sexta-feira, 15 de maio de 2015

9 mães que se transformaram em super-heroínas da vida real

Elas superaram doenças e fizeram questão de quebrar barreiras sociais por um único motivo: ser mãe. E é com estas histórias cheias de amor e empoderamento que um Dia das Mães merece ser comemorado. Abaixo, conheça 9 mulheres que driblaram o HIV, o câncer, a homofobia e todo tipo de preconceito para realizar um sonho.

#1. A mãe adotiva 
A jornalista Lana Nóbrega Meyer postou em seu perfil pessoal do Facebook um depoimento tocante. Um ano após ter adotado dois filhos com sua esposa, com quem é casada há seis anos, ela descreve a emoção de descobrir que seria, finalmente, mãe.
"Nunca mais fomos as mesmas desde aquele telefonema. O nosso mundo rodopiou - simbólica e literalmente - e nascemos juntos todos uma vez mais. E agora juntos para sempre". Lana e sua companheira adotaram Yasmin, 8, e Thiago, de 5 anos.
Hoje, dia 06 de abril de 2015, faz exatamente um ano do dia em que eu e a Luna recebemos nosso telefonema-parto: há um ano atrás uma assistente social nos anunciava a existência de nossos filhos.
A energia deles, o reconhecimento de que eles eram nossos foi imediato: um arrepio único percorreu o meu corpo inteiro ao ouvir a assistente social falar deles no telefone.
Uma menina e um menino. 8 e 5 anos. Yasmin e Thiago. E o tempo parou, como se uma bolsa de água estourasse e de repente entrássemos às pressas para o acontecimento que nos transformaria para sempre.
Nunca mais fomos as mesmas desde aquele telefonema. O nosso mundo rodopiou - simbólica e literalmente - e nascemos juntos todos uma vez mais. E agora juntos para sempre.
Quando mães e/ou pais trazem o(a) filho(a) novo(a) para casa tudo tem que ser reaprendido. A vida nova é nova para todos e o crescimento é em conjunto.
Quando estamos falando em adoção tardia, isso é ainda mais verdadeiro. Uma vez que houve a vida do "antes". Houve o que foi experienciado por nossos filhos - vivências essas muitas vezes de dor e de abandono.
Numa das visitas iniciais à uma psicóloga infantil, há quase um ano atrás, veio um diagnóstico a respeito da nossa linda filha: ela precisava aprender que as coisas podiam ser restauradas. Sua vidinha até ali havia sido de tantas quebras que ela não acreditava que as coisas podiam ser consertadas.
Então é de se imaginar a emoção destas mamães quando, agora, um ano depois se sucede o seguinte fato: eu ontem quebrei minha caneca favorita. Era uma caneca boba e bonitinha, mas tinha o formato e o tamanho ideal para café. Não era muito grande, nem muito pequena. Não era muito larga, nem muito estreita. Mas eu quebrei sem querer em um momento de chateação. Estava com sabão na mão e não medi a força, escorregou e quebrou.
Hoje meus dois pequenos chegam dizendo que têm uma surpresa para mim. Que a surpresa era só para mim. Eu ainda brinquei, dizendo que a mãe Luna iria ficar com ciúmes, mas minha filha disse: "não, mãe, ela vai entender, você vai ver!".

A surpresa era a minha caneca, que foi resgatada do lixo de ontem, que eles colaram com cola branca e fita crepe para eu poder tomar meu café. 
Emoticon heart
E o meu filho com aquela carinha sapeca, saltitando de feliz, as mãozinhas para trás e os pés dançandinho.
E a minha filha com aqueles olhos grandes e amplos, de tanta doçura e cuidado, de band-aid no dedinho porque se cortou na operação, me mostrando que não só (re)aprendeu, como agora está ensinando: as coisas podem sim ser restauradas.
A xícara não leva mais café, mas leva tanto amor, meu deus, que eu só posso é chorar de alegria as minhas bênçãos e a lição da minha pequena: "Para você não ficar triste, mãe".
E a tristeza que na realidade tinha outro endereço, se perdeu no caminho com esta lembrança feliz: quando há amor e quando este amor vira ação, as coisas podem sim ser restauradas.
Obrigada, minha flor de jasmin, minha princesa, por me fazer a mãe mais feliz e orgulhosa deste mundo!

#2. A que emocionou o mundo ao amamentar pela 1ª vez:
A foto abaixo foi tirada pela fotógrafa americana Kate Murray e assim que foi publicada em seu perfil do Facebook, começou a circular pelo mundo todo. E, ao olhar para a foto, as razões para o grande número de compartilhamentos se justifica:
amamentação
A mãe foi diagnosticada com câncer de mama em um estágio bastante avançado e, durante a gravidez, precisou se submeter a mastectomia e à quimioterapia. Em um ato de extrema coragem, ela entrou em trabalho de parto induzido com apenas 36 semanas de gravidez para poder, então, continuar seu tratamento e luta contra o câncer de mama sem prejudicar a vida do bebê. Assim que o seu filho nasceu, ela conseguiu amamentá-lo. Dias depois, a publicação, infelizmente, foi removida.

