sábado, 21 de fevereiro de 2015

Tulipomania

Mania das tulipas, tulipomania, tulipamania, febre da tulipa ou crise das tulipas são expressões referentes a um episódio da História dos Países Baixos que deu origem à primeira bolha especulativa conhecida. Hoje, tais termos são aplicados metaforicamente a qualquer bolha especulativa em grande escala.

Panfleto da tulipamania neerlandesa, impresso em 1637.

As tulipas foram introduzidas nos Países Baixos no século XVI. Suas flores, muito apreciadas por sua beleza, passaram a ser muito procuradas, favorecendo o aumento dos preços. Com o passar dos anos, os preços aumentavam cada vez mais rápido, tornando o comércio de bulbos de tulipas bastante lucrativo. Pessoas de todas as classes vendiam propriedades para investir em tulipas, e em meados da década de 1630 surgiram contratos de futuros para negociar os bulbos antes mesmo da colheita. Em fevereiro de 1637, os comerciantes de tulipas não conseguiam mais inflacionar os preços de seus bulbos e então começaram a vendê-los. A bolsa de valores estourou. Começou-se a suspeitar que a demanda por tulipas não duraria e isso propagou o pânico no mercado. Alguns deixaram de segurar contratos para compra de tulipas, estabelecidos a preços que agora eram dez vezes maiores que os preços de mercado; outros acharam-se na posse de bulbos cujo preço era muito inferior ao que haviam pago. Consequentemente, milhares de holandeses, incluindo executivos e membros da alta sociedade, ruíram financeiramente.

UMA HISTÓRIA DE PRINCESAS

Durante a Segunda Guerra Mundial, a Holanda foi ocupada pelo Eixo forçando a família real holandesa a fugir. Foi o Canadá quem concedeu asilo à Princesa Juliana e suas filhas Beatrix e Irene, durante os anos de 1940 até 1945. A princesa ainda ganhou mais um bebê em Ottawa, a Princesa Margriet, em 1943. O tempo passou, a guerra acabou, a Princesa Juliana pode voltar ao seu país e como gratidão pela proteção concedida e pelos soldados canadenses que lutaram na libertação do seu país a princesa enviou 100 mil bulbos de tulipas como presente. 


Em 1948 Juliana se tornou Rainha da Holanda e continuou enviando milhares de bulbos de tulipas todos os anos do seu reinado. Esse gesto de gratidão deu origem ao Festival das Tulipas de Ottawa. 

A história parece ter saído de um livro de crianças mas é a pura verdade, em 1967 a Rainha Juliana visitou Ottawa durante o festival e inaugurou a placa comemorativa que você pode ver na foto ao lado.

O MUSEU DE TULIPAS DE AMSTERDAM

O Museu de Tulipas de Amsterdam foi fundado e financiado por uma empresa de bulbos local. Ela fica no bairro de Jordaan e traça a história da tulipa na Holanda, com detalhes sobre a "Tulipomania" e o fascinante poder econômico dessa flor na Era de Ouro da Holanda durante o século XVII. O museu foi fundado para explicar o contexto histórico dos festivais e vendas de tulipas que acontecem o ano inteiro no interior do país.


Onde a história e a cultura florescem

O museu é pequeno, mas repleto de história e eventos interessantes. Há exibições históricas falando sobre a "Tulipomania", sobre como os bulbos foram usados como comida durante as guerras e sobre a sua origem na Turquia. Até mesmo as técnicas modernas de cultivo são explicadas. A mostra inclui uma coleção de pinturas de tulipas feitas por Judith Leyster, pintora do século XVII e colega de Frans Hals, o famoso retratista holandês.

Tulipas em Amsterdam

Para quem procura lembrancinhas relacionadas a tulipas, a loja desse pequeno museu é o lugar ideal. Ao visitar, não perca o Museu de Tulipas de Amsterdam: é barato e apresenta um lado muito específico da história holandesa e é fácil incluir o local na sua visita a essa área da cidade. A estação de bonde mais próxima é a Westerkerk. As linhas de bonde 13, 14 e 17 e as linhas de ônibus 170, 172 ou 174 param todas nessa estação.  

Um comentário:

  1. A vida me tem sido generosa dando-me a oportunidade de compartilhar minhas emoções,
    minhas inseguranças, minhas alegrias e dificuldade inerentes a todos nós. Não posso
    desistir de viver! A participação de dois "seres humanos" são dadivas de Deus na nossa
    vida. "Quem julga as pessoas não tem tempo para amá-las" Madre Teresa de Calcutá.

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