quinta-feira, 7 de maio de 2015

NA ONU, SECRETÁRIO DO CIMI DENUCIA ASSASSINATO DE INDÍGINA KA' APOR, NO MARANHÃO


O secretário executivo do Conselho Indigenista Missionário (CIMI) Cleber César Buzatto, fez um pronunciamento no Fórum Permanente para Questões Indígenas da organização das Nações Unidas (ONU) na tarde desta quinta-feira - dia 30/04/2015 em Nova York (EUA), anunciando o assassinato do indígena Eusébio Ka' apor, que morreu por lutar pela preservação da Terra Indígena (TI) Alto Turiaçu, no Maranhão. Buzatto ressaltou a ausência e omissão do Estado Brasileiro, especialmente do Ministério da Justiça, em relação à exploração ilegal da masseira dentro do território dos Ka' apor, que sofrem constantes ameaças de morte por expulsarem madeireiros da TI, e pediu que o governo brasileiro promova uma "ampla e irrestrita investigação" a fim de que os assassinos de Eusébio sejam responsabilizados pelo crime.
"Esperamos que a repercussão da realidade vivida pelos povos indígenas no Brasil, aqui no Fórum Permanente da ONU, ressoe para dentro das instâncias do governo brasileiro, que certamente se sentirá envergonhado e esperamos que com isso tome providências imediatas para mudar a sua posição política de paralisar os procedimentos de demarcação, principalmente aqueles das regiões Sul, Sudoeste, Centro-Oeste e Nordeste", disse Buzatto depois do pronunciamento. 

Foi solicitado que o Fórum recomende à presidente Dilma Rousseff o veto integral à Lei sobre a Biodiversidade e Conhecimentos Tradicionais - aprovada nessa terça-feira (28/04/2015) pelo Congresso Nacional, com uma série de retrocessos aos povos indígenas e comunidades tradicionais.  
É necessário também a abertura, pelo governo brasileiro, de um processo de ampla consulta "aos povos indígenas e demais sujeitos de direitos, com vistas à construção de uma legislação verdadeiramente inclusiva e respeitosa no que diz respeito aos conhecimentos tradicionais e à biodiversidade no Brasil"

Para ler a íntegra do pronunciamento de Cleber Buzatto na ONU, clique aqui
Fonte: Jornalista Carolina Fasolo publicou no Portal da CIMI.
            Instituto Humanista Unisinos
            Postado por Livre para Voar em 07/05/2015

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