Saiba tudo sobre o Golpe de Renan e Lewandowski e o nome de todos os demais criminosos! Enfim o Golpe por: Fernando Gabeira.
Depois de tantos meses de disputas, negociatas e articulações, o dia D do impeachment de Dilma Rousseff chegou e enfim tivemos um golpe no Brasil. Mas para surpresa minha, sua e do mundo, não houve o golpe tão propalado pelos defensores do governo Dilma, mas sim
um outro golpe. Na verdade um golpe de mestre, orquestrado e costurado à sorrelfa, ou como se diz hoje em dia, miúda, por gente graúda. Muito graúda. Se vocês não têm essa ideia, vamos aos fatos. Mesmo sabedor da circunstância de que o impeachment estava sacramentado, Lula continuava trabalhando forte nos bastidores. Hoje soubemos o motivo. Não era para evitar o impeachment coisa nenhuma, mas sim para evitar a inabilitação de Dilma. Segunda pergunta mais importante: quem ganha com o golpe de Hoje? Ao menos dois grandes grupos de pessoas: 1) Dilma, PT e todo mundo que trabalhava no discurso do golpe.
Agora para sempre poderá dizer que "ah, tanto foi um golpe que ela sequer foi condenada - fica óbvio que ela não cometeu crime e o único intuito era tirá-la"; e 2)* Cunha e todos os demais parlamentares (PMDB em peso) que estão correndo o risco de perderem o mandato, especialmente em épocas de Lava Jato - não perdendo os direitos políticos, eles poderão concorrer a novas eleições em breve e, por consequência, manter prerrogativas de foro. Primeira pergunta mais importante? quem participou desse Golpe, além de Lula? Temos todos os nomes, então vamos lá: José Eduardo Cardozo, óbvio; Renan Calheiros, óbvio; Ricardo Lewandowski, óbvio (que já estava com a decisão pronta e redigida, segundo ele porque a possibilidade daquela questão já vinha sendo abordada pela imprensa - aqui, oh!) e obviamente, todos os outros senadores que votaram a seguir:
Acir Gurgacz (PDT-RO), Antonio Carlos Valadares (PSB-SE), Cidinho Santos (PR-MT),
Cristovam Buarque (PPS-DF), Edson Lobão (PMDB-MA), Eduardo Braga (PMDB-AM),
Hélio José (PMDB-DF), Jader Barbalho (PMDB-PA),, João Alberto de Souza (PMDB-
MA), Raimundo do Lira (PMDB-PB), Renan Calheiros (PMDB-AL), Roberto Rocha
(PSB-MA), Rose de Freitas (PMDB-ES), Telmário Mota (PDT-RR), Vicentinho Alves (PR-TO), Wellington Fagundes (PR-MT), Eunício Oliveira ( PMDB-CE),
Maria do Carmo Alves (DEM-SE) e Valdir Raupp (PMDB-RO).
Amigos, temos que dar a mão à palmatória. A ideia foi genial. Tudo foi feito na surdina e ninguém da imprensa - pelo menos que eu tenha lido - antecipou essa possibilidade. E vejam a sofisticação da manobra: agora estão falando de impugnar a decisão do STF -Supremo Tribunal Federal - por conta da separação das votações. Mas não vejo como impugnar uma parte sem a outra. Quem votou hoje pelo impeachment, votou apenas pelo impeachment, não pelo destaque. Não seria possível presumir a inclusão do destaque na primeira parte da votação de hoje. Assim, se alguém quiser impugnar (como Caiado disse que irá fazer), a decisão do impeachment de Dilma fica anulada e outra sessão deveria ser convocada. É mole? Por fim, é óbvio ululante e não há como negar que a decisão de separar as votações de hoje foi inconstitucional. A leitura do art. 52, parágrafo único do texto Constitucional não admite nenhuma outra interpretação, a não ser de que o impeachment leva à cassação dos direitos políticos.
Mas para que Constituição com o Senado que temos? Com os Partidos que temos? Com o STF - Supremo Tribunal Federal que temos? Hoje finalmente houve um golpe no Brasil. E que belo golpe.
*Deputado Federal Eduardo Cunha, foi demitido por justa causa em 16/09/2016
Fonte: Fernando Gabeira em 20/09/2016 - às 13h23
Iracema Alves
Jornalista cadeirante
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