quinta-feira, 28 de abril de 2016

DILMA DECIDE NÃO FAZER TRANSIÇÃO COM VICE

O Palácio do Planalto e a cúpula  do PT já começaram a traçar estratégias  de reação a uma eventual gestão do vice-presidente Michel Temer e decidiram que não farão qualquer tipo de transição de governo. Por ordem do Planalto para todos os ministros pelo PT é deixar Temer à "míngua" sem informações sobre a Admistração  e acelerar programas em fase de conclusão que sejam lançados pela presidente Dilma Rousseff. Em reunião a portas fechadas com o ministro-chefe da Secretaria do Governo, Ricardo Berzoide, e com o presidente do PT Rui Facão. Os deputados foram informados dia 27/04/2016 - de que a atual equipe não vai. Respaldar um governo "ilegítimo" e, por isso, não haverá transição para Temer. Até arquivos com dados estratégicos da administração foram apagados. 

Com a certeza de que Dilma será afastada por até 180 dias no primeiro julgamento no plenário do Senado, deve ocorrer em 11 de maio, governo e PT já preparam os próximos passos do divórcio litigioso. A ideia é reforçar a estratégia de carimbar Temer como "golpista" e vice 1% , numa referência à sua falta de densidade eleitoral. O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva pediu a Dilma, com quem almoçou na quarta feira, dia 27/04/2016 - passar um pente fino em todas os programas sociais dos 13 anos do PT no governo, desde o seu primeiro mandato. A intenção é bater na tecla do legado do partido, com vitrines de Bolsa Família e Minha Casa Minha Vida, em contraposição ao programa "ortodoxo" de Temer, que, no diagnóstico dos petistas, prevê mais sacrifícios aos menos favorecidos.

Apesar de alvo da Operação Lava Jato e ter perdido capital político, Lula é o único nome forte que o PT dispõe para a sucessão presidencial de 2018 (Deus nos acuda) (grifos meus) e tudo será feito pelo partido para construir a narrativa de que Dilma foi "apeada do poder". "Se o PMDB não figurasse na chapa, em 2014, dificilmente a presidente Dilma venceria aquelas eleições, rebateu o ex-ministro da Aviação  Civil Elizeu Padilha, um dos dirigentes mais próximos de Temer nas fileiras do PMDB. Padilha ajudou o vice na articulação política do governo com o Congresso, de abril a agosto do ano passado, mas saiu do posto por considerar que o PMDB era sabotado no Planalto.

Na época, Temer também deixou a função, semanas após dizer que o Brasil precisava de "alguém" com capacidade de "reunificar" o País. Nome certo na equipe de Temer, Padilha foi um dos principais articuladores dos votos pré-impeachment na Câmara, ajudando a atrair antigos aliados de Dilma. Não se pode falar em golpe quando tudo está sendo feito conforme a Constituição. A luta política e legítima,  desde que não queira acirrar o clima do 'quanto pior, melhor'. Embora a equipe de Temer suspeite que petistas estejam deletando arquivos contendo indicações políticas para diversos cargos, isso não é considerado um problema.

Motivo: antes de deixar o governo, o próprio Padilha entregou a Dilma e a Berzoini planilhas contendo todos os cargos, do primeiro, segundo e terceiros escalões. As listas continham os padrinhos de cada um e como cada deputado e senador de partido aliado havia votado nos principais projetos de interesse do Planalto.
Na reunião com Berzoini, que contou com 45 dos 57 deputados da bancada petista na sede do partido, houve muitas críticas ao STF (Supremo Tribunal Federal), que ainda não se posicionou sobre o pedido da Procuradoria-Geral da República para afastar o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ).

Réu no Supremo, acusado de desviar recursos no esquema na Petrobrás, Cunha enfrenta processo de cassação do mandato no Conselho  de Ética e foi o algoz de Dilma ao conduzir o impeachment na Câmara. "Como  a gente pode fazer transição para um governo desses, que tem Cunha como sócio de Temer:" perguntou um deputado, confirmando a estratégia petista de "exportar" o desgaste do presidente da Câmara para o vice. Transição é quando há um governo eleito, com legitimidade. Não é este o caso. Em conversas reservadas, Dilma deu sinais de que está disposta a enviar ao Congresso uma proposta de antecipação das eleições para encurtar o próprio mandato. O vazamento dessa estratégia, porém, aborreceu Dilma. Os movimentos sociais são contra, sob o argumento de que isso enfraqueceria as "batalhas" contra o impeachment. Apesar de apoiar o plano, até para "emparedar" Temer, o PT decidiu não erguer agora a bandeira das "Diretas Já"

FONTE: NOTÍCIAS R7  

 "Eu acredito que a compaixão é uma das poucas coisas que praticamos que podem trazer felicidade imediata e a longo prazo."   Dalai Lama

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