quarta-feira, 15 de fevereiro de 2017

 
 
 
 
   Controle da Usina de Belo Monte é Colocado à Venda  por R$10 bilhões.
 
A Hidroelétrica  de Belo Monte, no Pará, está à venda. Segundo informações obtidas pelo Jornal O Estado de S. Paulo, as empresas que compõem o bloco de controle da Norte Energia, concessionária que administra a Usina, já contrataram o Bradesco BBI para buscar potenciais investidores no Brasil e no exterior. A operação também contará com um Banco Internacional para tocar as negociações de venda da terceira maior hidrelétrica do mundo, atrás apenas da chinesa Three Gorges e de Itaipu Binacional.
 
O que está à venda é a parte das empresas Neoenergia, Cemig, Light, Vale, Sinobras, J.Malucelli e dos Fundos de Pensão Petros (Petrobrás) e Funcef (Caixa). A participação dessas Companhias na Norte Energia é de 50,01%. O valor patrimonial de Belo Monte é estimado em R$10 bilhões. O projeto, que só será concluído em 2019, ainda exigirá investimentos de, pelo menos, R$ 5 bilhões. Quando concluída, a hidroelétrica , de 11.233 megawatts (MW) de energia, terá consumido mais de R$ 31 bilhões - o empreendimento começou orçado em R$ 18 bilhões.
 
Segundo fontes próximas à Empresa, para ficar com a Usina, os compradores terão de assumir o financiamento concedido ao projeto de cerca de R$ 22 bilhões do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
A hidroelétrica ainda pleiteia mais R$ 2 bilhões do Banco Estatal para concluir as Obras. Por ora, a participação do Grupo Eletrobrás, de 49,08%, não está à venda. Mas como a Estatal tem o direito de "Tag along" ( mecanismo que permite ao minoritário vender suas ações pelo preço pago ao controlador).
 
O grupo também poderia, vender sua fatia na hidrelétrica, diz uma fonte do Setor, caso o valor seja satisfatório. Chinesas: Antes mesmo da contratação do Banco que vai liderar a negociação, algumas chinesas - que são consideradas "candidatas"  a qualquer processo de fusão e aquisição no País - já vinham sondando o empreendimento. State Grid e China Three Goeges - que estão há mais tempo no Brasil e abocanharam  importantes ativos no Setor de energia, como
Cesp, CPFL e Duke Energy - já começaram a avaliar a Usina. A State Grid, por exemplo, está construindo o linhão que vai distribuir  a energia de Belo Monte.
 
Mas fontes ligadas  ao negócio afirmam que, por ser um megaempreendimento, a venda deverá ocorrer para um Consórcio. A expectativa é que as negociações sejam acirradas. O empreendimento está envolvido na Lava Jato, que investiga pagamento de propina por parte do Consórcio construtor de Belo Monte, formado por Odebrecht,
Camargo Corrêa, Andrade Gutierrez, Queiroz Galvão, OAS e outras cinco empreiteiras menores. "Há uma enorme preocupação envolvidas na Lava Jato de que o escândalo acabe respingando nos futuros controladores. Se o valor da multa já está estipulado, coloca-se no preço.
 
Caso contrário, a incerteza é grande", diz um advogado, que prefere não se identificar. Outro entrave é o modelo financeiro adotado em Belo Monte. Analistas que acompanham o projeto afirmam que o retorno do investimento caiu pela metade nos últimos anos por causa das paralizações e multas aplicadas por atraso nas Obras.
 
A reportagem é de Mônica Scaramuzzor e Renée Pereira, publicada pelo Jornal o Estado de S. Paulo em 10/2/2017
Atualização de datas : 15/02/2017 - às 23:25
 
"Procurados pela reportagem, a Norte Energia e Bradesco não comentaram o assunto".
 
"Baixa auto-estima é como dirigir pela vida com o freio de mão puxado"
 Maxwell Maltz
 
Iracema Alves
jornalista gestora cadeirante
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
  
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
  
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 


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