quarta-feira, 4 de janeiro de 2017

 
 
 
 
  Léon Denis (1 de Janeiro de 1.846 - 12 de abril de 1.927
 
 
Léon Denis (1 de Janeiro de 1.846 - 12 de abril de 1.927) foi um pensador espírita, médium,, que ao lado de Gabriel Delanne e Camille Flammarion, um dos principais continuadores do Espiritismo após a morte de Allan Kardec. Fez conferências por toda a Europa em Congressos Internacionais espíritas e espiritualistas. defendendo ativamente a ideia da sobrevivência da alma e suas consequências no campo da ética nas relações  humanas. Ficou conhecido como sendo o "Consolidador do "Espiritismo", e também como "O Grande Apóstolo do Espiritismo", por causa das  suas qualidades intrínsecas de estudiosos do Espiritismo. 
 
Nasceu em uma família humilde na aldeia chamada Foug, situada nos arredores de Tours, região central da França. Cedo conheceu, e por necessidade, os trabalhos manuais e os pesados encargos do lar. Desde os primeiros passos neste mundo, sentiu que os amigos invisíveis  o auxiliavam. Ao invés de participar  em brincadeiras próprias da juventude, procurava instruir-se  o mais possível . Lia obras sérias, conseguindo assim, com esforço próprio desenvolver a sua inteligência. Tornou-se um autodidata sério e competente. Aos dezoito anos tornou-se representante comercial da empresa onde trabalhava, fato que o obrigava a viagens constantes, situação que se manteve até a sua reforma e manteve ainda depois por mais algum tempo.
 
Adorava a música e sempre que podia assistia a uma ópera ou concerto. Gostava de dedilhar, ao piano, áreas conhecidas e de tirar acordes para seu próprio devaneio. Não fumava, era quase exclusivamente vegetariano e não fazia uso de bebidas fermentadas. Encontrava na água a sua bebida ideal. Era seu habito olhar com interesse, para os livros expostos nas livrarias. Um dia, ainda com dezoito anos, o chamado acaso fez com que a sua atenção fosse despertada para uma Obra de título inusitado. Era o Livros dos Espíritos, de Allan Kardec. Dispondo do dinheiro necessário, comprou-o, recolhendo-se imediatamente ao lar com avidez à leitura. O própria Denis disse: "Nesse livro encontrei a solução clara, completa e lógica, acerca do problema Universal.
 
A minha convicção tornou-se firme. A teoria espírita dissipou a minha  indiferença e as minhas dúvidas". O ano 1.882 marca, em realidade, o inicio do seu apostolado, durante o qual teve enfrentar sucessivos obstáculos: o Materialismo e o Positivismo que olhavam ao Espiritíssimo para ridicularizá-lo e enfraquecer com ironia. Enfrentou também os crentes das demais correntes religiosas, que não hesitavam em aliar-se aos ateus. Léon Denis, porém, como bom paladino, enfrenta a tempestade. os companheiros invisíveis colocam-se ao seu lado - disse-lhe o espirito de Jeanne - estaremos sempre contigo para te sustentar e inspirar. Jamais estará só. Meios lhe serão dados em tempo para bem cumprires  a tua obra".  
 
Em 2 de Novembro de 1.882, dia de Finados, um Evento de capital importância produziu-se na sua vida a manifestação, pela primeira vez, daquele Espírito que, durante meio Século, haveria de ser o seu guia, o seu melhor amigo, o seu pai espiritual - Jerônimo de Praga que lhe disse: "Vai meu filho, pela estrada aberta diante de ti. Caminharei atrás de ti para te sustentar". A partir de 1.910, a visão de Leon Denis foi enfraquecendo dia a dia. A operação a que se submetera dois anos antes não lhe proporcionara alguma melhora, mas suportava, com calma e resignação, a marcha implacável  desse mal que o castigava desde a juventude. Aceitava tudo com estoicismo e resignação. Jamais o viram queixar-se. Todavia, bem podemos avaliar quão  grande devia ser o seu sofrimento. Apesar disso, mantinha volumosa correspondência.
 
Jamais se aborrecia; amava a juventude e possuía a alegria da alma. Era inimigo da tristeza O mal físico, para ele, devia ser bem menor do que a angústia que experimentava pelo fato de não mais poder manejar a pena. Secretárias ocasionais substituíam-no nesse oficio. No entanto, a grade dificuldade para Denis, constituía em rever e corrigir as novas edições dos seus livros  e dos seus escritos. Graças ao seu espírito de ordem e à sua incomparável memória, superava todos os contratempos, sem molestar ou importunar os amigos. Aprendeu Braille ( Sistema de escrita e de Leitura para cegos criado por Louis Braille, 1849) após a Primeira Guerra Mundial, o que lhe permitiu fixar no papel os elementos de capítulos ou artigos que lhe vinham ao espírito, pois nessa época da sua vida estava por assim dizer, quase cego.
 
EM Março de 1.927, com 81 anos de idade, terminara o manuscrito que intitulou de "O Gênio Cético e o Mundo Invisível". nesse mesmo mês a revista espírita publicava o seu derradeiro Artigo. Terça feira, 12 de Abril de 1.927, pelas treze horas, respirava Denis com grande dificuldade. A pneumonia atacava-o novamente. A vida parecia abandoná-lo, mas o eu estado de lucidez era perfeito. As suas últimas palavrar, pronunciadas com extraordinária calma, apesar da muita dificuldade, foram dirigidas à sua empregada Georgette: " É preciso terminar, resumir e...concluir". Fazia alusão ao Prefácio da nova edição  biográfica  de Kardec.
 
Nesse preciso momento, faltaram-lhe completamente as forças, para que pudesse articular outras palavras. Às 21:00 horas o seu Espírito alou-se. o seu semblante parecia ainda em êxtase. As cerimonias fúnebres realizaram-se a 16 de abril. A seu pedido, o enterro foi modesto e sem o oficio de qualquer igreja confessional. Seu corpo esta sepultado no cemitério de La Salle, em Tours.  
 
Nota: Autor desconhecido 
 
Iracema Alves
Jornalista e gestora cadeirante
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 

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