Por Telma Monteiro
"Depois de vencer o leilão de venda de energia de Belo Monte, em abril de 2010, o consórcio Norte Energia corrigiu a estimativa de investimento de R$ 19 bilhões para R$ 25 bilhões. O BNDES - Banco Nacional de Desenvolvimento Social - é o financiador, já tendo repassado R$ 22, 5 bilhões", escreve Telma Monteiro, ativista socioambiental, em artigo publicado em seu blog pessoal, 10/02/2015.
Os custos da hidroelétrica Belo Monte que está sendo construída no Rio Xingu, no Pará, já estão beirando os R$31 bilhões. Foi em 2010 que Belo Monte saiu dos R$ 16 bilhões iniciais para os R$ 19 bilhões. Depois pulou para R$ 25 bilhões e daí para R$ 28 bilhões. Em quatro anos, o custo quase dobrou. Com capacidade instalada de 11 mil MWh, Belo Monte mal vai chegar a produzir 4 mil MWk na maior parte do ano. Isso se ficar pronta. A concessão é de 35 anos e a receita da comercialização dessa energia, feitas as contas, passará dos R$ 100 bilhões. Tomara que as investigações da Lava Jato incluam esses custos e os valores que o consórcio construtor, formado pelas mesmas empreiteiras envolvidas no escândalo da Petrobrás, devem faturar com as obras.
Os custos da hidroelétrica Belo Monte que está sendo construída no Rio Xingu, no Pará, já estão beirando os R$31 bilhões. Foi em 2010 que Belo Monte saiu dos R$ 16 bilhões iniciais para os R$ 19 bilhões. Depois pulou para R$ 25 bilhões e daí para R$ 28 bilhões. Em quatro anos, o custo quase dobrou. Com capacidade instalada de 11 mil MWh, Belo Monte mal vai chegar a produzir 4 mil MWk na maior parte do ano. Isso se ficar pronta. A concessão é de 35 anos e a receita da comercialização dessa energia, feitas as contas, passará dos R$ 100 bilhões. Tomara que as investigações da Lava Jato incluam esses custos e os valores que o consórcio construtor, formado pelas mesmas empreiteiras envolvidas no escândalo da Petrobrás, devem faturar com as obras.
Em 2009 o tribunal de Contas da União (TCU) apontou irregularidades no processo de Belo Monte. Ainda em fevereiro de 2010, o acórdão nº 131 / 2010 - Plenário do TCU encaminhou determinações e recomendações à Empresa de Pesquisa Energética (EPE). Os custos de construção de Belo Monte ainda estavam nos R$ 16 bilhões. A EPE, então aproveitou para acrescentar uma revisão no orçamento que levou a um aumento de R$ 3 bilhões nos custos indiretos com canteiros e acampamentos, logística, manutenção e operação do canteiro. Desse montante, R$ 801 milhões se referiam às condicionantes da LP. A EPE, para justificar a correção, disse que havia "subestimado" os cálculos. É difícil acreditar que Andrade Gutierrez, Camargo Corrêa, Odebrecht, Leme Engenharia e Eletrobrás, responsáveis pelos estudos de viabilidade técnica e econômica, tivessem errado no cálculo. Portanto, R$ 3 bilhões foram acrescentados à conta de Belo Monte numa tacada só. O custo direto total (CDT) de Belo Monte pulou de R$ 16 bilhões para R$ 19 bilhões. Depois disso os aumentos que se sucederam, até atingirem o valor atual, não foram explicados, nem com planilhas, nem sem elas. Mesmo alterando o projeto, dos dois canais de desvio das águas do Rio Xingu só está sendo construído um. O custo não caiu.
Fonte: Telma Monteiro Blogspot
Fonte: Telma Monteiro Blogspot
Para ler mais:
10/03/2015: Delator dirá que Camargo Corrêa pagou 100 milhões em propina para PT e PMDB em Belo Monte;
Digitado e postado por Livre para voar em 11/03/2015 às 22:45
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