quarta-feira, 27 de janeiro de 2016

AS CHUVAS DOS OLHOS

Chove.
Na fonte das águas, chove.
Na fronte das lágrimas do pretérito calado.
Lavando a chuva dos olhos cansados.
Chovendo nos mares, nos mares amados.
Há quanto tempo você não chora?
Há quanto tempo seus olhos não são inundados por lágrimas, por essas pequenas gotas que parecem nascer em nosso coração? Há quanto tempo?
Assim como o fenômeno natural da precipitação atmosférica, a chuva, realiza o trabalho de purificar a terra, a água e o ar, também nossas lágrimas têm tal função.
A de limpar nosso íntimo, a de externar nossas emoções, sejam elas de alegria ou de pesar.
Precisamos aprender a expressar nossos sentimentos.
Nossa cultura possui conceitos arraigados, como o de que homem não chora, ou que é feio chorar, que surgem em nossas vidas desde quando crianças, na educação familiar, e acabam por internalizarem-se em nossa alma, continuando a apresentar manifestações na vida adulta.
Sejamos homens ou mulheres na Terra, saibamos que todos rumamos para a busca da sensibilidade, do autodescobrimento e da expressão de nossos sentimentos.
Tudo que deixarmos guardado virá à tona, cedo ou tarde.
Se forem bons os sentimentos contidos, estaremos perdendo uma oportunidade valiosa de trazê-los ao mundo, melhorando nossas relações com o próximo e conosco mesmo.
Se forem sentimentos desequilibrados, estaremos perdendo a chance de encará-los, de analisá-los e de tomar providências para que possam ser erradicados de nosso interior.
As barreiras que nos impedem de nos emocionarmos, de chorar são, muitas vezes, as mesmas que nos fazem pessoas fechadas e retraídas.
Barreiras que carecemos romper para que nossos dias possam ser mais leves, mais limpos, como a atmosfera que recebe a água da chuva e nela encontra sua purificação.
As chuvas dos olhos fazem um bem muito grande.
Desabafar, colocar para fora o que angustia nosso íntimo ou o que lhe dá alegria é um exercício precioso. Um hábito salutar.
Dizer a alguém o quanto o amamos, quando esse sentimento surgir em nosso coração – mesmo sem um motivo especial -, será sempre uma forma de fortalecimento de laços.
De construção de uma união mais feliz e, principalmente, um recurso para elevarmos nossa autoestima, nosso autoamor.
*   *   *
Deus nos concedeu a chuva para regar os campos, para tornar mais puro o ar.
Também nos presenteou com as lágrimas para que as nossas paisagens íntimas pudessem ser regadas e para que os ares do Espírito encontrassem a pureza.

Joanna de Ângelis é a guia espiritual do médium espírita brasileiro Divaldo Franco, entidade à qual é atribuída a autoria da maior parte das suas obras psicografadas.
A obra mediúnica de Joanna de Ângelis é composta por dezenas de livros, muitos deles traduzidos para diversos idiomas, versando sobre temas existenciais, filosóficos, religiosos, psicológicos e transcendentais.
Dentre as suas obras destacam-se as da Série Psicológica, composta por mais de uma dezena de livros, nos quais a entidade estabelece uma ponte entre a Doutrina Espírita e as modernas correntes da Psicologia, em especial a transpessoal e junguiana.
Segundo Divaldo Franco, em sua primeira manifestação, a 5 de dezembro de 1945, Joanna de Ângelis se apresentou com o epíteto "um Espírito amigo", que por muitos anos teria sido um pseudônimo utilizado por ela.
Na obra A veneranda Joanna de Ângelis (Salvador: LEAL, 1987), os autores Celeste Santos e Divaldo Franco defendem que esse Espírito teria sido, em uma de suas encarnações, Joana de Cusa - uma das mulheres que acompanhavam Jesus no momento da crucificação.(Vide também: Boa Nova - Humberto de Campos/Chico Xavier, FEB)
Atribuem-se ainda a ela as seguintes personalidades históricas, conforme anota o psicólogo e escritor Cezar Braga Said em seu livro "Joanna e Jesus: Uma história de amor" (FEP - 2010):
  • Santa Clara de Assis (1194-1253) que viveu no século XIII, seguidora de São Francisco de Assis e fundadora da Ordem das Clarissas.
  • Juana Inés de La Cruz (1651-1695) (pseudônimo religioso da poetisa mexicana Juana de Asbaje, que viveu durante o século XVII).
  • Joanna Angélica de Jesus (1761-1822), também sóror e depois abadessa que viveu no início do século XIX e protagonizou doloroso drama na Independência da Bahia.
Dentre os livros psicografados por Divaldo Franco, que trazem a assinatura de Joanna de Ângelis, sobressaem:
  • Messe de Amor - 1964 (mensagens, dedicadas ao centenário de O Evangelho Segundo o Espiritismo)
  • Dimensões da Verdade - 1965 (conceitos evangélicos e doutrinários)
  • Leis Morais da Vida - 1976 (análises sobre as Leis Divinas)
Da sua Série Psicológica:
  • Jesus e Atualidade- 1989
  • O Homem Integral- 1990
  • Plenitude - 1991
  • Momentos de Saúde e Consciência - 1992
  • O Ser Consciente- 1993
  • Autodescobrimento: Uma Busca Interior - 1995
  • Desperte e seja feliz- 1996
  • Vida: Desafios e Soluções - 1997
  • Amor, imbatível amor- 1998
  • O Despertar do Espírito- 2000
  • Jesus e o evangelho a luz da psicologia profunda- 2000
  • Triunfo Pessoal - 2002
  • Conflitos Existenciais - 2005
  • Encontro com a paz e a Saúde - 2007
  • Em Busca da Verdade - 2009
  • Psicologia da Gratidão - 2011

Livraria Espírita Joanna de Ângelis - http://www.livrariaespiritaja.com.br/
Fonte: Wikipédia
           
Nota: Acompanha esta matéria "Caminhos Luminosos". 
Iracema Alves
Jornalista cadeirante.

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