#3. A que lutou contra o HIV na gravidez:
Amanda Mammadova é soropositiva e espera seu segundo bebê concebido naturalmente depois de ter sido diagnosticada, em 2010.
amanda hiv
Seu marido, Ali, também não tem o vírus. Como a carga viral – quantidade de HIV no sangue – de Amanda é baixa graças ao tratamento, o casal se sentiu preparado para realizar seu sonho de ter um bebê. Então nasceu a filha mais velha, Saabria, de quase dois anos, e soronegativa. Agora, Amanda está grávida do segundo filho.

#4. A mãe que amamentou e ~quebrou~ a internet:
Você tem vergonha ou se sente impedida de amamentar em público? A australiana Jacci Sharkey, de 24 anos, tem algo a dizer sobre isso. No dia de sua formatura na Universidade de Sunshine Coast, na Austrália, ela posou orgulhosamente, nos bastidores, para uma foto em que aparece amamentando seu bebê em público.
australiana amamentação
A universidade publicou a imagem em seu perfil oficial no Facebook, e isso bastou para que ela percorresse o mundo todo. A foto foi publicada junto com a hashtag #itcanbedone (isso pode ser feito). “Eu não esperava essa loucura! Eu estaria feliz se cem pessoas curtissem, mas isso saiu do controle”, disse a jovem em entrevista à ABC.

#5. A mãe 'sem frescuras':
A fotógrafa Kate Parker já emocionou fazendo um ensaio em que registrou o amor incondicional por um bebê adotado em sua própria família. Agora, ela teve a ideia de transformar as fotos que registra do cotidiano de suas filhas Ella e Alice, de 6 e 9 anos, respectivamente, em um ensaio rico em empoderamento.
mãe sem frescura
Batizado de "Strong is the New Pretty" ("Forte' é o novo 'bonitinha'", em tradução livre), as fotos mostram elas brincando, praticando esportes e desarrumadas - como qualquer outra criança da idade delas, e não como "princesas" engomadas, como o padrão impõe. Em seu site, Kate explica: "A série mostra as meninas exatamente como elas são - barulhentas, esportistas, destemidas, desarrumadas, frustradas."

#6. As mães revolucionárias:
Melanie e Vanessa Iris Roy são um casal, vivem na Carolina do Sul, nos Estados Unidos e são mães de duas crianças: Jaz, de um ano e meio, e Ero, de seis meses.
mães lesbicas
E a imagem acima, do ensaio de gravidez das duas, quebra padrões e desafia qualquer tipo de preconceito. A foto foi publicada há dois meses no Instagram do casal, mas só ficou conhecida mundialmente há duas semanas. A imagem apareceu em vários sites e grupos de defesa dos LGBTs pelo Facebook, incluindo uma página brasileira, que alcançou mais de 150 curtidas e 20 mil compartilhamentos.

#7. A mãe de quíntuplos:
Karina Bárbara Barreira deu à luz cinco bebês que brigavam por espaço na mesma barriga. Se um é pouco, dois é bom e três é demais, o papai João Biagi Júnior definiu os cinco ao G1 como uma mistura de sentimentos.
partro
Foram quase 28 semanas de espera, que juntaram um barrigão e mais ou menos 10 kg a mais de puro amor! Segundo o Hospital Semaco, o responsável pela internação e parto da mãe, o peso foi adequado e proporcional ao número de bebês. Veja todos os números ligados ao parto aqui.

#8. A mãe que driblou o diabetes:
Não foi só o nascimento da bebê Charlote Elizabeth Diana que animou as últimas semanas no Reino Unido. Nas últimas semanas, o país teve a primeira mulher diabética a dar à luz por meio de um parto normal.
maternidade diabetes
Aos 41 anos, Catriona Finlayson-Wilkins teve um menino no Hospital da Universidade de Norfolk, na Inglaterra. Ela sofre de diabetes tipo 1, síndrome metabólica que não impossibilita, mas muitas vezes dificulta o parto normal. E isso só foi possível por causa de um pâncreas artificial. Leia a história na revista Crescer.

#9. A mãe que driblou o câncer:
Amanda Oliveira Neves, de 32 anos, descobriu uma espécie de tumor raro no músculo do rosto e precisou escolher entre fazer o tratamento e levar a sua gravidez adiante. Ela optou por preservar a saúde de Lorena, que hoje está com quatro meses.
lorena câncer
Atualmente ela coordena os cuidados com a pequena, noites sem dormir e trocas de fraldas com o tratamento de quimioterapia e a ingestão de remédios extremamente fortes e proibidos durante a gestação. Em entrevista à revista Crescer, ela disse, emocionada: "Não me deixo abater por essas coisas porque a tenho comigo". Leia a entrevista completa aqui.

Fonte: Andrea Martinelli - Brasil Post

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