Eleita nesta quarta feira, dia 10/09/2016, para presidir o Supremo Tribunal Federal nos próximos dois anos. A ministra Cármen Lúcia deixou querer se chamada de 'Presidente, e não "presidenta" como a presidente afastada Dilma Rousseff solicitava. A provocação foi feita pelo ministro Ricardo Lewandowski, que deixará o cargo em setembro para dar lugar a Cármen. "Eu fui estudante e sou amante da língua portuguesa e acho que o cargo é presidente, não é?", disse a presidente. "É bom esclarecer desde logo", respondeu Lewandowski.
Quando Cármen terminou de falar, o ministro Gilmar Mendes fez uma rápida intervenção para citar o termo "presidenta inocente", usado pela senadora Vanessa Grazziotin. Mineira, Cármen foi indicada ao tribunal em 2006 pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A ministra foi advogada e procuradora do Estado de Minas Gerais. Ela será a segunda mulher do Supremo. A primeira a assumir foi o posto foi a ministra Eleen Gracie, também a primeira mulher a integrar a Corte.
A posse da nova presidente do Supremo acontecerá no dia 12 de setembro do ano 2016. A eleição foi rápida e protocolar, já que a Corte tem tradição de escolher o ministro com mais tempo de casa que ainda não presidiu o tribunal. Na mesma votação, os ministros decidiram que Dias Toffoli será o vice-presidente. Declaração: no último ano, Cármen Lúcia se destacou por declarações fortes em julgamento do tribunal. Quando a Corte decidiu pela prisão do senador Delcídio Amaral (sem partido-MS), acusado de obstruir a Lava Jato, Cármen fez discurso incisivo: "Criminosos não passarão".
"Como relatora do processo que decidiu que as biografias podem veicular informações sem autorização prévia dos biografados, uma frase sua também ganhou notoriedade: "Cala a boca já morreu, quem disse foi a Constituição"
Fonte: BB e Rafael Moraes Moura
"Comovo-me em excesso, por natureza e por ofício. Acho medonho alguém viver sem paixões"
Graciliano Ramos
Iracema Alves
Jornalista cadeirante
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