sábado, 26 de novembro de 2016

Julgar ou Compreeder?





A maior festa da cristandade deve nos levar além da reunião familiar, dos presentes, das comemorações, dos abraços e do tradicionalíssimo "Feliz Natal". As ações espirituais, materiais e afetivas que habitualmente fazemos, devem ser enriquecidas com uma profunda reflexão sobre o julgamento sumário que fazemos dos nossos semelhantes. Esse nosso comportamento pode ser explicado através da categorização; processo pelo qual ideias e objetos são reconhecidos, diferenciados e classificados. O nosso objetivo não é abordar o processo de julgamento que é atribuição do Pode Judiciário, mas sim sobre o respeito ao ser humano.
 
Quando uma pessoa está fora dos padrões que a sociedade "sentenciou", partimos para o juízo de valor como se fôssemos o Senhor da razão - Onipotente e Onissapiente." "Juízo de valor é um julgamento feito a partir de percepções individuais, tendo como base fatores pessoais, normalmente relacionados aos valores morais". A discriminação, preconceito, intolerância, assédio moral, o "bullying", entre outros, fazem parte do "conjunto da obra", que beira a exclusão social. Esses atos de violência, que praticamos contra as pessoas, são potencializados quando fazemos em público e divulgamos na internet, baseado unicamente em nossos parâmetros - como se fôssemos perfeitos. 
 
Essa nossa atitude fere, de maneira indelével, a pedra angular do relacionamento interpessoal que é a ética. Podemos estar criando uma imagem negativa para a vida toda dessa pessoa, com danos psicológicos e sociais de gravíssimas consequências. Citamos o caso de uma estudante negra (UERJ), que verbalizou nas redes sociais e   exemplifica a nossa linha de pensamento. "Lembro-me quando perguntavam o que eu queria cursar e eu falava medicina, tenha gente que virava e falava: 'ah, mas você quer isso mesmo? você não tem cara de médica, diz a jovem Mirna Moreira, 22 anos moradora do Lins, zona norte do Rio de Janeiro. 
 
Concluímos com o texto bíblico. "Não julgueis, e não sereis julgados; não condeneis, e não sereis condenados; perdoa e sereis perdoados; daí, e dar-se-á; boa medida, recalcada, sacudida, transbordante, generosamente vos darão; porque com a medida com que tiveres medido vos medirão também"(cnf.Lc 6, 36-38) Ah! Oxalá a essência do espírito natalino não se volatize com nosso primeiro prejulgamento.
 
Faustino Vicente: é consultor de Empresas e de Órgãos Públicos, Professor e Advogado - Terra da Uva !
 
 
UM PENSAMENTO" DUVIDAR DE SI MESMO É O PRIMEIRO SINAL DA INTELOGÊNCIA"  UGO OJETTI
 
REDATORA DO BLOG:       
 
Iracema Alves
Jornalista e gestora cadeirante.   
 
Mestre Faustino Vicente,
 
Um Abraço em Cristo - que nos ilumine nossos caminhos sempre para o bem  
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
      

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