, e Israel é produtor e até exportador de frutas. Tem ainda, grande produção de peixes. O israelense, num deserto, consome bastante peixe, enquanto o cubano, numa ilha não tem acesso a tal alimento, sabemos o motivo (a ditadura não permite a pesca com receio de mais fugas para a Flórida). Como pode? Como Israel conseguiu driblar a escassez de água e dar a volta por cima? Boa parte da resposta se encontra na cultura, na postura dos israelenses. Em Star-Up Nation, os autores Dan Senor e Saul Singer tentam explicar justamente este fenômeno, o " milagre" econômico de Israel, uma país que possui um setor dinâmico de tecnologia, um dos mais avançados do mundo, além desse incrível destaque na agricultura em um país geograficamente hostil a tal setor.
Para focar apenas no aspecto da água, de forma bem resumida, eis a resposta de Israel, além de muita determinação e desejo de superação: tecnologia. Enquanto muitos olham para os obstáculos e desanimam, ou observam os céus em busca de respostas, os israelenses foram lá e criaram as tecnologias que revolucionaram sua economia. Apenas 20% da terra de Israel é arável. Mesmo assim, isso não impediu o florescimento da agricultura no país, basicamente por meio dos kibutz adaptados atualmente ao mundo globalizado. Israel fatura mais de US$ 50 milhões por ano com a exportação de flores! A água é matéria-prima da agricultura, e se estima que até 70% do consumo mundial vem desse setor. Israel tinha tudo para não ter agricultura alguma, mas superou o obstáculo natural com o uso da tecnologia. É o país líder em reciclar água usada, por exemplo: mais de 70% é reciclado, o que representa o triplo do porcentual reciclado na Espanha, o país na segunda colocação. Israel é líder ainda em agricultura no deserto, irrigação por gotejamento e dessalinização . Das quadro grandes plantas industriais de dessalinização no mundo, nada menos do que três estão em Israel.
Aqui é possível conhecer melhor o "milagre" que a tecnologia de gotejamento, descoberta pelo engenheiro israelense Simcha Blass, faz até hoje na agricultura mundial, inclusive no Brasil. Em resumo, é legítimo o governo fazer campanha pela moderação no uso da água em época de estiagem fora dos padrões históricos. São Pedro teria sua parcela de culpa. Mas, deixando de lado a responsabilidade dos governos na má administração do problema, na ocultação da verdade para fins eleitoreiros, e nas medidas tomadas (quais medidas?), que geraram distorções no mecanismo de incentivos do uso do bem escasso, o fato é que a solução para o "problema da água" está na tecnologia e não "na dança da chuva". Por favor releiam o inicio do texto: Israel e demais países com governantes aptos a servir a Nação e seu Povo, independentes dos eleitorados, preocupam-se antecipadamente em atender as necessidades básicas da população. No caso de Israel a prioridade era a água. O país arregaçou as mangas e, junto com seu povo, fez brotar água. Pergunto: o Brasil esta apto à educação, saúde, segurança, policia militar ou não usam a tecnologia em proteção do povo?
Israel é o melhor exemplo de que, mesmo num deserto, o homem é capaz de inovar e driblar os obstáculos impostos pela natureza. Uma questão de atitude...pensem nisso.
"A Amazônia esta agonizando e não bastando, a presidente Dilma Rousseff não assinou sua proteção até o ano 2030 - em 2014 - quando participou de um Evento Mundial da ONU - Organização das Nações Unidas. Acessem a internet e conheçam a importância da Floresta Amazônica." (grifos meus)
Fonte: Revista Veja - Coluna de Rodrigo Constantino
Digitado e postado por Iracema Alves - jornalista cadeirante. Em 17/02/2015 às 14:27 hs
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