sábado, 30 de abril de 2016

MOLECAGEM...


Na eminência de ser despejada do Palácio do Planalto, a petista Dilma Rousseff parece disposta a reafirmar, até o último minuto de sua estada no gabinete presidencial, a sesquipedal irresponsabilidade que marcou toda a sua triste trajetória como chefe do governo. Até aqui, a inconsequência de Dilma podia ser atribuída, com boa vontade, apenas sua visão apalermada de mundo, que atribuí ao Estado o poder infinito de gerar e distribuir riqueza, bastando para isso a vontade "popular", naturalmente representada pelo lulopetismo. Agora, no entanto, ciente de que não escapará da destituição constitucional,  justamente porque violou  a Lei de Responsabilidade Fiscal, Dilma resolveu transformar essa irresponsabilidade em arma, com a qual pretendo lutar contra o Brasil enquanto ainda dispuser de caneta presidencial...

A presidente prepara um pacote de "bondades", quase todas eivadas do mesmo espírito populista que tanto mal tem feito ao Pais. A ideia da petista é obrigar o novo governo, presidido por Michel Temer, a assumir o pesado ônus político de tentar anular algumas dessas decisões, que claramente atentam contra as possibilidades do Orçamento. Um exemplo é a concessão de um reajuste do Bolsa Família.  Articulada pelo chefão petista Luiz Inácio Lula da Silva, a medida deverá ser divulgada por "bondade". Trata-se de uma armadilha para o Temer. O próprio Tesouro avalia que não há nenhuma possibilidade de conceder reajuste para os beneficiários do Bolsa Família sem, com isso, causar ainda mais estragos nas contas públicas.  

O secretário do Tesouro, Otavio Ladeira de Medeiros, disse que não há "espaço fiscal" - isto é, recursos no Orçamento - para o aumento. Segundo Medeiros, O Orçamento tem uma margem de R$ 1 bilhão para reajustar o Bolsa Família, mas a extrema penúria das contas da União não permitem que se mexa nesse valor enquanto o Congresso não aprovar a nova meta fiscal - o governo quer aval para produzir um déficit de até US$ 96,95 bilhões no ano. Sem essa autorização, e diante da perspectiva de nova queda da receita,  a Fazenda reconhece que será necessário fazer um contingenciamento orçamentário ainda maior, o que inviabiliza o reajuste do Bolsa Família. 

Essa impossibilidade, aliás, foi prevista pela própria Dilma. Ao sancionar a Lei de Diretrizes Orçamentárias de 2016, nos últimos dias do ano passado, a petista vetou os reajustes de todos os benefícios do Bolsa família. A previsão era de um aumento de ao menos 16,6%, correspondente ao IPCA acumulado de maio de 2015. Ao justificar o veto, Dilma escreveu que "o reajuste proposto , por não ser compatível com o espaço orçamentário, implicaria necessariamente o desligamento de beneficiários da Bolsa Família." Agora no entanto, Dilma mandou às favas o que havia restado daquela prudência, com o único objetivo de sabotar Michel Temer. Sem ter autorização para mais gastos, o governo terá de fazer novos cortes até o final de maio - quando se espera que o Pais já esteja sendo governado pelo peemedebista.

Então qualquer liberação de dinheiro adicional para pagar um Bolsa Família reajustado, poderia representar o mesmo crime de responsabilidade pelo qual Dilma está sendo acusada. Atitudes como  essa fazem parte de um conjunto de decisões indecentes que Dilma resolveu tomar para travar sua guerra particular contra o Pais. Sempre sob a orientação de Lula, o inventor de postes, Dilma escancarou seu gabinete para os lideres das milícias fantasiadas de "movimentos sociais", fazendo-lhes todas as vontades e concedendo-lhes benefícios com os quais Temer terá de lidar. Enquanto isso, mandou seus ministros se recusarem a colaborar com os assessores de Temer e reforçou sua campanha internacional para enxovalhar a imagem do Brasil no exterior, caracterizando o Pais como uma república bananeira. E esse espetáculo grotesco não deve parar por aí.

(Eis o tamanho da desfaçatez de Dilma e de Lula. Inimigos da democracia eles consideram legítimo aprofundar a crise no Brasil se isso contribuir para aniquilação de seus adversários. É coisa de Moleques ) (grifos meus)

           Livre para Voar

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